Só Faltava V💋cê! - Vol. 1

Capítulo 6. Dia do Primeiro Encontro

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Despertei pela manhã, relutante. Eu queria dormir o máximo que podia, queria aproveitar a noite e precisava das minhas energias para isso, mas eu não conseguia mais.

Me virei de costas na cama e sorri ao me lembrar do dia anterior. Eu estava ansiosa e nervosa pelo dia que teria, porém estava animada por poder vê-lo de novo quando eu passei a semana inteira achando que não o veria nunca mais, que ele não me ligaria, mas ali estava eu sorrindo por saber que eu iria ao cinema com ninguém menos do que Nick Carter!

"Meu Deus! Eu voltei a ser uma adolescente fã dos Backstreet Boys. Falta só ter um pôster novamente na parede do meu quarto! Se controla Melanie, você é uma mulher adulta de vinte e oito anos, e ele é uma pessoa normal como qualquer outra. Se controla!"

Me esbofeteei mentalmente, mas era difícil me controlar quando eu iria ao cinema com o meu ídolo da minha adolescência e ainda iríamos para uma boate depois. Nem na minha adolescência, quando eu olhava para o seu pôster na parede do meu quarto, eu sonhava com isso. Eu nunca imaginei que um dia iria conhecer Nick Carter, quanto mais sair com ele. Era algo surreal! Além desse fato, eu ainda estava sem acreditar que ele me disse que me ligaria e de fato me ligou. Isso nunca tinha acontecido antes. Eu precisava provar para mim mesma de que aquilo tinha realmente acontecido.

Alcancei o meu celular na mesa de cabeceira e procurei o nome dele nos meus contatos. Estava lá, era real e eu não conseguia parar de sorrir. Fechei os contatos e vi que havia uma notificação em mensagens, cliquei no ícone e senti frio um frio na barriga ao ver que era uma mensagem dele em resposta a minha que havia mandado no dia anterior.

"Também gostei de falar com você de novo, mas vou gostar ainda mais pessoalmente. Com certeza você vai me tirar boas risadas e espero poder fazer o mesmo."

Eu li e reli a mensagem várias vezes com um largo sorriso no rosto, eu não conseguia largar o celular e sair da cama. Foi preciso o meu estômago roncar, quarenta minutos depois, para me fazer levantar.

Eu estava de excelente humor. O meu humor estava tão bom, mas tão bom, que eu poderia estar com a Síndrome da Branca de Neve e falar com os passarinhos na janela. Eu estava igual as pessoas que acordam de manhã cedo felizes, daquele tipo que te irrita por estar tão feliz logo cedo. Eu era uma pessoa animada pela manhã, mas não tão cedo, não logo quando acordava e muito menos às seis da manhã. Mas naquela manhã, eu poderia ter acordado às cinco e meia, e eu acordaria cantando com os passarinhos e dando bom dia para as pessoas mais ranzinzas da terra sem medo algum.

Coloquei uma música no meu celular para tocar e me levantei animada, cantando e dançando, indo para o banheiro. Fiz os meus hábitos e necessidades matinais, e fui para a cozinha preparar algo para comer. Enquanto preparava o meu café da manhã eu cantava e dançava na cozinha.

Me sentei em um dos banquinhos do balcão ilha e tomei o meu café.

Quando estava terminando de comer, peguei o meu celular e abri no WhatsApp o grupo 'Girl', sim, desse jeito, no singular. Era o grupo de conversa com as minhas amigas de Miami. O nome do grupo foi escolhido por causa da música de mesmo nome do grupo Destiny's Child. Era um nome simbólico para todas nós, principalmente para mim.

Quando eu terminei o meu namoro com 'P' eu contei tudo o que acontecia entre nós dois para elas. Elas foram muito solidárias com tudo o que eu passei com ele, não me julgaram em nenhum momento por ter continuado com aquele namoro, elas entenderam o quanto eu estava sendo manipulada e o tanto que o meu psicológico estava abalado. Elas só me questionaram o porquê de eu não ter contado nada para elas antes, de eu não ter pedido ajuda. Mas quando eu falei que eu tinha medo, e até vergonha, porque eu me sentia de certa forma culpada, elas não me recriminaram, pelo contrário, elas entenderam e até mesmo sabiam que 'P' estava me controlando e até mais do que isso. Quando a situação ficou pior, um dos amigos do 'P', o Steve, chegou até mesmo a dizer para elas e os outros amigos que suspeitava de que o 'P' me agredia, pois o padrasto dele fazia o mesmo com a mãe dele. Sem provas de que isso acontecia, ele disse para o grupo não interferir pois podiam piorar a situação, 'P' ia me afastar deles e aí, sim, eles não iam poder me ajudar. A única forma de eles me ajudarem, era se mantendo por perto e tentando falar comigo sem 'P' saber, o que era muito difícil, já que ele não me deixava mais sozinha com nenhum deles e olhava o meu celular constantemente. Ele ficava agressivo quando eu apagava as mensagens, por achar que eu estava escondendo algo dele. O medo de uma agressão era constante e por isso eu me mantive submissa dele por um tempo, pois eu já sabia como ia terminar o namoro, mas eu precisava de tempo e que ele acreditasse que ele tinha o controle sobre mim até que eu pudesse acabar com aquele relacionamento. Depois que eu terminei com ele e contei tudo para elas, elas me apoiaram de todas as maneiras possíveis. Elas foram muito protetivas depois quando ele me perseguia pela cidade. Eu nunca saía sozinha, eu sempre estava com uma delas, ou com todas.