Vamos apostar?

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Aviso de hot 🥂
Nico narrando
Como posso dizer: foi um erro, um acerto ou um empurrãozinho do destino? Não sei dizer, mas isso certamente foi incomum e meio louco.

Seguinte: haveria uma batalha particular entre chalé de Ares e chalé de Nice, e todo mundo estava ansioso por essa disputa. Eu não estava ligando muito, mas Will começou a insinuar que chalé 5 venceria. E eu disse que não, já que Nice é a Deusa da vitória. Começamos uma longa discussão sobre quem venceria, até que combinamos uma aposta: se o chalé de Nice ganhasse, Will me pagaria McLanche Feliz por dois meses, e se o chalé 5 ganhasse... bom, eu iria "ceder a minha boca" a ele pelo mesmo período. Isto é: ele poderia me encher de amassos o quanto quisesse. Eu até sabia das paqueras e flertes de Will para cima de mim, mas... eu não correspondia, não porque não estava a fim dele, eu estava e muito, só que Will é muito safado, e meu medo é que, assim que enjoasse do meu corpo, ele me largasse. Então eu me esquivava dele volta e meia.

Só teve um probleminha: eu perdi a aposta!!! Sim, chalé 5 venceu os filhos da própria vitória!! E agora, Will estava livre para me beijar quando quisesse. E repara: eu ainda tenho BV.

N:- eu beijo mal Solace, gastou a aposta.

W:- como eu vou saber? Não experimentei...

N:- mas eu sei!

W:- o que? Já beijou a si mesmo? Ou já teve feedback? Eu bem sei que você nunca beijou ninguém Nico! Não adianta tentar fugir. Se quiser, podemos ficar sozinhos, eu não me incomodo...

N:- Solace!!!

W:- o que? Por acaso o anjinho aí pensou merda? Hummm...

N:- cala a boca vai?!

W:- estou te esperando pra calar.

Eu não queria fazer aquilo. Eu não queria me iludir mais.

N:- nenhum de nós jurou pelo Estige que iria cumprir a aposta.

W:- está faltando com sua honra, rei dos fantasmas?
...

N:- só, me dá um tempinho, sim?

W:- ok ok, mas quero meu beijo ainda hoje.

E com isso, Will se afastou, indo para junto de alguns dos seus irmãos. Sufoquei um soluço. Não teria como eu não me apaixonar ainda mais com um beijo, com dois meses deles então?! Eu tinha certeza que Will não queria mais que meu corpo e minha boca (eu estava enganado nesse ponto, só não sabia), mas não queria me destruir mais ainda. Eu passei um bom tempo pensando em soluções para o meu problema, mas só haviam duas saídas: fugir igual a um rato covarde ou encarar a quebra do meu coração. De novo. Eu realmente fiquei tentado a fazer a primeira. Passei minha vida toda fugindo, não faria diferença fazer de novo. Mas quantas vezes eu já havia faltado com a honra? Eu nem mesmo sabia contar, eram muitas, mas... fazer isso de forma tão explícita parecia ainda mais humilhante.
Por fim, escolhi a segunda opção. Não é como se eu já não tivesse lidado com isso antes. Fui para o chalé, tomei um banho, coloquei uma roupa razoável, escovei bem os dentes, passei fio dental e até usei enxaguante bucal. Amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo baixo e saí do chalé, indo até o 7 e esperando do lado de fora, perto da hora da fogueira. Os irmãos de Will logo saíram em disparada, e Will estava atrás deles. Foi quando ele me viu e sorriu de lado.

W:- está pronto, Voldemort?

N:- não, mas já estou acostumado com precocidade.

Will me encarou por um momento e deu de ombros. Pegou em minha mão e me levou para os fundos do chalé 7. Me colocou contra a parede, com uma mão de cada lado da minha cabeça. Olhou no fundo dos meus olhos, e eu acabei me perdendo na imensidão cristalina das íris dele. Enquanto me distraía com o olhar, enganchou minha cintura de forma firme e colocou uma perna entre as minhas. Com a outra mão, enroscou os dedos no meu cabelo, afrouxando o rabo, e prensou o corpo contra o meu, fazendo uma pressão estranha e extremamente gostosa, me deixando completamente preso. Quando o hálito dele se misturou ao meu, minhas pálpebras ficaram pesadas e começaram a se fechar. Enfim, ele pressionou os lábios contra os meus, que, podendo ou não ser coisa da minha imaginação, tinham um encaixe simétrico e milimétrico. Ele se demorou um pouco nesse selinho, até abrir a boca e passar a língua entre meus lábios. Will logo começou a brincar com a minha língua e explorar minha boca, até então intocada, enquanto tornava o aperto em meu corpo mais firme. Eu estava em um completo êxtase, caramba, a boca dele parecia uma droga, um vício impossível de largar, o tipo de coisa pela qual você morreria para ter de novo. Comecei a divagar sobre coisas que eu sentia em relação a ele, mas que preferia reprimir no fundo do meu coração, na tentativa de não me machucar. Eu sabia que havia sido em vão a partir de agora. Todas as vezes que eu quis tirar aquele sorriso sacana dos lábios dele com os meus, todos os momentos onde encarei seu corpo com desejo, todas as vezes que quis ter suas mãos me acariciando, cada agonizante momento onde não conseguia tirá-lo da cabeça, cada flerte descarado e mão boba que ele me passou, cada insegurança que eu tive em relação a ele, tudo em um imenso turbilhão emocional que fez meu coração quase quebrar as costelas com a força das batidas.
O ar nos fez falta, e Will descolou nossas bocas ofegando. Sem que eu percebesse, meus braços estavam ao redor de seus ombros e uma de minhas pernas estava escorada em sua cintura. Ele sorriu ao ver meu estado.

SOLANGELO NOSSO DE CADA DIA!!Onde histórias criam vida. Descubra agora