Frutos do Pecado [COMPLETA]

33| Yabel

Depois que conheci minha irmã, tudo na minha vida parece ter se transformado, não existia mais o medo de socializar, poucas eram as pessoas que me achavam estranho, mas aprendi a ignorar isso, tenho vários amigos e um namorado incrível, tudo na minha vida havia se transformado, e eu me tornei um novo Yabel. Caminhando para mais um dia longo de aulas no Upper Lake, no caminho escutava “I'm Ready” do Jaden Smith, uma das minhas músicas favoritas.

Chegando ao colégio, Miles já estava me esperando próximo ao portão, caminhei até ele e balbuciei:

— Oi, meu gatinho! Tudo bom?

— Bel? Caralho eu nem te vi chegar. — o garoto respondeu rindo.

— Vamos entrar? — indaguei.

— Vamos sim! — o garoto respondeu pegando na minha mão, e seguimos andando juntos até a nossa sala. No caminho encontramos Marcus, Dylan e Gabriel.

— Oi, pessoal, tudo bem? — Miles indagou sorrindo.

— Tudo sim! — todos responderam em coro.

— Vocês estão tão sumidos! — Gabriel exprimiu.

— Pois é, nesse tempinho que a gente sumiu aconteceram muitas coisas. — repliquei dando ênfase na palavra “sumiu”.

— Uma delas a gente já sabe, vocês dois estão namorando! — Marcus exclamou sorrindo.

— Como é que vocês sabem? — Inquiri surpreso.

— Vocês dois estão de mãos dadas, Yabel, é óbvio que isso só significa uma coisa: vocês dois estão namorando! — Marcus disse sorrindo.

— É, mas tem mais coisas do que isso. — Miles respondeu — No intervalo a gente conta tudo, agora nós vamos pra sala que faltam poucos minutos para a primeira aula começar.

Após aquela conversa curta entre nossos amigos, subimos as escadarias do colégio e nos dirigimos até as nossas respectivas salas, a primeira aula era de história, a única matéria que prestava, na minha opinião, o professor deixava a matéria mais interessante ainda, fazendo piadas sobre o assunto. A aula começou e obviamente começamos a prestar atenção a cada frase que o professor pronunciava.

A segunda e a terceira aula já não eram tão interessantes assim. Matemática. E para deixar a matéria mais ruim ainda, era um professor velho, mal humorado e sem graça, mas com certeza eu não podia fazer nada para evitar, a única alternativa era aceitar e fazer milhares de cálculos gigantescos no caderno.