Capítulo 45. Estarei Sempre com Você

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Após o término do namoro, Phillip passou a me perseguir por Miami. Para onde quer que eu fosse, ele estava lá.

Nas primeiras vezes em que isso aconteceu, eu sabia que ele tinha ficado na rua da minha casa me esperando sair para me seguir, mas nas outras vezes em que eu e minhas amigas conseguimos despistar ele, não soubemos como ele tinha me achado, e esse mistério permanecia mesmo depois de oito anos. Mas nós tínhamos a suspeita de que alguém tinha falado para ele, só nunca soubemos quem.

Todas as vezes em que eu estava na boate com as amigas, Phillip arranjava confusão e briga com qualquer homem que se aproximasse de mim. E não adiantava eu ir para outra boate, ele também estaria lá.

Na primeira noite em que eu saí para uma boate, eu e as garotas decidimos ir para uma do outro lado da cidade, por acharmos que ele não estaria lá, que ele teria ido para a Ônix, como sempre. Eu consegui me divertir e dançar por horas, mas foi só um rapaz me abordar, para ele aparecer e agredi-lo. Ele estava usando uma jaqueta com capuz, cobrindo a cabeça, e quando eu o puxei, o capuz saiu, o revelando. Nós discutimos e ele segurou nos meus braços, me dizendo que eu era dele, enquanto eu dizia que nós tínhamos terminado. Foi preciso os seguranças da boate intervir para ele me soltar e, naquele momento, eu soube que ele não me deixaria em paz, mas que também eu teria sempre pessoas dispostas a me proteger dele, mesmo que fossem pessoas desconhecidas. No entanto, mesmo sabendo disso, era difícil sair de casa, pois eu sabia que ele estaria no local e estragaria a minha diversão, então, eu passei a reunir os amigos em casa. Ele não tinha permissão para entrar lá e o código do portão, que antes ele sabia qual era, havia mudado. Aqueles eram os melhores momentos que eu tinha, eram os únicos momentos em que eu conseguia ter paz e me divertir, mas mesmo nesses momentos, havia uma pessoa desagradável para acabar com o meu sossego e diversão.

Sylvia.

A mãe dele frequentava assiduamente a minha casa e sempre me abordava com o mesmo assunto: Perdoá-lo e reatar o namoro.

Sylvia tentava sempre me persuadir a perdoar Phillip, que eu deveria dar mais uma chance para ele e acreditava que o filho poderia mudar. Mas eu já não acreditava mais em nenhuma mudança, e tudo o que eu tinha passado nos últimos meses com ele, não seriam apagados da minha memória. Mesmo que Phillip mudasse, eu sempre me lembraria de tudo o que ele me fez e o que me causou. Era impossível uma reconciliação entre nós dois e eu ter qualquer tipo de carinho e consideração com ele. Se antes eu nunca consegui sentir e dizer que o amava, depois de tudo o que eu passei com ele, seria impossível sentir isso.

Com o passar do tempo e a insistência dela, eu comecei a evitar falar com Sylvia, que parecia não entender absolutamente nada do que eu dizia, ela só se importava com ele e com uma possível reconciliação que nunca aconteceria. Ela sempre foi obcecada pela ideia de nós dois ficarmos juntos e, mesmo depois de tudo, ela continuava desejando isso. Ela era tão obcecada com isso quanto ele.

Depois de seis meses sendo seguida por ele e evitando Sylvia na minha casa, Phillip perdeu completamente o controle, ao me ver beijando outra pessoa na Ônix. Em um momento dele de distração na boate, enquanto ele conversava com Max, eu saí do seu campo de visão e estava me divertindo com as minhas amigas, quando um rapaz me abordou. Eu não ficava com ninguém havia seis meses e, sabendo que Phillip não estava me vendo, eu permiti que ele me beijasse.

8 anos atrás:

Eu estava de olhos fechados, beijando o rapaz que, sinceramente eu nem lembrava o nome, quando eu ouvi a voz de Jennifer me chamando em tom de alerta. Ao abrir os olhos e parar com o beijo, vi Phillip vindo em nossa direção com uma fúria que eu nunca tinha visto igual. Eu sabia o que ele ia fazer e tentei impedi-lo:

Só Faltava V💋cê! - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora