Capítulo 53

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O quarto de Freya era um refúgio silencioso, banhado pela luz suave do sol que se espalhava pelas paredes e pelo chão

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O quarto de Freya era um refúgio silencioso, banhado pela luz suave do sol que se espalhava pelas paredes e pelo chão. A brisa fresca trazia o aroma da floresta próxima, enquanto ela penteava os cabelos ruivos à beira da janela, o olhar fixo no horizonte distante. Seu rosto, aquecido pelos raios solares, refletia uma calma profunda. Ao seu lado, um caderno de desenhos aberto exibia um retrato de Kael, o feiticeiro de olhos violetas, provocando um sorriso discreto em seus lábios.

O som de batidas suaves na porta interrompeu seus pensamentos. Freya deixou a escova de lado e ajeitou a camisola antes de responder:

-Pode entrar.

A porta se abriu, revelando Calix, com sua túnica escura e a capa vermelha ondulando levemente. Ela, surpresa, rapidamente fechou o caderno.

-Olá, jovem Freya-cumprimentou ele com sua voz calma.

-Calix... -Disse ela, endireitando-se.

Ele gesticulou para o assento ao lado, e a magicae acenou em concordância.

-Posso?-perguntou ele.

-Fique à vontade-respondeu de volta, enquanto esperava descobrir o motivo de sua visita.

O silêncio do quarto foi quebrado pela presença do mago.

-Como você está?-Perguntou Calix, tentando iniciar a conversa.

Freya arqueou uma sobrancelha, surpresa com a pergunta direta, mas não se deixou abalar.

-Posso te ajudar em algo?

Calix se acomodou, os olhos avaliando-a cuidadosamente.

-Você lutou bravamente ontem no ataque da Legião à cidade.

A filha do fogo cruzou os braços, enrijecendo. Ela não esperava elogios, e o peso da batalha ainda a pressionava.

-Achei que estivesse aqui para me repreender pela perda da Lâmina das Ruínas-confessou, sua voz carregada com um toque de frustração. -Desobedeci uma ordem sua, mago.

Calix soltou um leve sorriso, como se já esperasse essa resposta.

-Você defendeu o meu lar, Freya. Como poderia me zangar por isso?

Freya relaxou um pouco, mas o fogo em seu coração continuava aceso. Ela não era uma guerreira comum. Era filha de Mavka, de Gareth, herdeira do caos. Não se deixaria intimidar.

-Eu não sou fraca-disse, com a voz firme. -Não preciso ser salva a todo momento.

-Eu não disse que você é fraca-respondeu Calix. -Mas há força em reconhecer quando precisamos de apoio.

Os olhos dela faiscaram.

-Apoio, sim. Mas não subestime minha força. Ontem, lutei pelo que acredito, não por ordens. E não vou parar até derrubar Kahlo e todos que ousarem se opor.

Chamas e Sombras (Livro 1-Nascidos Do Caos)Onde histórias criam vida. Descubra agora