Frutos do Pecado [COMPLETA]

29| Yabel

Após uma longa sexta-feira cheia de confusões, finalmente chegou sábado. Euforia, era a sensação que predominava em mim naquele momento. Sinto-me estranho, de certa forma, a ansiedade de conhecer melhor a minha irmã tomou conta do meu interior. Estou empolgado para vê-la e finalmente discutir sobre nossas origens, creio que ela também está curiosa e principalmente ansiosa para descobrir sobre nossas raízes. Ter uma irmã pode ser algo incrível, e eu espero que a gente se dê muito bem.

Levantei-me rapidamente, me preparei e desci as pressas até a cozinha de casa, dei Bom dia para meus pais que já estavam acordados e preparei meu café da manhã. Um misto quente com muito queijo, e um chá gelado.

Comi o mais rápido que podia, milhares de perguntas para fazer à Dara oscilavam em minha mente, mal consegui dormir direito. Após ter finalizado meu desjejum, organizei o que estava desorganizado em casa e sai pedalando pelas ruas de Brighton até o Raccon Park, onde seria o nosso encontro.

Chegando ao parque o local já estava bem movimentado, pessoas entravam e saiam do lugar, mas Miles, muito menos Dara, Wade e Daisy estavam lá. Após alguns minutos, Miles finalmente chegou ao local, nos cumprimentamos e ficamos esperando o resto do pessoal chegar.

— E então, Bel, dormiu bem? — Miles indagou, na tentativa de puxar assunto.

— Mais ou menos, e você? — respondi, fazendo a mesma pergunta.

— Bem. — o garoto replicou.

A timidez não só tomava conta de mim, mas de Miles também, estávamos no início de um relacionamento, óbvio que a timidez e a falta de assunto sempre iam predominar nos nossos encontros, mas tenho certeza de que isso em breve vai mudar.

Dara e o resto do pessoal finalmente chegaram ao local, e sem mais enrolação, entramos no parque e começamos a caminhar lentamente pelo lugar. A natureza é algo que me impressiona, observar os pássaros voando, os esquilos escalando as árvores, e os cisnes nadando no lago do parque, tudo isso me deixava alegre e com uma tranquilidade imensa no peito.

Começamos a conhecer um pouco mais um dos outros, perguntas meio bobas, mas que faziam a gente conhecer o gosto e a personalidade de cada um.

— Dara, posso conversar a sós com você? — questionei.

— Claro, pode ser perto das árvores? — Dara indagou apontando o local desejado.

— Sim, ótimo! — exclamei com um sorriso curto no rosto.

— Pessoal, a gente não demora. — Dara balbuciou para todos e em seguida começou a me acompanhar, até o lugar.

— Nem sei por onde começar! — exclamei sorrindo.

— Começa pelo início…— Dara exprimiu irônica.

— Tá, a nossa origem é a coisa mais doida que eu vou te contar, mas isso é a única coisa que explica os nossos poderes. — respondi.