Capítulo 13

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Após deixar Freya terminar de tomar seu banho e colocar outra troca de roupa sobre a cama para que ela vestisse em seguida, Lia saiu do quarto e caminhou na direção da sala para tomar café

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Após deixar Freya terminar de tomar seu banho e colocar outra troca de roupa sobre a cama para que ela vestisse em seguida, Lia saiu do quarto e caminhou na direção da sala para tomar café. Aproveitou o momento sozinha para observar as mudanças feitas na fortaleza da Ordem. 

Aquela construção sempre a encantara; talvez fosse a magia que percorria por trás das paredes, ou talvez cada detalhe feito exclusivamente para o conforto dos Guardiões.

A fortaleza fora seu lar anos atrás. Se fechasse os olhos, podia sentir a euforia que inundara seu peito quando pisou naquele território pela primeira vez. Foi uma sensação avassaladora, como se Lia finalmente tivesse encontrado seu lugar com sua mais nova família, os membros da Ordem.

Ela segurou a adaga que havia desembainhado da cintura e girou em sua mão, caminhando pelo extenso corredor bem iluminado pelas luzes mágicas penduradas na parede, acompanhadas de quadros e pinturas antigas. Os passos dela eram silenciosos sobre o chão polido, atitudes de uma guerreira treinada para não fazer barulho, silenciosa e ágil. Lia balançou a cabeça algumas vezes, tentando tirar aquelas lembranças de sua mente, e se esforçou para tornar seus passos mais barulhentos. Não estava em território inimigo, então guardou a adaga na cintura novamente.

A elfa tocou a cortina esvoaçante que cobria uma grande janela de vidro no corredor, tendo um rápido vislumbre da floresta ao redor da Fortaleza. Sorriu levemente ao se recordar de todas as vezes que treinou sua magia naquela floresta, adorava usar seu poder para florescer flores e plantas. Era um ato simples e especial que há anos não se permitia realizar. Podia sentir a magia vibrando sob sua pele por ser contida há anos, o que sempre resultava em comichões pelo corpo, formigamentos e fisgadas. Mas Lia aguentara aquelas reações por anos, tudo para sentir-se humana e segura.

Mal havia passado pela porta da sala quando foi atingida no rosto, soltando um xingamento vulgar.

-Você está uma vergonha-gracejou Drystan após acertar Lia na testa com uma uva. A elfa nem havia sentido a aproximação da fruta, apenas foi atingida e grunhiu para o drakano, que tinha um sorriso debochado nos lábios.

-Ficou louco?-rosnou Lia, sentando-se em uma das cadeiras da extensa mesa e voltando a fuzilar o drakano com os olhos. -Poderia ter acertado meu olho.

Drystan deu de ombros, mordendo um pedaço do bolo em seu prato. 

-Se não estivesse tão lenta quanto uma tartaruga, não teria sido atingida.

Lia apontou o dedo em sua direção, os olhos fervilhando. 

-Isso terá volta-garantiu, e Drystan gargalhou alto, o som reverberando entre as paredes.

-Mal posso esperar-respondeu ele.

-Idiota-resmungou Lia, esfregando o local que havia sido atingido.

Lia esticou a mão para pegar um pedaço de bolo de chocolate, seu estômago roncando com a fartura na mesa. Avistou uma bandeja com rosquinhas recheadas de chocolate e avelã e trouxe algumas para seu prato.

Chamas e Sombras (Livro 1-Nascidos Do Caos)Onde histórias criam vida. Descubra agora