No Topo (haikyuu x reader)

46 - Um novo começo

Faz uma semana que eu estou com a perna imobilizada, na semana passada tivemos a reunião com os responsáveis pela contratação do CVB, eles queriam que eu fosse para o Brasil já no próximo mês competir a super liga.

O Brasil tem uma boa repercussão no vôlei, eu fiquei tão animada, desde criança acompanho a super liga, o vôlei é de alta performance.

Ao passar minha empolgação eu pude analisar a situação direito, caiu a ficha de que eu iria embora do Japão, o contrato era por 2 anos, mas havia a possibilidade de renovação.

Eu teria que deixar meu país, minha família, meus amigos e meu amor....

- Filha, vamos para a fisioterapia! - minha mãe falou.

Não é novidade que eu sou hiperativa, eu estava odiando não poder jogar, e a fisioterapia não estava dando tanto efeito como eu queria, estava desmotivada.

- Vamos... - revirei os olhos e me levantei com auxílio das muletas.

- Ânimo querida! - bufei e segui para o carro.

Chegando na fisioterapia eu novamente estava desanimada fazendo os exercícios.

- Oi! - arregalei os olhos quando vi o Kei na porta da sala de fisio - Aqui é a fisioterapia?

- O que você está fazendo aqui? - perguntei sorrindo.

- Estou com uma leve dor no pulso, acho que preciso de fisioterapia também! - eu senti as lágrimas se juntando nos meus olhos, ele não precisava de fisio ele estava ali por mim... ele me apoiou tanto esses dias e sabia da minha desmotivação.

- Novo paciente, perfeito! - o fisioterapeuta falou - Vou colocar umas agulhas de acupuntura para aliviar seu pulso! - o fisio falou sorrindo, ele conhecia o Tsukki.

- Você não está conseguindo fazer isso? - ele se referia ao meu exercício - Vai logo, você consegue.

- É lógico que eu consigo! - falei com espírito competitivo e me esforçava para fazer os movimentos no pé - Obrigada... - sorri para o menino que me deu um selinho.

- Vai dar tudo certo! - ele segurou minha mão e ficou assim durante toda a consulta de fisioterapia.

Depois da fisioterapia o Kei-kun me convidou para ir até a praça respirar um ar livre, minha mãe nós levou até a praça para evitar que eu fique me arrastando por aí.

Sentamos em um banco e ficamos em silêncio por um tempo.

- Eu não sei o que faço, amanhã eu... tenho que decidir se assino o contrato com o time ou não... - falei olhando para frente.

- Qual é a sua dúvida? Ser profissional é seu sonho... - ele falou e eu respirei fundo.

- São dois anos no mínimo, eu teria que ir embora, deixar todo mundo, deixar você... - olhei para ele que me deu um sorriso compreensivo.

- Não é como se todo mundo fosse desaparecer, é seu sonho... - ele me abraçou pelos ombros.

- Mas mudaria muita coisa - me aconcheguei no seu ombro.

- Mudaria você seria atleta profissional, ia ganhar dinheiro para jogar! - dei risada.

- Você entendeu o que eu quero dizer...

- Eu estarei aqui esperando você voltar, assistirei todos os seus jogos... - eu estava ficando muito sentimental esses dias, odeio clima de despedidas.

- Não quero me despedir de você... - meus olhos estavam marejados.

- É só não se despedir, vai ser um até logo... - ele beijou o topo da minha cabeça - Não precisamos falar disso agora né?