Capítulo 68. Mudando a Rotina

289 31 16
                                    

💋

O alarme do celular tocava insistentemente e eu ainda estava com sono. Tinha ido dormir uma e meia da manhã, depois de chegarmos em casa na noite anterior. Eu tinha dormido um pouco no avião, mas não foi o suficiente para que o meu sono fosse completo e de qualidade.

Tateei a mesa de cabeceira, à procura do aparelho e toquei na tela ao encontrá-lo, fazendo com que o som dele parasse.

— Hora de acordar e voltar à rotina, maninha. – Ouvi a voz de Dylan e resmunguei.

— Não quero. Rotina é um saco! Quero voltar para Miami.

— Não quer não. Só está falando isso porque não quer acordar e ir trabalhar. Você vai se atrasar.

— Só mais uns minutinhos – pedi, ainda sonolenta.

— Só dez, é o tempo que eu uso o banheiro.

Ouvi a porta do banheiro fechar e peguei no sono novamente, mas só durou mesmo dez minutos. Sem outra escapatória, levantei da cama, muito contrariada, e me arrastei até o banheiro.

Depois de tomar um banho para acordar e me arrumar, eu desci até a cozinha e Dylan tinha preparado um café da manhã rápido. Ele já conhecia a minha rotina, sabia que eu sempre passava na cafeteria perto da agência, mas quando ele me visitava, fazia questão de preparar um café e me alimentar bem.

— O que você vai fazer hoje enquanto estou no trabalho? – Eu quis saber, sentada no banco do balcão ilha.

— Vou ficar aqui e arrumar toda essa bagunça. Três anos morando sozinha e você ainda não aprendeu a ser organizada.

— Não começa, Dylan Geller – falei, fazendo referência à Monica Geller do seriado Friends. Dylan riu. Eu olhei para o relógio na parede e dei um pulo da cadeira. – Meu Deus, olha a hora! Não posso me atrasar tanto no primeiro dia de volta ao trabalho. Vamos, vamos!

Terminei de tomar o café em uma golada e saímos de casa na correria.

Dentro do carro, eu tentava não pensar muito sobre o quase acidente que eu tive com aquele carro e com todo o resto. Ficar pensando nisso só me deixava intrigada, com raiva e com medo de que aquilo ou outra coisa ruim fosse acontecer comigo. Não pensar nisso não me deixava com ansiedade. Dylan me conhecia bem e ficava me distraindo com outros assuntos.

— Vai almoçar na agência?

— Provavelmente, não. Por quê? Vai almoçar comigo?

— Claro! – respondeu e o olhei com ironia. – Por que está me olhando assim? Não quer almoçar comigo?

— Não é isso, mas eu sei muito bem porque você vai almoçar comigo.

— Nem faça essa cara. Até sexta-feira, eu não vou sair do seu pé – disse e eu revirei os olhos, mas eu já sabia que seria desse jeito.

— Ela não vai me fazer nada eu estando com a Ana e com o Addy.

— Não interessa. Eu vou almoçar com vocês e ponto! E não quero almoçar com você só por isso, mas porque eu quero e também porque não quero almoçar sozinho.

— Tudo bem, eu sei disso. E também sei que não é só por mim que você quer almoçar comigo, mas por causa da Ana e do Addy. O Addy vai adorar a sua companhia – comentei, com um sorriso de canto e ele achou graça.

— Vão para o mesmo restaurante de sempre? – perguntou, sem me olhar e eu afirmei positivamente. – Não estão a fim de mudar hoje?

— Por quê?

Só Faltava V💋cê! - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora