Moréia - Terrário

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Camila POV

Fazia uns três dias que eu tinha ido na cafeteria de Lauren e deixado o bilhete com a receita e ela não apareceu aqui, sei que ela pode estar ocupada, sei também que posso ter assustado ela com aquelas coisas que falei. Mas não gosto de esconder o que sinto e eu realmente me sinto bem quando estou com ela e queria que ela soubesse disso.

— No mundo da lua? - me viro e observo Mani me encarar, ela segurava um pequeno regador em sua mão - te chamei e você não me respondeu.

— Estava pensando na Lauren - ela levanta as duas sobrancelhas - eu acho que assustei ela com aquele bilhete.

— Eu tenho certeza - nós duas rimos e eu nego com a cabeça - ela deve ter ficado tipo - Mani deixou o regador em cima do balcão e arregalou os olhos e ficou mexendo a boca como se quisesse falar e não conseguisse - ela é uma fofa quando fica toda sem saber o que dizer.

— Isso é a mais pura verdade - digo rindo e então ouço o barulho na entrada da floricultura e olho pro lado vendo um rapaz de boné vermelho entrar com uma caixa e um papel na mão.

— Senhorita Camila? - ele olha na direção de Normani que levanta a mão e aponta o dedo na minha direção e ele me olha - oh, senhorita Camila isso é pra você, poderia assinar bem aqui? - ele me estende o papel e eu assino onde ele me indica - aqui sua encomenda.

— Obrigada - ele me lança um sorriso e então se vira e vai até a saída - eu pedi algo e não me lembro?

Falo olhando na direção de Normani e ela da de ombros e então se afasta assim que pega o regador e volta a sua tarefa de aguar as flores. Olho a caixa em cima do balcão e procuro nome ou algo que me indique de quem seja e não acho nada, abro a caixa que estava coberta por um papel marrom clarinho e vejo uma caixa preta e então abro a mesma e nego com a cabeça sorrindo.

Dentro da caixa tinha um terrário redondo e lindo, estava bem seguro com jornais na lateral e então eu o puxei e deixei em cima do balcão e puxei meu banco e me sentei para admirar mais de perto tudo que tinha ali dentro e o sorriso em meu rosto era enorme. Olhei dentro da caixa novamente e tinha um pequeno bilhete na cor verde, eu olhei a caligrafia e comecei a ler.

"Eu não sou boa com palavras e você já sabe disso Camila, mas eu queria te presentear com algo e vi esse terrário e ele me lembrou você, você me parece alguém que se sentiria bem em um campo cheio de verde e animais e espero que agora na imaginação que você teve do lugar eu possa estar ao seu lado desfrutando da paisagem. Espero que goste e também aceite sair comigo no sábado. Se você aceitar eu vou está na frente da sua floricultura te esperando as nove da manhã, beijos."

Ass: Lauren Jauregui
ps: eu queria muito te chamar e não tinha coragem, então fui ameaçada por Dinah e por isso eu criei coragem na base do medo.

Não pude deixar de rir com o final do bilhete e voltei a olhar o terrário que tinha tantos detalhes bonitos e era fácil me imaginar em um lugar daquele jeito e era mais fácil ainda visualizar Lauren ao meu lado

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Não pude deixar de rir com o final do bilhete e voltei a olhar o terrário que tinha tantos detalhes bonitos e era fácil me imaginar em um lugar daquele jeito e era mais fácil ainda visualizar Lauren ao meu lado.

— Quem te mandou isso? - Mani pergunta enquanto limpava as mãos com um pano marrom clarinho, ela se inclinou por cima do balcão - gente que bonitinho, olha os cavalinhos.

— Foi Lauren - mostro o bilhete a Mani que após ler o mesmo começa a rir e eu sabia muito bem o motivo de sua risada - eu posso imaginar nitidamente o jeito dela falar nesse final ai.

— Eu consigo imaginar nitidamente - Mani fala me devolvendo o bilhete que eu guardo dentro de minha bolsa - isso é realmente a sua cara.

— Sim, ela não poderia ter me dado coisa melhor - não conseguia tirar o olhar do pequeno terrário.

— Devemos agradecer essa Dinah por ameaçar ela - minha amiga fala e se escora no balcão.

— Pode deixar que eu vou agradecer mesmo, pois sei que ela não teria coragem por si só de fazer isso - me ajeito no banco e pego o terrário colocando com cuidado dentro da caixa e tapando a mesma e guardando na parte de baixo do balcão - que tipo de encontro você acha que é esse a qual ela vem me pegar na parte da manhã?

— Não faço a mínima ideia - Mani da de ombros e faz uma careta como se estivesse pensando em algo - eu só tenho certeza de que ela pode não apenas surpreender você como a mim mesma, pois sei que vai me contar tudo quando chegar desse tal encontro.

— Com certeza - levo as mãos até meu cabelo e prendo o mesmo em um coque frouxo - tenho que fazer umas ligações agora, não quero que nada me atrapalhe no sábado, então vou deixar tudo resolvido antes do sábado chegar.

— Vou checar na agenda se temos algo pro sábado, mas acho que não, a única entrega grande que temos é na sexta - Mani fala enquanto pega o grande caderno onde notávamos as entregas - viu, só na sexta mesmo - ela aponta na folha e eu olho rapidamente.

— Então vamos agilizar - falo pegando o avental atrás de mim e o colocando por minha cabeça e amarrando em minha cintura - tenho que terminar uns arranjos dessa entrega e tem também outras duas menores.

— Vamos trabalhar - Mani se vira e vai na direção de uma senhora que chamava ela para ajudar com algo.

Fui até o fim da floricultura e comecei a fazer os arranjos da sexta, eu não conseguia parar de sorrir pro nada. Estava ansiosa para chegar logo o sábado e poder sair com Lauren e ansiosa também pra saber onde ela me levaria tão cedo, não conseguia pensar em nada que ela seria capaz de fazer naquele horário. Dei de ombros e voltei a minha atenção ao que estava fazendo, precisava de foco e se ficasse pensando em Lauren seria capaz de fazer tudo errado e precisar fazer tudo novamente.

QUERO UM TERRÁRIO DESSES PRA ONTEM AQUI NO MEU QUARTO.

Ah gente os erros vocês ignoram tá, pois eu sempre falo que vou ajeitar e nunca ajeito.

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