Séculos após a revelação de uma profecia dos deuses, Freya Krade, a última da sua linhagem, emerge como a personificação de uma linhagem mágica de fogo selvagem e sangue divino. Criada como uma arma pela Irmandade, uma seita caçadora de seres mágico...
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Drystan irrompeu no quarto, seu rosto contorcido em confusão e preocupação. Ele plantou as mãos firmemente na cintura, uma mistura de indignação e ansiedade pintada em sua expressão.
-Alguém pode me explicar o que diabos aconteceu aqui?-Drystan questionou, olhando de um para o outro em busca de respostas imediatas.
Hayes, segurando a jovem adormecida em seus braços, observou-a com uma mistura de fascínio e apreensão. Ele a colocou cuidadosamente na cama, onde ela repousava como uma fogueira prestes a explodir.
-A filha do impiedoso caçador Gareth Krade tem magia no sangue. A maior ironia dos deuses dos últimos séculos-comentou Hayes, sua voz tingida de admiração e inquietação, enquanto seus olhos permaneciam fixos na figura adormecida.
-Uma magia que quase queimou uma cidade inteira, não podemos subestimar isso. Quando Kahlo descobrir, isso será uma grande merda-Kurt ecoou sombriamente as preocupações, lembrando a todos do perigo que a magia descontrolada representava.
Mas Lia não tinha espaço em seu coração para as preocupações políticas ou as rivalidades antigas.
-Eu não dou a mínima para Kahlo ou a maldita Legião. Minha amiga foi envenenada por um shagar, e sua saúde é tudo o que importa agora-sua voz explodiu, carregada de emoção e fúria contida.
As sombras de Kael se arrastaram pelo chão gasto do quarto quando ele entrou, uma presença sinistra em contraste com a atmosfera carregada de emoção. Seus passos pesados ecoaram no silêncio tenso.
-Sua amiga é uma caçadora Krade-a voz fria de Kael cortou o ar, focando em Lia. -Pode explicar isso? Como se tornou uma simpatizante?
Lia ergueu o queixo, desafiadora.
-Isso não é da sua conta-ela respondeu, o desafio faiscando em seu olhar.
-Ela matou muitos dos nossos-Kael insistiu, sua voz impiedosa.
Um fogo se acendeu nos olhos de Lia.
-Você a salvou. Pode explicar isso, feiticeiro?-ela retrucou, desafiando-o a encontrar uma resposta que até ele parecia não ter.
Drystan, observando a troca intensa, não pôde deixar de intervir com uma pitada de sarcasmo.
-Estou sentindo um pouco de irritação em você, Lia. As terras humanas não eram o paraíso que você sempre sonhou?-ele provocou, um sorriso cínico dançando em seus lábios.
O olhar cortante de Lia encontrou o dele.
-Pensei que alguém já tivesse arrancado sua maldita língua irritante-ela disparou de volta.
Kurt, inclinando-se para frente com uma careta de desgosto, mudou o foco da conversa:
-A fada que estava aqui... foi levada antes de chegarmos. E pelo caos! Como essas criaturas fedem!-ele comentou, seu desdém evidente em sua voz.
