Frutos do Pecado [COMPLETA]

7| Yabel

Após o meu fim de semana tedioso, chegou segunda-feira, e eu já estava pronto para mais um dia de aborrecimento no colégio.

Comecei a ficar mais tranquilo depois das explicações do pesadelo que me atormentava todas as vezes, não sentia mais tanto medo quanto antes, a única coisa que aquele pesadelo causava em mim, no momento, era dúvida. Estava intrigado com o fato de ter outra família, e eu torcia para que eles fossem bem melhor do que essa. Até que em determinado momento comecei a refletir sobre certos assuntos.

Ter uma irmã deve ser bem legal. Será que ela também tem poderes? Deve ter, já que somos filhos de um anjo e um demônio.

— Filho, você já levantou? — A voz da minha mãe ecoou em um timbre alto pela casa inteira apagando aqueles pensamentos de minha mente rapidamente.

— Já sim, mãe! — Respondi na mesma intensidade a ela.

Depois desse curto diálogo, terminei de fazer as tarefas que eu tinha que fazer em meu quarto e fui até a cozinha tomar meu café da manhã.

— Ué, Edward já saiu? — perguntei para Amélia.

— Sim, querido, ele tinha que resolver alguns assuntos antes de ir para o serviço. — minha mãe respondeu carinhosamente enquanto preparava o meu pão com geleia de morango.

— Entendi, vou comer na sala mãe — respondi enquanto pegava meu café e pão, me deslocando até a sala em seguida.

Chegando na sala estava passando o telejornal da manhã com uma notícia horrível, era sobre um assassino em série que estava fazendo diversos assassinatos em várias partes do mundo.

— Nessa última semana nossa equipe recebeu a notícia de um assassino em série que está causando assassinatos em massa em diversas partes do mundo. Ainda não obtivemos muitas informações a respeito sobre o assassino, apenas o que sabemos é que ele segue um padrão de vítimas, sendo mulheres de trinta anos para cima, optando pelas loiras. A Interpol já está cuidando do caso. — a voz do jornalista soava pela sala.

— Caramba, que cara psicopata! — falei em voz alta.

— Pois é, o mundo tá cada vez mais inseguro, espero que prendam esse louco! — Amélia respondeu dirigindo-se até mim.

— A prisão seria pouco para ele, seria bom mesmo que esse homem morresse logo! — respondi de forma fria olhando para a Amélia, deixando-a assustada com o que eu tinha dito. — Bom, preciso ir para o colégio, tchau mãe! — falei levantando do sofá e pegando minha mochila que estava encostada na parede.

— Tchau, filho, se cuida. — ela respondeu de forma dócil com um leve sorriso desenhado em seu rosto.

No caminho para o colégio eu não parava de pensar sobre a minha segunda família, e sobre como cada um deles eram, gostava de criar personalidades para cada um deles.