Séculos após a revelação de uma profecia dos deuses, Freya Krade, a última da sua linhagem, emerge como a personificação de uma linhagem mágica de fogo selvagem e sangue divino. Criada como uma arma pela Irmandade, uma seita caçadora de seres mágico...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Lia limpou a garganta, mantendo uma postura firme enquanto cruzava os braços atrás das costas antes de declarar sua determinação:
-Preciso ter certeza de que Guenevire está viva-ela continuou, dissipando qualquer traço de fragilidade que pudesse pairar entre eles.
-Por quê?-Kael resmungou, seu tom carregado de irritação, algo que Lia adorava provocar.
-Porque se ela estiver viva, prometi a Freya que a ajudaria a resgatá-la.
Todo o calor emocional que havia brilhado nos olhos de Kael desapareceu, deixando apenas uma escuridão sombria.
-Não pode estar falando sério-ele rosnou, sua voz carregada de raiva. - Você é inteligente demais para acreditar nessa ilusão de que, se a fada estiver viva, poderemos simplesmente tirá-la de Tenebris.
-Se Guenevire estiver viva, talvez exista uma chance de salvação para Freya-ponderou Lia, segurando-se àquela possibilidade com determinação.
Kael bufou.
-Você não é a fada madrinha da caçadora, Liora.
Lia ignorou seu deboche.
-Freya está se despedaçando, Kael. Não posso ficar parada e assistir enquanto ela definha a cada dia. Guenevire é a única que pode ajudá-la, e sabe a verdadeira identidade dela. Vai me dizer que não deseja saber a verdade?
Kael olhou para o anel de caveira em seu dedo, sua expressão endurecendo.
-Freya se quebrou naquela incêndio. Nunca se recuperará do que aconteceu. Não há como superar uma perda como aquela. Ela não apenas perdeu a família, ela perdeu a si mesma.
O feiticeiro conhecia a verdade por trás das palavras, pois ele próprio não conseguia esquecer o peso das vidas que suas mãos tiraram.
-Então eu devo simplesmente ficar de braços cruzados e vê-la afundar na escuridão?
-Não foi isso que eu disse-protestou Kael, recebendo um olhar furioso da elfa.
-Não com essas palavras, mas foi o que você insinuou-acusou ela, sua voz ecoando pela sala.
Kael gesticulou com a mão direita, os anéis reluzindo à fraca luz que adentrava pela janela.
-Freya era a herdeira da Irmandade, ensinada a matar magicaes, inocentes ou não. De repente, ela descobre sua própria natureza mágica, tornando-se aquilo que sempre abominou. Ela não vai superar o fato de ter causado a morte daquelas pessoas.
Lia revirou os olhos, impaciente, e bateu o pé no chão, reprimindo sua frustração.
-E o que você sugere que eu faça, feiticeiro?
-Freya pode aprender a lidar com a culpa e o remorso, mas aquela noite nunca sairá de sua mente. E se ela não aprender a controlar seu poder, não vai apenas destruir a si mesma, mas a todos nós também.
