20| Dara

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Ter amigos é a melhor coisa do mundo

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Ter amigos é a melhor coisa do mundo. Não que eu tenha diversos amigos, entretanto, os que eu conheço são os mais valiosos do mundo. Creio que o que mais importa é a qualidade e não a quantidade.

Dentre meus devaneios, acabo por pensar na Kimberly. Eu deveria ligar para ela esta noite, contar sobre como estou me sentindo aqui. Sinto falta de conversar com ela. Sinto falta das nossas risadas incessáveis, de assistir filmes melancólicos com ela e de, principalmente, falar sobre garotos. Coisas normais de adolescentes na puberdade. No entanto, nunca falamos sobre garotas, por mais que fosse um assunto atraente ao meu ver.

Como é ter um irmão? Me pergunto todos os dias após aquela ilustre aparição de um demônio no meu quarto. Essa história é tão sinistra que nem parece real. Se eu contasse para alguém, obviamente achariam que sou uma verdadeira mentirosa.

Esses pensamentos me consomem diariamente, mas não posso desabafar com ninguém, achariam-me louca? Conversar com demônios é muito macabro e estranho, nem eu acredito que isso tenha ocorrido. Está tudo tão confuso e eu não consigo decifrar todos esses pensamentos. Minhas perguntas não passam de questionamentos com respostas vazias e silenciosas.

Ter um irmão é legal? Escuto histórias de irmãos que se odeiam e de irmãos que são mais unidos. Se eu realmente possuir um irmão, espero que sejamos unidos.

— Dara, no que está pensando? — meus devaneios são interrompidos por uma voz familiar.

— Está sim, Daisy, só estava pensando em ligar para a minha amiga! — respondo breve, com a voz cansada.

Estou sentada em frente a minha escrivaninha, olhando para a tela do notebook faz um tempo. Não sei ao certo, mas acho que faz meia hora que estou nessa posição, encarando a tela do aparelho a minha frente.

— Você parece distante, está com saudades dos seus amigos, não é? — questionou, mas com certeza já sabia a resposta.

— Sim, estou com saudades, principalmente da minha melhor amiga e do meu pai, os únicos que são importantes para mim! — repliquei, sentindo um nó na minha garganta.

— Desculpa perguntar, mas você não tem mãe? — indagou receosa.

— Fica tranquila, nunca tive problemas em falar sobre isso! — respirei fundo, pois sabia o que viria pela frente — Eu não sei quem é a minha mãe biológica, muito menos meu pai, fui adotada por um casal, na verdade, pelo o que meu pai me contou, deixaram-me na porta da casa deles. Alexei, meu pai adotivo, é um amor desde sempre, já Yelena, minha mãe adotiva, me odeia e fazia questão de me humilhar todos os dias, por isso sinto falta apenas do meu pai e da minha melhor amiga. — sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Frutos do Pecado [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora