Lavanda - Sábado

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Lauren POV

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Lauren POV

Peguei o carro de Dinah emprestado, já que o meu era baixo demais para passar na estrada que eu pretendia seguir. A via estava em péssimas condições, cheia de buracos e irregularidades, o que tornava o trajeto bem complicado para um carro mais baixo como o meu. Eu sabia que, com o carro dela, seria mais fácil enfrentar aquele terreno. Por precaução, deixei o meu carro com Dinah, caso ela precisasse sair para algum compromisso. Ela poderia usá-lo sem problemas enquanto eu estivesse fora. Sentia que era a solução mais prática, e a troca de carros não me causava maiores preocupações.

- Se você aparecer com um arranhão sequer no meu carro, Lauren - ela me olhou séria e apontou o dedo em minha direção -, você estará avisada.

- Fique tranquila, você sabe que eu vou cuidar dele direitinho - falei, passando a mão pelo capô do carro. Ela semicerrou os olhos e eu sorri amarelo.

Não disse mais nada e entrei no carro. Coloquei o cinto e dei partida antes que ela começasse a me passar mais um sermão. O trânsito estava tranquilo, já que era sábado e quase ninguém trabalhava naquele dia. Os que trabalhavam já estavam em seus empregos por conta das horas; faltavam dez minutos para as nove, horário em que eu disse que iria buscar Camila.

Passei o resto da semana tentando não pensar no encontro, pois, se o fizesse, provavelmente já teria surtado antes do dia chegar. Eu queria muito chamá-la, mas não conseguia falar diretamente com ela, cara a cara. Parecia que eu estava levando um choque de tanto que gaguejava. Então, Dinah me deu a ideia de escrever um bilhete e deixou bem claro: "Se você não escrever esse bilhete, eu juro que saio por essa porta e você vai ficar sozinha nessa cafeteria. E eu nunca mais volto". Ela falou tão sério que resolvi não duvidar dela. Afinal, era Dinah, né?

Cheguei em frente à floricultura, desci do carro e fechei a porta. Fiquei em pé na ponta da calçada, olhando ao redor. Estava usando uma calça jeans clara com alguns rasgos discretos na coxa, um tênis cinza claro e uma blusa da mesma cor, sem estampa alguma. Olhei para a floricultura e fiquei em dúvida sobre o que fazer: se entrava e chamava Camila ou se ficava do lado de fora esperando. Logo, a porta se abriu e a vi saindo, o que me fez ficar paralisada no lugar.

Camila estava usando uma calça preta que se ajustava perfeitamente ao seu corpo, e uma blusa amarela de mangas longas e gola um pouco alta. A blusa não era totalmente colada, mas também não estava folgada demais. Nos pés, ela usava um All Star da mesma cor da blusa. Seus cabelos estavam soltos, e ela veio em minha direção com um sorriso lindo, seu rosto parecia surpreso, mas ao mesmo tempo encantado.

- Eu achei que você não fosse vir - ela disse, parando na minha frente. Então, colocou o pé direito à frente do corpo, ficou um pouco na ponta dos pés e depositou um beijo carinhoso em minha testa. Fechei os olhos, aproveitando o contato, e ela se afastou rapidamente, se ajeitando diante de mim.

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