Capítulo 15. Um Passarinho Me Contou

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Os dias se passaram e já era quinta-feira. Eu e Nick não nos falávamos desde a segunda e eu estava angustiada com isso.

Depois de todos os outros, eu ficava tendo uma ideia errada de que a qualquer momento o próximo ia sumir da minha vida. E com Nick isso não era diferente. Eu sentia que ele era o que eu menos queria que isso acontecesse. Não por ele ser quem ele era, mas porque com ele eu sentia algo muito diferente, sentia algo que eu nunca havia sentido com ninguém antes. Nick me fazia bem em pouco tempo, só a sua presença, sem nem mesmo me dizer nada, me fazia bem, me fazia me sentir eu mesma, como há muito tempo eu não me sentia. Bastava apenas olhar em seus olhos, e no seu sorriso, que o mundo ficava em câmera lenta e eu me sentia leve. Portanto não era o fato de ele ser Nick Carter que me fazia sentir medo e desesperadamente pedir que ele não sumisse da minha vida como todos os outros, era apenas por ser ele, um cara como qualquer outra pessoa e que me fazia bem ter por perto.

Já estávamos quase no fim do expediente e eu passei o dia inteiro no trabalho sem conseguir me concentrar em nada. Passei mais tempo verificando o meu celular do que fazendo as minhas tarefas.

Olhei para o celular, pela milésima vez naquele dia, e não havia notificação alguma na tela. Decidi que precisava de ajuda, eu precisava de conselhos.

Olhei em volta, procurando por Addy, e o avistei perto da cafeteira, tomando um café e conversando. Me levantei e me aproximei dele, informando:

— Addy, eu estou aflita.

— Com licença, sim? – pediu licença à pessoa que estava conversando e ela se retirou, nos deixando a sós. – O que foi, maravilhosa? Você está mesmo aflita, quer um cafezinho? – ofereceu, apontando para a cafeteira.

— Café, Addy?! Eu estou aflita e você me oferece café? Quer que eu tenha um ataque cardíaco?

— Uma água?

— Não, Addy, eu não quero nada. Eu só preciso conversar.

— Então fala. O que houve? – Ele encostou-se à bancada, tomando um gole do café.

— É o Nick. Ele não me ligou mais, desde segunda que a gente não se fala.

— Ah, Mel, provavelmente ele deve estar ocupado demais. Você não disse que ele está em estúdio? Essas coisas demoram – disse e tomou mais um gole. – E se está preocupada com isso, por que você não liga pra ele? Não fica esperando só ele te ligar. Foi para isso que ele te deu o número dele, pra você ligar também quando quisesse.

— É, claro, você está certo – concordei, me achando uma idiota. – Vou fazer isso.

Voltei para a minha mesa, abri a minha bolsa, peguei o celular e procurei o nome dele nos contatos, ligando para ele ao achar.

O telefone tocou três vezes, antes de ele atender:

Oi, Mel.

— Oi, Nick. Tudo bem?

Tudo, e com você? – respondeu, parecendo não estar naquele planeta.

— Tudo bem. – Fiz uma breve pausa. – Está tudo bem mesmo? Você está com uma voz meio cansada. Estou atrapalhando? Não é uma boa hora, né? Me desculpa, eu falo com você uma outra hora – disse, apressadamente.

Só Faltava V💋cê! - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora