Capítulo 7

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Freya permaneceu paralisada no beco, sentindo suas costas pressionarem contra a parede escura enquanto tentava acalmar sua respiração ofegante e organizar seus pensamentos confusos

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Freya permaneceu paralisada no beco, sentindo suas costas pressionarem contra a parede escura enquanto tentava acalmar sua respiração ofegante e organizar seus pensamentos confusos. O cheiro do magicae se dissipando lentamente pelo ar deixava um rastro inquietante. O álcool que tinha ingerido naquela noite revirava seu estômago, misturando-se à sensação desconcertante do encontro com o desconhecido.

Ela fechou os olhos por um momento, batendo levemente nas próprias bochechas coradas numa tentativa de recuperar a clareza mental. Quando finalmente reconheceu o perigo representado pela presença de mais um monstro nas terras humanas, ela cerrou os dentes e buscou sua adaga no chão do beco, decidida a perseguir o magicae. Avançou silenciosamente na direção em que o estranho havia desaparecido, movendo-se com cautela pelas pedras irregulares do chão.

A jovem caçadora precisava alertar a Irmandade sobre a presença do magicae e montar grupos de caça, mas, de repente, decidiu que iria caçar o príncipe da morte sozinha. Não queria uma plateia ao confrontar o magicae, não queria testemunhas quando perfurasse o peito da criatura com sua lâmina afiada, a lendária adaga de Hakon.

Um odor familiar alcançou seus sentidos, misturado com grunhidos animalescos e vozes alteradas. Freya diminuiu a velocidade de seus passos, esgueirando-se entre as paredes úmidas do beco, desaparecendo nas sombras. Girou a lâmina entre os dedos, avançando silenciosamente, cada passo mais próximo de encontrar sua presa.

-Finalmente diante do lendário caçador Gareth Krade. Quem diria-uma voz sarcástica rompeu o silêncio.

Freya conteve um arrepio ao reconhecer o nome do pai, percebendo que ele havia chegado antes dela e possivelmente atrapalhado seus planos. Seus músculos se contraíram, mas a sensação desconhecida que a impulsionava a seguir em frente cresceu ainda mais forte.

Ela alcançou a principal praça de Nyadra, onde estranhos ocupavam o espaço que normalmente era da população humana. A caçadora deslizou até o poço, encostando-se na parede rochosa enquanto puxava os joelhos até o peito, acalmando sua respiração acelerada. O cheiro de podridão no ar era sufocante, mas ela resistiu à vontade de vomitar. Não reconhecia nenhuma daquelas vozes.

A jovem caçadora deslizou até o limite do poço, espiando com cautela. A cena diante dela a fez engolir em seco, uma sensação de alarme percorrendo sua espinha. A praça, normalmente movimentada, estava deserta naquela noite, enquanto criaturas estranhas se moviam por ela. As vestes negras e os símbolos desconhecidos eram uma constante, mas foram os olhos negros como a noite que prenderam sua atenção.

Ela estava diante de demônios, nascidos do outro lado da barreira. A realidade da situação acionou uma dose de adrenalina em seu sangue, e a caçadora permaneceu silenciosa enquanto observava a cena. Havia um grupo de criaturas mágicas, incluindo um homem preso por uma corrente de prata ao redor do pescoço, provavelmente um licantropo. Porém, foi a visão do príncipe da morte que a fez prender a respiração. Em meio ao caos da praça, os olhos violetas do magicae encontraram os dela, provocando uma reação inesperada em Freya.

Chamas e Sombras (Livro 1-Nascidos Do Caos)Onde histórias criam vida. Descubra agora