✨ FINALISTA DO WATTYS 2022 ✨
Após uma relação deplorável e pecaminosa entre uma criatura angelical e um demônio, dois frutos totalmente diferentes foram gerados, sendo eles Dara e Yabel. Porém, a atitude depravada dos dois seres totalmente opostos o...
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“Atenção, há um assassino em série à solta, o homem ainda não identificado está assassinando brutalmente diversas mulheres. Aparentemente o assassino possui um padrão de vítimas, sendo mulheres loiras acima de 30 anos de idade.”
Após o fim de semana, várias notícias sobre um assassino estavam circulando em todas as redes sociais e em todos os noticiários televisivos. Mulheres loiras sendo assassinadas em massa, por apenas um homem, como alguém seria capaz de cometer tal atrocidade?
Sempre gostei de documentário sobre crimes não resolvidos e sobre assassinatos em série, porém esse tinha algo diferente, um padrão de vítimas estipulado pelo homem não identificado, um padrão totalmente incompreensível.
“Uma das mulheres assassinadas foi encontrada dentro de uma casa abandonada, com várias pétalas brancas de rosas em sua volta. Várias partes do seu corpo foram decepadas, incluindo orelha, dedos, seios e língua. Um assassinato frio e calculado milimetricamente…”
De fato o assassino era cruel, porém havia uma pergunta que não parava de invadir minha cabeça. Qual o motivo desse padrão? E como ele está conseguindo alcançar tantas mulheres em tão pouco tempo, em locais diferentes e distantes?
Esse homem deve ser uma máquina mortífera, e aparentemente ele não vai parar tão cedo.
Eu gostaria muito de ser uma detetive, para investigar tais mistérios.
— Dara chega de assistir televisão, quero que você limpe os quartos imediatamente! — a voz alta da minha mãe invadiu meus ouvidos, tirando-me totalmente dos meus devaneios.
— Estou indo. — respondo rapidamente.
Limpei todos os quartos, em seguida tomei um banho rápido e caminhei para o colégio. Eu não havia presenciado as aulas matinais, pois hoje ocorrerá a prova da primeira fase do intercâmbio, sendo assim, o colégio aconselhou que os participantes descansassem pela manhã para que no periodo da tarde ficassemos mais focados no processo seletivo.
No caminho, escutei "Happiness is a Butterfly" da Lana Del Rey, a melodia lenta e melancólica invadia meus ouvidos e tocavam profundamente a minha alma, me relaxando, porém, de certa forma, me dilacerando internamente. Eu precisava de um choque de realidade. Precisava entender que a felicidade é algo inalcançável.
A felicidade é igual a uma borboleta, e eu tento capturá-la todas as noites, porém ela escapa das minhas mãos.
— Dara? — Uma voz masculina me tira do transe rapidamente. — Está tudo bem?
— Está sim, Wade — respondo tirando meus fones de ouvido.
— Preparada para a primeira prova? — o garoto pergunta enquanto caminhamos em direção ao colégio.
— Estou sim e você? — respondo, fazendo a mesma pergunta.
— Também estou. — ele responde olhando para a entrada do colégio. Havíamos chegado ao nosso destino.
Entramos juntos e nos dirigimos até a sala que ocorreria a prova. Desejei uma boa prova para o garoto e sentei no meu lugar, esperando ansiosamente pelo monitor que iria distribuir as folhas.
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Depois de cinco horas seguidas de prova, saímos da sala totalmente exaustos, meu único desejo era chegar em casa e descansar, algo que eu sabia que não aconteceria. Comecei a andar de volta para a minha casa, quando um garoto apressado correu em minha direção e segurou minhas mãos, fazendo com que eu parasse meu trajeto.
— Dara... — Wade estava respirando ofegante — Quer tomar um sorvete comigo?
— Eu quero. — respondi rapidamente, eu realmente precisava de um tempo antes de retornar para o meu lar.
Vagamos pelas ruas da cidade a procura de um lugar interessante para ficarmos. Não demorou muito e chegamos ao “Ice Candy”, uma sorveteria enorme e popular.
— Quer ficar aqui? — Wade indagou olhando para o local. — Ou prefere escolher outro lugar?
— Aqui está ótimo! — respondo rapidamente com um simples sorriso no rosto. Em seguida caminhei para dentro do local e o garoto seguiu-me.
— Vamos sentar aqui? — ele perguntou apontando para uma mesa com duas cadeiras cor de rosa.
— Pode ser! — digo, sentando-me à mesa para qual ela havia apontado.
— Acho que vou tomar sorvete de uva com cobertura de chocolate! — diz ele olhando para o cardápio de sabores em suas mãos — E você?
— Você também gosta de sorvete de uva? — questiono curiosa.
— Sim, é meu favorito!
— O meu também é de uva. — sorrimos juntos — Então vou querer um igual ao seu!
— Perfeito — ele afirma levantando em seguida e caminhando até o balcão para fazer o pedido.
Nunca imaginei que um dia estaria em uma sorveteria com o garoto que me causa estresse desde o primeiro ano do ensino fundamental. É curioso como coisas inesperadas ocorrem. As vezes tudo parece tão superficial, de repente tudo muda rapidamente. Tudo é tão estranho.
Observo o garoto retornando a mesa com dois potes transbordando de sorvete de uva com chocolate, Wade tem um sorriso cativante, exala uma alegria superficial, ocultando todos seus problemas e todos seus medos. Tento ao máximo esconder meus conflitos internos, porém tudo isso me consome e gritos internos tomam conta da minha alma.
— Aqui está seu sorvete, Penélope. — ele afirma enquanto senta a mesa.
— Muito obrigada, Wade. — digo lançando um sorriso delicado.
Paz. É o que estou sentindo agora. Longe de casa sempre sinto uma paz avassaladora, sinto que estou viva. Todos os dias forço minha respiração, meu desejo é morrer, mas prometi consumir oxigênio todos os dias da minha vida. Meu objetivo é orgulhar meu pai e me distanciar da Yelena.
Daqui dois dias o resultado da primeira prova sairá. Estou ansiosa, esperando para ver se consegui passar para a segunda fase. Se eu passar, daqui duas semanas já estarei em Brighton.
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