Capítulo 34

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-Isso é ridículo!-esbravejou Kurt, jogando as cartas sobre a mesa com um movimento brusco, enquanto a gargalhada estridente de Drystan ecoava pela sala de estar, uma trilha sonora de pura provocação

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-Isso é ridículo!-esbravejou Kurt, jogando as cartas sobre a mesa com um movimento brusco, enquanto a gargalhada estridente de Drystan ecoava pela sala de estar, uma trilha sonora de pura provocação.

-Não sabe perder, licantropo?-provocou Drystan, com um sorriso afiado que só aumentou o humor travesso. Kurt, sem perder tempo, ergueu o dedo do meio, arrancando uma risada baixa de Hayes, que estava deitado no sofá com um livro de capa de couro nas mãos, parecendo mais interessado no drama ao vivo do que nas palavras escritas.

-Você roubou, imbecil-acusou o licantropo, sua testa franzida com a intensidade de sua frustração, o olhar fixo nas cartas como se elas tivessem traído sua confiança.

-Isso é papo de perdedor-garantiu o drakano, embaralhando as cartas novamente com a destreza de quem já fez isso mil vezes e com um sorriso de quem claramente não se importava com as acusações.

-Ah, Kurt já entendeu seu joguinho desonesto-murmurou Sloan ao entrar na sala, sua voz carregada de uma ironia leve, sem sequer olhar para os jogadores.

-Eu sou a definição de honestidade!-exclamou Drystan, colocando uma mão no peito, fingindo uma indignação tão falsa quanto uma moeda de três lados.

Kurt estreitou os olhos, o cansaço evidente em sua expressão.

-Na maior parte do tempo-completou o Guardião, dando de ombros com um ar de quem já esperava a descrença dos outros.

Kurt apoiou as pernas em uma cadeira livre, reclinando-se como se estivesse considerando um plano sério.

-Devíamos fazer espetinho de drakano e jogá-lo na fogueira-ponderou ele, em tom de ameaça casual, o olhar divertido.

-Não é uma má ideia-concordou Hayes do sofá, sua voz abafada pelo riso contido.

-Podem não se unir contra mim?-Drystan ergueu as mãos, fingindo uma rendição, os olhos cheios de malícia. -É só um jogo.

-Que me custou algumas moedas-retrucou o licantropo, ranzinza, mas sem conseguir esconder um sorriso que ameaçava surgir nos cantos de sua boca.

A lua brilhava no céu noturno do lado de fora da Fortaleza, lançando um brilho prateado sobre a sala, uma noite estranhamente silenciosa. Nenhum som vinha da floresta, nem da cidade. Estava tudo quieto demais, solitário demais, como o prelúdio de uma tempestade.

Por insistência de Kurt e Drystan, Freya concordou em jogar uma partida de cartas com os magicaes, uma tentativa de distração para seus pensamentos cortantes que fervilhavam em sua mente. Ela observou o drakano embaralhar e distribuir uma quantidade de cartas para cada participante do jogo, suas mãos ágeis quase hipnotizantes. Hayes se juntou ao jogo logo em seguida, lançando uma piscadela rápida para a jovem, que respondeu com um arqueamento de sobrancelha, já calculando suas chances.

Chamas e Sombras (Livro 1-Nascidos Do Caos)Onde histórias criam vida. Descubra agora