Capítulo 6

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Freya se tornou uma brasa viva entre as chamas da grande fogueira

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Freya se tornou uma brasa viva entre as chamas da grande fogueira.

Ela estava imersa na atmosfera vibrante do festival da colheita, onde as chamas da grande fogueira pareciam dançar em torno dela, criando uma aura de calor e energia. Seu corpo esbelto e ágil se movia com graça e vigor, destacando-se entre a multidão que pulsava ao som da música e das batidas dos tambores. A máscara de lobo negro conferia-lhe um ar misterioso, enquanto seus cabelos ruivos pareciam refletir o brilho das chamas.

Enquanto dançava, a caçadora podia sentir o calor intenso das chamas lambendo sua pele, mas isso não a detinha. Segurando as saias do vestido azul escuro com detalhes em dourado, ela girava e saltava, perdendo-se na melodia contagiante do ambiente. Cada movimento era uma expressão de liberdade, uma pausa fugaz das responsabilidades que pesavam sobre seus ombros como filha do líder da Irmandade.

Enquanto Lia se aproximava, seus olhos encontravam os da Freya, revelando uma mistura de admiração e celebração. O rosto corado de Lia, marcado pelo vinho e pela alegria do momento, contrastava com a máscara de urso que adornava sua expressão. Seus passos descalços ecoavam sobre o chão de pedras, enquanto ela se juntava à amiga na dança frenética ao redor da fogueira.

À luz das chamas, os contornos dos corpos suados e exuberantes dos dançarinos se destacavam, criando uma visão quase mágica de celebração e comunhão. Enquanto a lua cheia pairava no céu estrelado, iluminando a cena com sua luz prateada, Freya e Lia continuavam a girar e a saltar, entregando-se completamente à festividade da noite.

O aroma de comida e vinho pairava no ar, misturando-se com o crepitar das chamas e o som das risadas e músicas. Era uma celebração da vida, da abundância e da amizade, onde as preocupações do dia a dia desapareciam diante da energia contagiante do festival. Para Freya, aquele momento era uma pausa bem-vinda em meio às batalhas e obrigações que definiam sua vida como caçadora e protetora de seu povo. Ali, ao redor da fogueira, ela podia simplesmente ser uma jovem livre, sem as amarras do dever e das expectativas.

Enquanto a noite avançava e a festa continuava, as duas amigas permaneceram unidas, dançando sob as estrelas e as chamas crepitantes. Freya, imersa na multidão enlouquecida, encontrou Lia, cujo peito arfava com a intensidade da dança e do calor que pairava sobre a festa.

-Como se sente?-Lia perguntou em voz alta, lutando para ser ouvida acima da música ensurdecedora.

Freya, ofegante, deixou escapar um sorriso radiante entre respirações aceleradas.

-Livre.

-Aproveite sua liberdade esta noite, Krade, pode ser a última em muito tempo.

O rosto suado da caçadora refletia a tensão do momento, enquanto ela sentia a garganta implorar por um gole de líquido refrescante.

-Vou pegar uma bebida, quer alguma coisa?-Freya ofereceu, pronta para se afastar da multidão pulsante.

-Não, obrigada-Lia recusou, voltando sua atenção para a dança envolvente ao redor da fogueira.

Chamas e Sombras (Livro 1-Nascidos Do Caos)Onde histórias criam vida. Descubra agora