Aviso de mpreg. Boa leitura ✌️
Nico narrando
Você já ouviu falar nas histórias de princesas? Que pergunta estúpida, é claro que já! Pois bem, eu estou em uma situação semelhante. É o seguinte: eu tinha uma mãe, uma irmã e um pai, e éramos todos majestades de um reino próspero e blá blá blá, enfim, um dia chegou a peste no reino e dizimou boa parte dos habitantes, inclusive minha mãe. Com essa crise, vieram saqueadores e outros criminosos para se aproveitarem da situação fragilizada. Em um assalto, foi quando minha irmã morreu. Não sei o que exatamente deu no meu pai, mas ele cismou em me trancafiar numa torre enorme e isolada, com apenas um alçapão de ferro cuja chave e uma marca na mão esquerda de quem cuida de mim. Portanto, estou preso aqui desde os meus 3 anos, sendo servido por criados do reino. As janelas desse lugar não existem, e eu não lembro de como é a luz do sol. Fui ensinado a dançar, ler, escrever, calcular, estudar, costurar, pintar e cozinhar. Não que eu goste de costurar e cozinhar, mas eu sei fazer.
Me dizem que meu pai queria me proteger, mas eu tenho uma leve sensação de que ele queria na verdade me afastar. Afinal, existem várias outras maneiras de proteger um filho, e nenhuma das maneiras convencionais incluí sumir com a dita prole! Eu só queria, sei lá, liberdade. E aos dezesseis anos, eu cheguei a um nível de desespero. Portanto, bolei um tipo de plano para sair dali. E esse plano consistia em seduzir algum criado para me tirar de lá. O problema é: eu provavelmente teria que machucar um coração para isso. E eu me recusava a fazer algo assim. Comecei a ficar deprimido com a ideia de viver o resto da minha vida preso. Nem sequer podia ver o sol, nem me lembro de como ele é. Consegue imaginar viver assim? Pois saiba: é horrível até para as mais reclusas pessoas. Eu não suportava. E, antes que você pense que eu estava desistindo fácil, eis o que eu fiz inúmeras vezes para tentar sair: escrevi e mandei cartas para meu pai (as quais jamais foram retornadas), tentei subjugar um criado para usar a marca dele pra sair (ganhei um olho roxo por isso), tentei arrombar o alçapão (levei um choque), tentei barganhar com outro criado (não deu certo porque ele já recebia muito bem e eu não tinha o que oferecer), e já fiz greve de fome (não funcionou porque me forçaram a comer). Enfim, desisti. Pensei que nem valia a pena ficar vivo, e, claramente, tentei me matar. Mas os criados perceberam e me amarraram na cama. Mas isso não estava adiantando, já que minha vontade de morrer corroía meu espírito e corpo. Logo eu mal conseguia falar tamanha a minha fraqueza. Foi aí que tiveram a excelente ideia de trazerem um médico. Ele tinha o dobro da minha idade, era lindo em todas as dimensões e exalava vida e alegria por cada poro. Era muito mais majestoso do que eu jamais poderia ser. Até seu nome era da realeza: William Andrew Solace. Ele me analisou minuciosamente, chegou até a tirar minha roupa em dado momento, mas eu nem ligava mais. Fazia vários testes em mim e as vezes me perguntava algo, mas eu nem tinha o que responder. Estava deprimido em um nível catastrófico, foi o que ele disse. A solução era estabelecer relações saudáveis comigo. Mas ninguém estava disposto; eu sou simplesmente insuportável. O estranho foi que o próprio médico se voluntariou para essa tarefa. Ele começou a falar sozinho perto de mim, que dá no mesmo que falar comigo. Usava tons de voz brandos, me trazia alguns presentes, as vezes encostava em mim, fazendo carinho. Eu evitava responder; eu morreria logo, não queria viver e não iria viver. Mas ele teimou e teimou em níveis inimagináveis. Vendo que eu não respondia estímulos verbais, ele começou a... Bom, ser extremamente carinhoso comigo. Mais do que já era antes. Ele se aconchegava em mim volta e meia, beijava minha face, mantinha contato físico sempre que possível de todas as formas que eu conhecia e até de algumas que eu nunca tinha ouvido falar. E eu me apaixonei. Pelo que eu sabia, era proibido um membro da família real se relacionar com plebeus, mas tudo bem, eu nem existo mais na realeza. Minha vontade de viver foi recuperada em partes, mas não totalmente. Eu não poderia sair dali. Foi aí que meu mundo desabou (de novo): Will não poderia ficar me visitando para sempre, seria desgastante demais viver comigo, e eu não sairía de dentro daquele lugar. Eu chorei litros com aquilo e tentei tudo o que podia para afastá-lo. Mas aconteceu o contrário, ele se aproximou cada vez mais. Era impossível resistir aos seus encantos, aos seus pedidos, aos seus olhares. Estávamos tendo forças magnéticas opostas e eu insistia em tentar manter conflito. Mas chegou um momento onde isso não foi mais possível, e esse momento foi quando ele me convenceu a cometer um pecado e quebrar uma lei: ele me deflorou. Aquilo era estritamente proíbido antes do casamento, e a única exceção era a prostituição.Nesse dia, ou noite, não sei, eu passei um bom tempo me perguntando sobre as intenções de Will. Ele havia me conquistado, mas isso não era grande coisa. Ele poderia ter qualquer um aos seus pés, definitivamente não precisava de mim. Observei seu corpo adormecido abraçado ao meu. Chorei silenciosamente pela expectativa de não ver mais isso, e depois adormeci ao seu lado, aproveitando o que acreditava ser a única vez em minha vida em que aquilo aconteceria. Acordei com ele me beijando o rosto e o pescoço. Assim que parou, perguntou o que me abatia tanto, além é claro, de não poder sair. Eu decidi ser sincero, não tinha nada a perder. Will pareceu chocado depois de ouvir e perguntou se suas intenções realmente não estavam claras. Eu disse que, por mais que estivessem, eu não saberia distinguir, era a primeira vez que eu me relacionava com alguém a tal ponto. Ele suspirou e me contou algo que me deixou de queixo no chão.
"Bom, acho que já passou da hora de você saber uma coisa. É uma história bem interessante, na verdade. Seu pai planejava tirar você daqui assim que completasse seus 17 anos, e o próprio estava ansioso para a chegada dessa idade sua. Mas ele entrou em desespero quando soube da sua tentativa de suicídio, tão perto de poder vê-lo outra vez. Foi de cabo a rabo do mundo inteiro procurando alguém que pudesse curar isso de você. E, em troca, ele oferecia a sua mão em casamento. Foram inúmeros os médicos que recusaram simplesmente por não ter noção de sua aparência. E eu... Bom, eu aceitei por pena, na verdade. Alguém que não lembrava como era ser amado, e nem mesmo sabia como era a luz do sol, vir a falecer tão perto de reviver sensações esquecidas. Mas, conforme fui cuidando de ti fui me apaixonando. Percebi que a oferta de seu pai era mais que válida, afinal, apenas alguém que viesse a amá-lo poderia curar seu coração. Eu consegui essa façanha com sucesso, e agora, estamos na porta de tirá-lo daqui, já que teu aniversário é em uma semana. Provavelmente, tocá-lo tão intimamente tenha sido um pouco precipitado, mas eu precisava de uma solução rápida.”
E realmente, uma semana depois, eu saí dos aposentos nos quais eu não aguentava mais ficar. Houve uma imensa festança na minha chegada ao reino, e me senti um pouco envergonhado. Perante as escadarias do imenso palácio, estavam meu noivo e um homem mais velho que supus ser meu pai. Para meu alívio, Will me recepcionou primeiro, me dando mais conforto e confiança para encarar meu pai e meus súditos. Não deixei de ficar nervoso, mas também não me acanhei. Algum tempo depois, ocorreu meu casamento. Will estava debochadamente lindo me esperando no altar, e eu via em seus olhar tanta luz que nem mesmo o sol, que eu tanto adorava, poderia competir. Eu esperava estar com o mesmo olhar, mesmo que ele não pudesse ver ainda por causa do véu. A festa foi um borrão, já que eu tinha apenas olhos para meu Will, literalmente. Cumprimos todas as "funções de casados” (nada de detalhes, vou deixar suas mentes poluídas trabalharem), e atualmente estamos esperando o primeiro bebê da nossa linhagem.
Mas isso não é tudo. Antes de engravidar, eu exigi, com toda a teimosia e insuportabilidade do meu ser, que me ensinassem a lutar, me defender e atirar de arco e flecha. Me ensinaram e atualmente eu sou a mãe de primeira viagem mais perigosa que esse reino já viu.Pra falar bem a real, eu tenho outro cap sobre idade média em andamento, mas não terminei ainda, falta mais umas coisas, mas por aí vou. A verdade é que tem um total de 19 capítulos aqui, mas uns 10 deles eu ainda não postei porque não tô tendo inspiração pra terminar. É isso, até uma próxima ✌️ (agora que eu vi, que nome de capítulo ridículo kkk)
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SOLANGELO NOSSO DE CADA DIA!!
FanfictionOi tudo bem? Pois é, meu povo, me vem na cabeça muita ideia pra solangelo, mas eu nunca consigo concluir uma long fic (acho que é assim que se chama, não lembro kkkk), então vou postar as coisas de solangelo que me vem na cabeça aqui, pegando empres...