52| Dara

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— Acho que deveríamos sair também! — Dylan quebrou o silêncio existente no quarto

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— Acho que deveríamos sair também! — Dylan quebrou o silêncio existente no quarto. — Vai demorar muito até chegarmos na França, e ficar nesse quarto não é nem um pouco empolgante. — Afirmou levantando-se da poltrona cinzenta.

— Para onde você vai, Dylan? — Isabela inquiriu, encarando-o com curiosidade.

— Não sei. Quero conhecer o navio. — o loiro redarguiu brevemente.

— Eu irei com você. — Isabela afirmou, levantando-se em seguida.

— Eu vou também. — Gabriel exprimiu. Ajustou as lapelas da sua jaqueta preta, e ergueu-se, caminhando até a porta do quarto junto aos outros.

Novamente, o silêncio estrondoso tomou conta do ambiente. O quarto parecia vazio. Só haviam partículas de oxigênio pairando no ar. Nossas mentes talvez estivessem desocupadas também, no entanto, forçamos pensamentos ilustrativos. Pensamentos positivos. Não queríamos imaginar coisas ruins, não naquele momento tão silencioso.

Aquele silêncio havia sido o mais turbulento de toda a minha vida.

— Daisy, vamos encontrar algo para comer? — Wade sussurou, não tão baixo, para sua parceira.

— Mas você já está com fome? — Daisy questinou, rindo ruidosamente.

— Não estou! — Wade replicou breve.

— Então por que quer encontrar algo para comer? — A garota interpelou duvidosa.

— Depois eu que sou lerdo, né? — Wade gargalhou suavemente, e levantou da cama. — Vamos? — Não houve resposta. Eles apenas saíram do quarto inocentemente. E novamente a porta fechou-se, prendendo o silêncio rumoroso no dormitório.

Eu queria gritar. Dizer que estava desesperada com essa viagem. Confessar que estava com pavor de toda essa situação anárquica. Meu desejo era ter poderes de teletransporte, para desaparecer desse local, e retornar para os braços do meu pai adotivo. Os abraços dele sempre foram minha salvação.

Todavia, a ideia de salvar Seraphina havia sido minha, e eu não podia abandonar o plano.

Eu sempre fui corajosa, porém agora a coragem parece ter desaparecido. E eu prezo por encontrá-la novamente.

— Dara, você está tão quieta... — Marcus exprimiu em voz alta. Aquela voz inibiu meus pensamentos por um momento. Minha respiração parou, e eu não sabia o que responder. E o silêncio, novamente, foi minha maior força motriz. — Dara, está tudo bem? — O garoto chamou minha atenção novamente, entretanto sua voz parecia mais próxima. Olhei para o lado, e o menino estava parado, me encarando apreensivo.

— Você pode deitar ao meu lado? — perguntei, ignorando todas os questionamentos feitos pelo garoto. — Por favor. — completei curvando meus lábios em um sorriso genuíno.

— Claro que posso. — Seus lábios tremeram. Parecia nervoso com meu pedido inesperado. Mas, ainda assim, com cuidado, ele subiu as escadas da beliche, e acomodou-se ao meu lado.

Frutos do Pecado [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora