SOLANGELO NOSSO DE CADA DIA!!

Meu emo gay e trans

Fiz um hot lá no final pra vcs, puevo.
Nico narrando
Solto um suspiro encarando a figura loira ao meu lado. Sabe aquele padrãozinho que por acaso é LGBT? Pois é, é esse tipo de ser parado do meu lado na festa. Não que eu goste de qualquer evento que exige interações sociais, mas meu primo, a mando do meu pai, me arrasta para festas e outros lugares com pessoas, o que é irônico pois o próprio Senhor Hades não gosta nem um pouco de interagir com outras pessoas. Ou talvez ele tenha algum amigo precisando esconder um corpo na maioria dos sábados, sextas e domingos do mês. Os amigos do meu pai são levemente duvidosos. Tanto quanto ele próprio.

Agora eu tinha o garoto irritantemente perfeito flertando comigo. Não que ele queira algo comigo, na verdade. Ele quer mesmo me fazer de piada pra escola inteira, porque "o idiota acreditou que eu quisesse algo com ele kkk".

N:- certo, Solace, loiros brancos de olhos azuis cisgêneros ricos fazem muito meu tipo. Claro. Agora para de encher sim?

W:- tá, mas nem um beijinho?

Ele fez uma cara de cachorrinho pidão com um bico nos lábios. Lhe dei um selinho.

N:- pronto. Agora vaza.

W:- ah Nico, por que não?!

N:- talvez outro dia Solace. Mas hoje não.

W:- outro dia...? Espera um segundo.

Ele puxou um papel com uma caneta do bolso, anotou alguma coisa e me entregou. Eram seu e-mail e número de telefone. Quem ainda dá e-mail?

W:- quando esse outro dia chegar, me dá um toque ok?

Ele me puxou e deu um beijo na minha bochecha. Depois saiu.

Eu fiquei encarando o papel, em crise. Ele estava mesmo determinado a me humilhar ou estava sendo sincero? Quer dizer... o que ele veria em mim? Tem várias outras pessoas, muitas no mesmo nível de beleza e sensualidade do dele o querendo. Por que ficar comigo? Ele visava índole? Ou só gostava de mudar o "cardápio"? Essa crise começou a me dar dor de cabeça, então voltei para casa, antes do previsto. Entrei normalmente, mas no meio da escada, comecei a ouvir barulhos estranhos vindos do quarto do meu pai. Fui averiguar mais de perto o que estava acontecendo e ouvi sons de sexo lá de dentro. E aparentemente, meu pai estava com outro cara. Torci um pouco o nariz e fui em silêncio para o meu quarto.

***

Duas semanas tinham passado. Eu não havia dado o "toque" a Will, mas coloquei meu pai contra a parede e ele admitiu que me tirava de casa para poder namorar. Mas isso não fez com que ele parasse e cá estou eu, com meu meio copo de cerveja ilegal sentado no canto, me isolando do povo.

Foi quando Will me viu novamente. Ele se aproximou de mim sem que eu percebesse.

W:- gostei da sua blusa.

Levantei os olhos pra ele de testa franzida. Olhei para minha camiseta e só então lembrei que estava usando uma camisa do Inosuke, de Demon Slayer.

N:- ah, valeu. Você também assiste? Ou leu o mangá?

W:- eu assisto. Qual foi o momento onde você mais chorou?

N:- eu não chorei.

Will colocou a mão no peito, fingindo pavor.

W:- você é um monstro!

Eu ri.

N:- tô zoando! É claro que eu chorei, idiota. Não sou tão psicopata assim! E óbvio que até agora, meu maior choro foi na morte do Rengoku-san.

W:- nossa, sim! Aquele Akaza idiota do inferno!

N:- eu tomei um puta spoiler sem querer que me fez não conseguir odiar ele.