Capítulo 17. O Jogo

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Entramos no ginásio e fomos levados por um funcionário até as nossas cadeiras, localizadas bem ao lado da quadra e do lado oposto do banco dos jogadores. Nos acomodamos e esperamos o início da partida enquanto as pessoas ainda iam lotando o ginásio.

Eu estava nervosa e ansiosa pelo resultado da partida. Eu não queria que o Lakers perdesse, e não era somente por eu torcer pelo Lakers, mas porque eu não saberia o que responder a ele.

— Eu estou curioso e preciso perguntar – disse Nick, me tirando dos pensamentos e eu olhei para ele. – Como você conseguiu esses lugares?

— Ah... É segredo – sorri –, altamente confidencial e eu teria que te matar se eu te contasse – respondi séria, estreitando os olhos. Nick ficou me olhando, intrigado, e eu ri da sua expressão curiosa. – Eu também tenho os meus contatos, Carter. Quem sabe um dia eu te conto sem ter que te matar depois.

— Hum, misteriosa – disse e relaxou, olhando para a frente. – Tudo bem. Eu até que gosto disso.

— De mistério? – perguntei e ele assentiu. – Não fica curioso?

— Fico, sim. Mas eu gosto, me dá mais vontade em descobrir... e eu sempre descubro – falou em um tom mais baixo, se inclinando levemente para o meu lado e me olhando fixamente nos olhos.

Foi tão intenso que eu me senti virando pedra novamente.

Nick sorriu astucioso e recuou, voltando a olhar para a quadra. Soltei o ar que eu nem sabia que tinha prendido, sentindo todo o meu corpo se arrepiar.

— Sabe... – ele começou a falar – apesar de torcer para o Celtics, eu acho uma pena o Lakers perder hoje, eles estão bem no campeonato. – Olhou para mim, sorrindo.

— Eles não vão perder.

— Veremos no final.

Minutos depois, com o ginásio mais cheio, as luzes se apagaram parcialmente e o show de apresentação dos times começou com os gritos das torcidas.

Primeiro foi apresentado o time do Boston Celtics, que era o time visitante. Os torcedores do Celtics ovacionaram, inclusive Nick, eu apenas aplaudia, respeitando o adversário. Mas quando foi a vez do Los Angeles Lakers, o Staples Center era só gritaria, o meu grito incluído.

— Vai Lakers! – gritei, batendo palmas e Nick me olhava, rindo.

A torcida do Lakers começou a entoar em coro, acompanhado de palmas ritmadas.

Lakers, Lakers... – palmas – Lakers, Lakers.

Nick começou a rir da minha empolgação, mas logo começou a gritar para o Celtics também.

Depois das apresentações dos jogadores, o jogo deu início e, as torcidas vibravam a cada ponto marcado, levando a partida para uma disputa acirrada e eletrizante.

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O primeiro tempo da partida se encerrou e os Lakers estavam vencendo de 50 a 44, mas não podia me empolgar tanto ainda.

— Estão ganhando – cantarolei, fazendo careta para Nick que riu.

— O Celtics vai virar – respondeu, também fazendo uma careta e rimos.

— Fala mais alto que a torcida do Lakers aqui atrás não te ouviu – falei e ele riu alto. – Vão todos cair em cima de você.

Enquanto estava no intervalo da partida, tocava música no ginásio e, no telão estavam mostrando a torcida, que ao se verem no telão começavam a acenar e dançar. De repente mudaram e começou a câmera do beijo, que é  uma brincadeira no intervalo que as pessoas adoram. A câmera procurava casais que, quando eram filmados, tinham que se beijar. As pessoas vibravam a cada beijo dado no telão.

Só Faltava V💋cê! - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora