Só Faltava V💋cê! - Vol. 1

Capítulo 47. Mensagem

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Saímos para almoçar, como fazíamos todos os dias, em um restaurante não muito longe da agência. Nós sempre escolhíamos uma mesa na parte externa para ficar observando o movimento da rua e do entra e sai dos fregueses. Estávamos no centro de Los Angeles e o restaurante era muito frequentado por empresários, executivos, advogados, arquitetos, cuja sua vestimenta era sempre terno e gravata, mas também era frequentado por publicitários e técnicos de informática, cujo estilo era bem diferente, mas não deixavam de serem tão atraentes quanto os outros. Era sempre um colírio para os nossos olhos almoçar apreciando a vista de homens belos, e nos divertíamos tentando adivinhar os nomes deles e dando notas de um a dez.

— Oh, meu Deus! – Addy levou a mão à testa, apoiando o cotovelo na mesa. – O Kian oito e meio da semana passada veio almoçar hoje – informou, olhando para além de mim e eu me virei para ver o rapaz entrando no restaurante. Ele tinha os cabelos pretos e as laterais da cabeça raspadas, tinha piercing na orelha e tatuagens nos braços. Provavelmente era um publicitário. – Ele é gostoso!

— Você deveria ir lá perguntar para ele se o nome dele é mesmo Kian – falei, me virando para Addy e ri.

— Ele pode ter o nome que for, só quero que ele me chame de 'meu amor' – respondeu, ainda olhando para além de mim e rimos. – Ah, ele foi almoçar lá dentro – lamentou.

— Não sei por que você deu nota oito e meio para ele se você se derrete todo por ele – comentou Ana e Addy olhou para ela.

— Porque simplesmente não tenho como avaliar melhor sem roupa.

— Você pode descobrir, quem sabe ele não é gay?! Ou talvez ele seja bi – falei, dando de ombros.

— Talvez eu descubra outro dia, hoje eu estou mais interessado em saber sobre o seu fim de semana maravilhoso. Põe tudo na mesa! – Addy deu batidinhas na mesa com a mão e eu ri.

Contei para eles como tudo tinha sido maravilhoso desde o início e os principais acontecimentos do primeiro dia na casa, até as nossas refeições chegarem.

— Então você finalmente aderiu ao Instagram?! – perguntou Addy e eu assenti em dúvida.

— Não sei bem... ainda estou avaliando a minha participação. Talvez eu me torne uma Instagrammer, ou fique apenas como observadora.

— Já é alguma coisa – comentou Ana. – Agora pelo menos vai poder ver as nossas postagens – disse se referindo ao nosso círculo de amizades.

— O FBI parou de te procurar? – Addy perguntou com um sorriso de deboche se fazendo em seus lábios, enquanto levava o garfo à boca.

Eu estreitei os olhos e balancei a cabeça, o que fez ele rir.

— Não. O Nick criou a conta para mim, está privada e ainda não há publicação e nem foto, então, eu resolvi deixar – respondi dando de ombros, juntando a comida no meu garfo e levei à boca. – Além do mais, ele escolheu um nome de usuário que tem muita importância para mim.

— Qual?

— Mellie – respondi emotiva e olhei para os dois, que me olhavam confusos. – Meu pai me chamava assim – expliquei e os dois abriram a boca, surpresos, porém emocionados. – É claro que Nick não sabia disso, então eu senti que isso não era só uma coincidência.

— Até porque você nem acredita em coincidências. – Ana comentou e eu assenti.

— Mas, algo em mim, me disse para eu não excluir a conta ou mudar o nome de usuário.

— Talvez tenha sido um sinal de mudança.

— Foi isso o que eu senti na hora. Eu nem vi nada ainda, pois como vocês sabem, desligamos o celular depois disso.