Capítulo 28

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Kurt percorria o corredor da Fortaleza, assoviando suavemente enquanto avançava

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Kurt percorria o corredor da Fortaleza, assoviando suavemente enquanto avançava. Um sorriso cínico brincava em seus lábios, antecipando a recepção calorosa que imaginava ao chegar ao seu destino. Contudo, sua confiança era sustentada pelo pote de vidro que segurava, acreditando que este aliviaria a tensão no ambiente.

O licantropo mancava levemente, um resquício do ferimento em seu tornozelo, quebrado durante a intensa luta contra os demônios. No entanto, suas habilidades regenerativas já estavam em pleno funcionamento, reparando os danos causados.

Diante da porta de carvalho escuro, Kurt parou e bateu na madeira algumas vezes, ansiando pela resposta que buscava.

-Me deixe em paz, cão.

Um sorriso aberto surgiu em seu rosto ao ouvir o rosnado raivoso da Guardiã ecoar do outro lado da porta. Ignorando o aviso, ele bateu novamente, desta vez com uma confiança provocativa.

-O que diabos você quer?-ela soltou um grunhido raivoso mais uma vez.

Kurt ignorou o aviso e girou a maçaneta da porta, encontrando-a trancada. Sem hesitar, deu um único empurrão com o ombro, abrindo a entrada. No instante em que a porta cedeu, um odor peculiar invadiu suas narinas, arrancando um grunhido baixo de Kurt. Seus olhos se fixaram nos animais mortos junto à entrada, e Devika, se agachava sobre um deles, os caninos enterrados em sua jugular.

Sem proferir palavra, o licantropo fechou a porta silenciosamente, recostando-se na parede. Ele observava enquanto a noturna concluía sua refeição, soltando o corpo do animal no chão. O cheiro de sangue impregnava o ar, e Devika erguia a cabeça, encarando-o. Com a boca e o queixo manchados de sangue, seus caninos prolongados mordiam os lábios avermelhados, e as pupilas vermelhas estavam dilatadas. Os cabelos curtos, escuros como carvão, grudavam-se em sua face pálida.

-Vire-se e vá embora antes que eu perca o controle e acabe com você-advertiu Devika, sua voz possuindo uma mistura de raiva e fome.

Kurt estalou a língua, mas permaneceu inabalado no lugar.

-Já está satisfeita?

A noturna negou com a cabeça, passando a língua por seus lábios ensanguentados antes de se levantar do chão.

-Nem um pouco.

-Acho que isso ajudará.

Kurt ergueu o pote de vidro e o balançou, capturando a atenção de Devika. Quando abriu o recipiente, o aroma do líquido vermelho atraiu imediatamente a noturna. Um grunhido escapou dos lábios de Devika, suas narinas se inflaram com o cheiro do sangue quando Kurt ofereceu o pote.

-Por que trouxe isso?-questionou ela.

-Pensei que pudesse estar com fome-disse ele, dando de ombros. -Estou errado?

-É sangue...

-Magicae-completou Kurt. -Sangue licantropo. Espero que não se importe. -Ele sorriu de forma cínica.

Chamas e Sombras (Livro 1-Nascidos Do Caos)Onde histórias criam vida. Descubra agora