59| Yabel

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Poucos foram os momentos em que senti medo, porém, nenhum desses momentos comparava-se com a situação atual

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Poucos foram os momentos em que senti medo, porém, nenhum desses momentos comparava-se com a situação atual. Uma sensação horrível predominava em meu corpo, causando um nó em meu estômago, impedindo que qualquer coisa entrasse pela minha boca.

— Tem certeza que não vai comer nada, amor? — Miles perguntou preocupado.

— Não, eu tô bem, relaxa. —Respondi lançando um sorriso tímido.

— A gente não pode parar não? Estamos andando faz horas e até agora nada desse endereço! — Wade exclamou impaciente.

— Não Wade, a gente não pode! Precisamos ser rápidos. — Dara inquiriu.

— Relaxa pessoal, a velhinha com quem conversamos agora pouco disse que não estávamos tão longe. — Afirmei, certo de que chegaríamos logo.

Continuamos caminhando por alguns quilômetros até encontrar o endereço desejado. A cada passo que eu dava uma estranha sensação predominava em meu peito, quase expulsando meu coração pela boca. E depois de muitos passos finalmente chegamos ao destino. Nos deparamos com uma casa branca um pouco grande, feita de madeira e bem construída. Aquela estrutura era graciosa.

— Acho que é aqui, tanto o endereço quanto o número batem corretamente. — Exprimi.

— Yabel, tem certeza que é uma boa ideia confiar nos seus demônios? Você sabe, esses seres gostam de mentir, manipular as pessoas, essas coisas. — Dylan exprimiu preocupado enquanto encarava a suposta casa de Seraphina.

— Os meus demônios não, eles já me ajudaram muito. Eu conheço eles desde criança, eu confio muito neles! — Exclamei me preparando para tocar a campainha da residência.

Apertei o botão por alguns segundos e a tensão aumentou, um nó surgiu na minha garganta e uma vontade imensa de chorar começou a predominar, engoli seco e pisquei com demasiada força pra me livrar da pequena quantidade de lágrimas que estavam acumuladas em meus olhos.

Depois de alguns curtos minutos a porta abriu, e uma senhora bem vestida, com um casaco bege e saia branca, surgiu. Ela possuía cabelos longos e loiros, muito bem cuidados, e um olhar aconchegante.

Naquele momento, outra sensação surgiu dentro de mim, uma sensação boa, era de familiaridade. Como se eu já conhecesse aquela senhora há muito tempo. Dara e eu nos encaramos, um sorriso surgiu em nossas faces, havia certeza absoluta de que estávamos compartilhando as mesmas sensações e os mesmos pensamentos, e sem pensar duas vezes corremos ao encontro daquela mulher que tanto almejamos encontrar e salvar.

— Meus filhos, é tão bom ver vocês finalmente! — Seraphina exclamou com a voz um pouco abafada causada pelo abraço. A voz dela era reconfortante, tão doce quanto o mais puro mel da terra.

— Como você sabe que somos seus filhos? — Dara indagou enquanto limpava as lágrimas que escorriam de seus olhos.

— Há meses eu venho sonhando com vocês, toda noite eu tenho o mesmo sonho, mas hoje o sonho que eu venho tendo há tanto tempo se alterou, e nele aconteceu a mesma coisa que aconteceu agora. Vocês finalmente estão nos meus braços depois de anos! — Seraphina exclamou não conseguindo conter o choro, enquanto olhava com muita atenção nossas faces.

Frutos do Pecado [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora