Dinamarca — Copenhagen — 04:00
Point Of View — Maia Carttini.
Eu nunca havia voado de jatinho, eu estava um pouco nervosa há alguns minutos e parecia que o embrulho no estômago não passava nunca, embora eu esteja aparentemente segura.
Justin não saia do telefone, e eu fingia não ouvir uma vírgula da conversa enquanto prestava atenção em cada detalhe. Maldita hora que eu fui esquecer o meu celular em casa devido à pressa.
— Sim cara, eu preciso que vocês se mantém atentos, talvez será preciso matá-los. — Ele diz como se não fosse nada. — Eles perderam dois milhões e meio, não é pouca coisa, e se fosse comigo eu jamais deixaria isso passar em branco.
Meu estômago não me deixava em paz, minha boca estava seca o suficiente para racha-lá, nem mesmo a garrafa d'água de dois litros do meu lado estava sendo o suficiente para hidrata-los.
Justin desliga o telefone e então não me seguro, já estava mal e entediada o suficiente para ser intrometida.
— Quem você mandou matar? — Pergunto receosa, por medo da resposta.
— Ainda não mandei. — Ele guarda o celular no bolso e encara a janela. — Como está se sentindo? — Ele me encara, enquanto abre uma garrafa de Whisky.
— Como assim ainda não mandou? — Pergunto e ele revira os olhos, notando que não adiantaria muito trocar de assunto.
— Eu não ia te falar agora, mas... Nós estamos na Dinamarca, chegando em Copenhagen. O casal que iria comprar o filho de Sandy é daqui, e eu vim concretizar de que eles não irão recebê-lo e também não irão receber o maldito dinheiro. Satisfeita? — Ele arqueia a sobrancelha e eu assunto, um pouco mais tranquila, ou não.
— Eu nem acredito que você vai mesmo voltar atrás. — Conserto minha postura na poltrona, com um sorriso idiota no meu rosto.
— Nem eu, é o preço por me importar mais do que deveria. — Ele bufa.
Sorrio de imediato, não conseguindo disfarçar o quanto eu amava ouvir que ele se importava.
— Você não vai se arrepender de ter voltado atrás. Você ia se arrepender se o vendesse.
— Eu nunca me arrependi. — Ele dá ombros.
— Você... Você já vendeu mais crianças?
— É óbvio Maia, ou você acha que Sandy foi a única burra de já ter engravidado naquele lugar? — Ele sorri irônico. — Porém eu entendo, deve ser difícil se manter trancado e não poder dar uma foda.
— E porque vocês não disponibilizam camisinhas? — Pergunto sendo inocente, o que o faz dá uma risada divertida.
— Porquê mandar eles usarem camisinha é a mesma coisa que jogar dinheiro fora. Elas não são obrigadas a engravidar, porém, se forem burras o suficiente nós aproveitamos pra levantar um troco por cima disso.
— Vendendo as crianças.. — Digo com voz arrastada, devido a grande decepção que é saber de cada detalhe dos negócios de Justin, a cada descoberta eu me sinto mais enojada. — Acho que não adianta livrar o filho de Sandy enquanto virão outras crianças por aí e você fará o mesmo.
Justin me olha de canto, franzindo seu cenho.
— Daqui a pouco você vai me pedir pra sair da vida do crime. — Ele diz em tom de deboche. E se eu pudesse, eu também pediria isso, porém isso é algo avassalador demais para que eu possa exigir.
— Eu não tenho que te pedir nada, eu não sou nada sua pra você ficar me obedecendo. — Digo ríspida. — Salvar uma criança é melhor do que nenhuma. — Repetia isso no meu subconsciente até que eu mesma acreditasse nisso.
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Ruin above causes
ActionJustin Bieber é um dos homens mais respeitados da Califórnia, com seu "coração enorme" e suas causas nobres. Ele se esconde atrás de suas diversas máscaras, enganando não só todos à sua volta como à ele mesmo. Atrás do grande homem bondoso que a soc...