19| Yabel

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Estava caminhando rumo ao colégio para mais um dia cansativo de estudos, pelo menos meus amigos estariam lá, e isso tornaria o dia suportável

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Estava caminhando rumo ao colégio para mais um dia cansativo de estudos, pelo menos meus amigos estariam lá, e isso tornaria o dia suportável . No caminho ouvia “Sick Boy” do The Chainsmokers, quando o refrão da música foi interrompido pelo toque do meu celular Era uma mensagem da Isabella, ela apenas me mandou um simples '“Oi'”, respondi com um outro '“Oi” e logo em seguida ela me mandou um áudio, com uma voz melancólica dizendo:

— A gente nunca mais conversou depois que você saiu aqui do colégio, está tudo bem, Bel? — a garota questionou.

— Tá sim, Isabella, me desculpa por não ter conversado contigo. — respondi a menina com outro áudio.

— O colégio tá tão sem graça sem você aqui… — ela exprimiu dando um longo silêncio após o término da frase.

— Ah, pare com isso. Você têm vários amigos Isa. — respondi enquanto ria.

— Mas nenhum deles é legal como você. — a garota falou em mais um áudio, dessa vez de forma séria.

Fiquei tímido, confesso. Não sabia o que falar a garota. Resolvi fazer a pergunta mais idiota possível à ela, perguntando o porquê dela me achar legal.

— Ah, você gosta das mesmas coisas que eu, você sempre me ajuda com meus problemas, sei lá, você é um ótimo amigo. — Isabella respondeu.

— São coisas que qualquer pessoa faria. — Repliquei.

— Mas não da mesma forma que você faz. — ela me respondeu soltando um leve riso ao final do áudio.

— E como tá sendo no Upper Lake, Yabel, tá gostando de estudar ai? — Isabella perguntou-me.

— Eu tô adorando, este colégio é tudo, já tenho até amigos! — respondi entusiasmado.

— Que bom, Bel, bom vou ter que sair com minha mãe, depois a gente conversa mais — Isabella exprimiu.

_ Tudo bem, estou quase chegando ao colégio também. — respondi enquanto atravessava a rua para chegar ao local.

— Oi, Yabel. — Miles me cumprimentou com um leve tapa nas costas.

— E aí, cadê o resto do pessoal? — perguntei ao garoto. Observei-o arrumar seus cabelos ondulados atrás da orelha.

— Acho que já estão na sala, vamos entrar? O sinal já vai tocar.

Após a curta conversa adentramos o colégio e nos dirigimos até a nossa sala. Fui para a minha carteira e organizei todo o material na mesa, e logo após fiquei aguardando o professor chegar. Não demorou muito e o professor chegou, era educação física, o professor fez um breve discurso, e logo depois a chamada nos dirigimos até o ginásio onde jogaríamos basquete, um esporte que, sinceramente, não vejo graça nenhuma.

— Preparado pra ser humilhado no basquete? - Miles questionou.

— Tô, nem sei jogar essa coisa, então eu tô tranquilo. — respondi ao Miles.

— É só pegar a bola, e tentar acertar a cesta. — ele explicou.

— É, eu sei, vamos ver se na prática é fácil. – respondi gargalhando.

Após chegarmos ao ginásio, todos os alunos fizeram alongamento, e após termos feito os alongamentos as meninas jogaram primeiro, confesso que me surpreendi ao vê-las jogando, aquilo quebrou totalmente minha expectativa, que seria rir vendo elas caírem, mas isso foi algo que não aconteceu em nenhum momento no jogo.

— Elas jogam bem pra caralho! — falei me aproximando do Miles que assistia ao jogo na arquibancada.

— É mais a gente joga mais do que elas! — Miles respondeu prestando atenção total no jogo das meninas.

— Vocês, eu não. — respondi ao garoto — Professor posso ir ao banheiro? — perguntei me dirigindo ao homem que também estava na arquibancada acompanhando o jogo.

— Pode sim, mas não demore, falta pouco para chegar a vez de vocês.

— Tá bom, eu não vou demorar. — respondi a ele com um curto sorriso no rosto.

Nunca fui de praticar esportes, sempre odiei esse tipo de coisa, e certamente eu seria humilhado por todos por não saber jogar nada.

Chegando ao banheiro, fui até a última porta, entrei e tranquei ela e comecei a fazer minhas necessidades, até que uma voz rouca e grossa interrompeu o ato.

— Tá batendo uma, não é, seu safado!? — a voz ecoou, era um dos malditos demônios com quem eu converso.

— Mas que coisa! Vocês não largam meu pé, que saco! — gritei irritado.

— Vai, grita mais alto para o colégio inteiro ouvir! — O demônio disse ironicamente.

— O que você quer? — questionei-o enquanto me dirigia até a pia para lavar as mãos.

— Vim falar sobre a sua irmãzinha. — o demônio respondeu

— O que tem ela? — perguntei novamente à criatura grotesca.

— Acho que ela tá apaixonadinha pelo Henry, eles até foram na roda gigante no Píer. – ele indagou.

— O  quê?! Você está mentindo, o Henry não! — balbuciei irritado.

— É verdade, eles pareciam um casalzinho lá em cima, tão fofos, que dá nojo! — O demônio pronunciou.

— Eu odeio esse babaca, que ódio! – pronunciei com um tom alto.

— Tá com ciúmes, é? Coitada da sua irmã, se ela dependesse da sua permissão para namorar, ficaria solteira até a morte. — o demônio ironizou.

— Não tô com ciúmes, eu apenas não quero que ela se machuque, esse idiota não presta, ele é especialista em quebrar corações. — respondi irritado.

— Tá falando sozinho, Yabel? — Miles apareceu interrompendo a conversa entre eu e o demônio.

— Não... É mania minha ficar falando sozinho, desculpa. — respondi o garoto secando minhas mãos.

— Entendi, relaxa, o professor mandou te chamar, é a nossa vez de jogar! — Miles exclamou enquanto se aproximava da porta do banheiro.

— Tá, já estou indo! — repliquei com um sorriso curto no rosto.

Espero que Dara não tenha nenhum interesse no idiota do Henry, ela só vai se machucar com ele. A cada momento que passava a sensação de que eu e ela nos encontraríamos estava mais próxima, mas como?

 A cada momento que passava a sensação de que eu e ela nos encontraríamos estava mais próxima, mas como?

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Frutos do Pecado [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora