Capítulo 37

74 1 2
                                    

Freya quase arrombou as portas de carvalho ao entrar na sala, sua entrada abrupta fazendo com que Drystan praticamente saltasse da poltrona, a mão instintivamente indo ao peito em um susto palpável

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Freya quase arrombou as portas de carvalho ao entrar na sala, sua entrada abrupta fazendo com que Drystan praticamente saltasse da poltrona, a mão instintivamente indo ao peito em um susto palpável.

-Pelo Caos!-ele arfou, afundando-se novamente na poltrona projetada para acomodar suas asas, ainda sentindo o coração disparado.

Freya estava fervendo por dentro, a raiva refletida em seu rosto corado e nos olhos brilhantes de frustração. A revelação de Devika ainda reverberava em sua mente, inflando sua irritação. Kael a alcançou rapidamente, enquanto a noturna vinha logo atrás, resmungando contra Kurt.

Esme mal piscou ao ver Kael de pé, completamente recuperado, como se todos os ferimentos que o atormentaram tivessem sido apagados como uma má lembrança. Calix, por sua vez, lutava para esconder o espanto ao ver o feiticeiro em plena saúde. O veneno de Tenebris não tinha cura conhecida, e vê-lo ali, vivo, era um milagre que ele não conseguia entender.

-Você estava condenado à morte... Como conseguiu sobreviver ao veneno?-perguntou Calix, os dedos esfregando o medalhão dourado em seu pescoço, como se buscasse uma resposta nos segredos que ele guardava.

Kael desviou o olhar para Freya, uma intensidade no olhar que fez suas pupilas dilatarem ao fitar a magicae de cabelos vibrantes como chamas vivas.

-Freya me curou.

Freya piscou, inquieta com os olhares surpresos que agora estavam fixos nela. A confusão e a curiosidade dos Guardiões eram perceptíveis, e ela podia sentir a desconfiança crescendo nos olhos de Esme e Calix, cada um refletindo a incerteza sobre o poder que ela, até então, mal compreendia.

-Você não cansa de nos surpreender-comentou Drystan, balançando a cabeça com um sorriso que misturava surpresa e admiração.

Mas Freya não estava disposta a dar explicações, especialmente sobre o poder que havia usado para salvar Kael. A última coisa que queria era mais perguntas.

-Por que eu tenho que falar com os Brionis?-ela perguntou, cruzando os braços ao parar diante de Hayes, a irritação ainda latente em sua voz, enquanto desviava o foco da atenção que agora pairava sobre ela.

O Guardião desviou a atenção do livro de capa de couro que segurava, levantando a cabeça com um movimento sutil. Seus olhos dourados pousaram em Freya, captando a inquietação que fervilhava dentro da magicae. Com um gesto fluido, ele fechou o livro e o deixou de lado no sofá, as enormes asas farfalhando suavemente enquanto se levantava.

-Você danificou a barreira, humana estúpida-cuspiu Esmeray com desdém, sem desviar o olhar do rio que serpenteava próximo à Fortaleza, visível pelas amplas janelas de vidro da sala.

Hayes ignorou a sage, que continuava a esfregar distraidamente a pérola em seu dedo. Freya, por sua vez, escolheu fingir que Esmeray não existia, concentrando-se na conversa que se desenrolava.

Chamas e Sombras (Livro 1-Nascidos Do Caos)Onde histórias criam vida. Descubra agora