Capítulo 39. [Meu Passado] Pequenos Sinais

374 40 13
                                    

💋

Quando eu e Phillip começamos a namorar, eu achava que estava com a pessoa perfeita para mim. Ele me conhecia muito bem, sabia das minhas qualidades e, principalmente, dos meus defeitos, nós gostávamos das mesmas coisas e éramos sinceros e honestos um com o outro, ele era o meu melhor amigo e eu sabia que ele me faria feliz e que nunca me magoaria, achava que ele me protegeria de qualquer um, algo que ele já tinha feito antes, ao me defender de um aluno no colégio que tirou proveito de mim e estava com más intenções. Mas o que eu não esperava, de forma alguma, era de que eu precisaria me proteger dele.

Meu relacionamento com ele se transformou em um inferno depois de mais de um ano de namoro.

Tudo começou meses depois que completamos um ano, quando eu fiz pela primeira vez a contração durante o sexo. Quando eu perdi a virgindade com ele, eu era muito inexperiente, e ao longo do tempo eu busquei aprender muito, tanto na prática quanto lendo sobre o assunto, e também conversando com as amigas que eram mais experientes. Eu sempre estava buscando formas de agradar, seduzir e, de dar prazer, tanto para a minha evolução nesse quesito quanto para dar prazer para ele, pois eu me sentia mal em não sentir que o amava e em dizer isso para ele, quando ele já tinha me dito essas três palavras muito tempo antes. Sempre que ele falava que me amava eu me sentia péssima em não conseguir dizer o mesmo, então a forma que eu achei para demonstrar para ele que eu gostava muito dele era lhe dando prazer. Mas se eu soubesse que isso causaria nele uma transformação, eu nunca teria feito isso.

Depois disso, Phillip ficava facilmente excitado, querendo sexo a todo o momento. Eu não vou dizer que eu não ficava excitada, claro que eu também ficava, o sexo era intenso, prazeroso demais, o dar e receber prazer era recíproco. Mas eu também gostava de ficarmos quietos, conversando, assistindo um filme ou jogando videogame, porém todas as vezes que ficávamos assim ele instigava para transar e aquilo foi me deixando sufocada. Então, um certo dia, eu decidi que precisava ficar um dia sem ele e convidei as minhas amigas para passarem o dia na minha casa. Phillip não aceitou isso muito bem, e esse foi o primeiro sinal que eu não percebi de que ele havia mudado.

9 anos atrás:

Nós estávamos no colégio, na sala de matemática, e Phillip, como sempre, estava sentado na cadeira atrás de mim. Eu nunca fui boa nessa disciplina e portanto eu estava concentrada olhando para o quadro prestando bastante atenção na explicação do professor e tentando entender o assunto. Me ajeitei na cadeira e o meu cotovelo bateu na caneta, fazendo-a cair no chão. Olhei para o objeto e expirei resmungando, então me curvei ,apanhando a caneta. Voltei a me concentrar na explicação e involuntariamente levei a caneta para a boca, mordendo o bocal. Segundos depois disso, ouvi Phillip sussurrar bem atrás de mim:

— Estou excitado.

Eu virei o rosto para ele, chocada. Não era a primeira vez que ele me dizia isso em sala de aula e aquilo estava mesmo começando a me incomodar.

— É sério, Phillip? – sussurrei, contendo uma irritação. – Aqui? De novo?

— Que culpa eu tenho de você me deixar assim? Eu não resisto ao seu corpo e esse seu pescoço! – Ele avançou para beijar o meu pescoço e eu recuei, perplexa.

— Para com isso! Estamos em sala de aula, Phillip! – ralhei em voz baixa. – Você sabe o quanto eu sou ruim em matemática. Preciso prestar atenção na aula e você também – disse e me virei para frente.

— Depois o Max ensina a gente.

— Phillip! – Me virei novamente para ele, o olhando, pasmada. – O que você quer?

— Quero você! – respondeu com excitação na voz e aproximou novamente o rosto para me beijar, mas recuei novamente, o olhando, boquiaberta.

— Que parte do "estamos em sala de aula" você não entendeu?

Só Faltava V💋cê! - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora