Só Faltava V💋cê! - Vol. 1

Capítulo 57. Minha Família é o Meu Alicerce

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Depois de um banho relaxante, saí do banheiro enrolada na toalha e entrei no quarto. Nick estava sentado na cama, com as costas recostadas na cabeceira e as pernas esticadas. Ele estava distraído, olhando para a tela do celular. Subi na cama e me deitei, apoiando a cabeça em seu colo.

— Ei, o que foi? Está tudo bem? – perguntou, acariciando o meu cabelo.

— Está, apenas estou cansada e o banho me relaxou.

— É, eu sei. As últimas quase vinte horas foram intensas – afirmou, dando um suspiro cansado e eu suspirei fechando os olhos. Nick permaneceu em silêncio, acariciando o meu cabelo e eu estava ficando mais relaxada e sonolenta por isso. – Como é estar no seu quarto novamente? Deitada na sua cama?

Eu abri os olhos e olhei para o quarto, pensando na sua pergunta.

— É estranho. É como se o tempo não tivesse passado, mas sinto uma nostalgia. Esse quarto está repleto de lembranças.

— Lembranças boas?

— E ruins. Muitas coisas que eu tento não me lembrar aconteceram aqui.

— E é um gatilho pra você? – indagou e eu pensei um pouco, mas neguei com a cabeça. – E hoje ao vê-lo? Você teve uma crise... – comentou e eu assenti, sentindo os meus músculos da face se contraírem.

— Eu sempre tive medo de ficar frente a frente com ele de novo e, naquele momento, eu me vi de volta a dois mil e quatro, quando ele me perseguia.

— Por que você não me pediu para te tirar dali?

— Eu pedi, mas você não me ouviu.

— Desculpa, eu não ouvi mesmo.

— Eu sei, está tudo bem. Eu não estava mesmo conseguindo falar e tinha muito barulho.

Fiquei em silêncio, pensando no porque de ele ter demorado tanto para sentir a minha falta e ir atrás de mim. Phillip tinha saído logo depois de mim e ele conseguiu falar comigo antes que ele e Dylan me encontrassem.

— Por que você demorou para sentir a minha falta? – questionei.

— Não demorei.

— Demorou, sim. – Eu me virei para ele. – Você, Dylan e Charlotte só me encontraram minutos depois que eu saí.

— Depois que ele saiu, eu e Dylan estávamos irritados. Sua mãe e Charlotte tentaram nos acalmar e eu achei que você estava ali ainda atrás de mim. Quando eu percebi que você não estava, procurei você ali na igreja, achei que você poderia estar com a sua tia – deu de ombros –, mas você não estava, então perguntamos e disseram que viram você sair pela lateral, e aí fomos atrás – explicou e eu murmurei, entendida. – Mel, eu sei que provavelmente você não quer falar disso agora, mas... O que ele queria? – questionou e eu suspirei, virando o rosto e encarando o teto.

— Me pedir perdão. Falou que meu pai perdoou ele, e minha mãe também. Eu não acreditei nisso, mas ele disse que era verdade.

— Isso é verdade – afirmou e eu olhei para ele sem saber como ele sabia disso. – O Dylan sabe disso. Ele falou com a sua mãe sobre isso, depois que ele saiu. Mas ao contrário dos seus pais, o Dylan não o perdoou. Ele disse que não acredita na mudança dele, que o Phillip é um dissimulado, duas caras e está fingindo.

— Dylan nunca vai acreditar. Ele é do tipo de pessoa que depois que perde a confiança, perde de vez e não tem volta.

— E quanto a você? – indagou e eu suspirei novamente, voltando a olhar para o teto.