Só Faltava V💋cê! - Vol. 1

Capítulo 49. Pandora & Carter

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— Meu Deus! Foi isso mesmo o que você pensou naquela madrugada? – perguntei, já relaxada e ele balançou a cabeça negativamente.

— Não... Isso aqui foi melhor do que eu tinha imaginado. – Ele respondeu saindo de mim e me puxou para sentar. – Acho que valeu a pena não ter feito naquele dia.

— Valeu mesmo! – concordei e ele riu, selando os seus lábios nos meus. – Como você chegou aqui tão rápido?

— Eu estava vindo para cá quando você me mandou a foto. Eu quase bati o carro por isso! – respondeu e rimos.

— E me ligou em chamada de vídeo, enquanto dirigia? – repreendi e ele se afastou.

— Não, eu parei o carro. Mas aí você recusou a chamada e eu pisei fundo no acelerador. Dirigi até aqui na velocidade da luz – respondeu fechando a bermuda e eu ri. Nick andou até a geladeira e a abriu, pegando uma garrafa de água. – Então, como foi o resto do seu dia? – Ele se virou para mim, abrindo a garrafa. – Respondeu a mensagem da desconhecida 'R'? – perguntou com um sorriso irônico, levando a garrafa à boca.

Eu olhei para ele do mesmo modo e ri.

— Respondi, é claro! – falei e disse a ele qual foi a mensagem que mandei e que não me responderam nada. – E aí, eu liguei – contei, dando de ombros e Nick quase cuspiu a água fora.

— Ligou?! – perguntou pasmado e eu assenti.

— Mas, obviamente, ela não falou absolutamente nada. Só ficou me ouvindo.

Contei para ele tudo o que eu falei e que, depois disso, eu não tinha recebido mais nenhuma mensagem.

— E teve algum problema quando saiu de lá?

— Não, nada. O Addy até achou que teriam paparazzi lá me esperando sair – comentei e revirei os olhos com a ideia. – Mas eu sabia que não teria, ia ficar muito na cara que a mensagem tinha sido ela quem enviou. Ela não arriscaria.

— Contou para ele?! – quis saber e, pela sua cara, ele duvidava se podia confiar nele.

— Contei e não se preocupa, eu confio cem por cento no Addy. Confio até a minha vida a ele.

— Se você confia... – ele deu de ombros, virando o gargalo da garrafa mais uma vez na boca.

— Eu sei o que você está pensando. Eu confiava na Vanessa e ela não era nem um pouco confiável e me apunhalava pelas costas. Mas o Addy é mesmo confiável. Ele vivia me alertando sobre ela e eu não enxergava.

— Só vou confiar cem por cento quando eu conhecê-lo. Mas, por enquanto, vou confiar sessenta por cento, por você confiar nele.

Nesse momento, eu senti que eu deveria contar para ele que o Addy era o Anderson da Hell e falar todo o motivo que me fez fazer aquilo. Eu não queria ter segredos com ele, não queria esconder nada dele, eu sabia que se ele descobrisse por outra pessoa, ele ficaria chateado, e com razão. Nick merecia saber por mim e eu não queria que nada colocasse em risco o relacionamento que estávamos construindo.

Eu suspirei fundo, criando coragem e pensando em como ia começar a contar.

— Nick, eu tenho uma coisa para te contar... – comecei a falar, fechando a camisa e abotoei o primeiro botão. De repente, vi Nick se curvar rapidamente na minha frente, o que acabou me assustando um pouco. – O que... ?! – Quando eu percebi o que ele fez, já era tarde. Nick se ergueu rindo, com a minha calcinha na sua mão. – Não! Nick, outra vez não! Me dá a minha calcinha! – exclamei, descendo do balcão e indo atrás dele que correu para a sala. – Nickolas! – Eu corri atrás dele e segurei em seu braço, tentando pegar a calcinha da sua mão.