25| Yabel

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Finalmente as aulas chegaram ao fim, vários alunos saiam eufóricos do Upper Lake, enquanto alguns ficavam tumultuando a calçada do colégio

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Finalmente as aulas chegaram ao fim, vários alunos saiam eufóricos do Upper Lake, enquanto alguns ficavam tumultuando a calçada do colégio. Eu estava quase atravessando a rua quando escutei a voz do Miles.

— Yabel, espera! — o garoto exclamou correndo tentando me alcançar.

— Aconteceu algo? — questionei-o.

— Não, eu só queria te dizer uma coisa! — Miles replicou-me enquanto apoiava suas mãos nos joelhos tomando fôlego. — Eu acabei contando pro resto do grupo que estamos tentando um relacionamento. — O garoto balbuciou com um sorriso no rosto.

— Sério? E o que eles falaram? — perguntei.

— Ah, eles acham isso legal, e falaram que a gente combina bastante! — Miles indagou.

— Que bom, Miles, pelo menos não disseram nada negativo. — respondi com um sorriso suave.

— Pois é, eles não são disso, apoiaram bastante a nossa relação. — Miles exprimiu sorrindo.

— Eu preciso ir, tchau Miles! — exclamei voltando a caminhar novamente.

— Tchau, Belzinho! —o garoto respondeu com as bochechas avermelhadas. Belzinho? Gostei do apelido, pensei soltando um leve sorriso. Miles é um garoto incrível, e lindo pra caralho. Pensava enquanto sorria.

Coloquei meus fones nos ouvidos e coloquei na playlist do meu celular.

Como estava no modo aleatório, começou a tocar “Numb” do Xxxtentacion, uma música extremamente triste, mas que me deixava calmo graças a melodia dela.

Caminhava satisfeito, eu estava gostando de ter uma relação mais íntima com Miles, obviamente nós não tínhamos nos beijado, ainda me sentia um pouco inseguro com isso. Mas esse momento chegará em breve, e espero que ele não se decepcione, pois eu nunca beijei ninguém na minha vida.

Mas uma sensação estranha fez com que todos aqueles pensamentos saíssem da minha mente. Comecei a sentir que estava sendo seguido, olhei para trás, porém não havia ninguém atrás de mim, comecei a achar estranho aquilo tudo. Decidi andar mais rápido, e meus batimentos cardíacos ficaram acelerados, minhas mãos começaram a suar e minha respiração ficou mais tensa..Na ponte gigantesca foi que a sensação começou a ficar pior, não havia movimento algum na rua o que me deixou mais tenso ainda.

Olhei para trás diversas vezes, procurando algo ou alguém, mas não havia ninguém. A ponte estava completamente vazia e silenciosa

Até que senti um toque em meu ombro, fazendo meu corpo inteiro estremecer, e quando virei para trás fui surpreendido com um soco em direção ao meu rosto, atingindo meu nariz.

— Surpresa, filho da puta! — Henry exclamou rindo.

— Henry? Seu merda! — balbuciei enfurecido limpando o sangue que escorria no meu nariz.

— Achou mesmo que você ia ficar impune, Yabel, você mexeu com a pessoa errada.

— Quer voltar com o outro braço quebrado pra casa? — questionei o garoto ironicamente.

— Quem vai voltar todo quebrado pra casa hoje é você, seu babaca! — Henry me respondeu.

Em seguida, dois garotos que estavam com ele me agarram pelos braços e Henry partiu para cima de mim, atingindo minha barriga com vários socos, um seguido do outro.

— Eu vou acabar com a sua existência, seu idiota! — Henry proferia em meio aos golpes incessáveis. — Será que seu namoradinho ainda vai te querer depois de ver seu rostinho todo deformado? — Henry exprimiu rindo.

— Você é um covarde, Henry, precisou da ajuda de duas das suas “cadelinhas”, porque não consegue dar conta sozinho! — Exclamei rindo da atitude idiota do garoto.

As agressões cessaram, mas por pouco tempo, Henry deslocou-se até o acostamento da ponte, e pegou uma barra de ferro curta.

— Henry, tá maluco, cara, você vai matar ele! — Um dos garotos que estavam me segurando gritou.

— Soltem ele! — Henry pronunciou, e quando os dois garotos soltaram meus braços. Henry me atingiu com o objeto, me deixando tonto.

— Caralho, já está bom, Henry, ele já aprendeu a lição. Tem algumas pessoas vindo lá na frente, pare com isso. — O mesmo garoto que antes me segurava e gritava tentando impedir Henry.

— Eu só vou parar quando eu quiser! — Henry gritou e me golpeou novamente com a barra de ferro.

Minha visão estava ofuscada, uma dor insuportável tomava conta do meu corpo e Henry se divertia com toda aquela situação.

— Que saber, isso ainda é pouco para você, Yabel. Vamos jogá-lo no rio. — Henry gritou em meio a gargalhadas.

— Caralho, Henry, tá maluco? Melhor a gente parar, tá vindo um pessoal pra cá. — Samuel  preocupou-se com toda a situação.

— Você é um covarde, Samuel, me arrependo de ter te chamado pra me ajudar. Vem, Gael, me ajuda a levar esse merdinha para o acostamento da ponte! — Henry indagou me agarrando pela camiseta.

A dor era tão intensa que eu estava quase inconsciente, não entendia quase nada que aqueles babacas conversavam.

— Tá doendo, Yabel? Pode deixar que eu vou acabar com essa dor bem rapidinho! — Henry balbuciou sorrindo maleficamente. O garoto arrastou-me para o acostamento da ponte, empurrando meu corpo contra o acostamento, quase deixando-me cair.

— Chegou seu fim, Yabel, foi divertido pra caralho te encher de pancada! — Henry pronunciou, cuspindo em minha cara me empurrando com toda a força possível em direção ao rio.

— Henry, seu desgraçado! — Foi a última coisa que eu ouvi, era Samuel gritando.

Porém, algo muito estranho aconteceu naquele momento. Tão estranho, que meu corpo não chegou a afundar nas profundezas daquele rio. Antes que ele tocasse a água, algo aconteceu, algo completamente inesperado.

 Antes que ele tocasse a água, algo aconteceu, algo completamente inesperado

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Frutos do Pecado [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora