50.

527 34 56
                                    

Olá meus amores... então, vocês sabem que geralmente não gosto de acrescentar nenhuma "nota" aqui pra vocês, porém gosto de dar satisfação. Dessa vez, demorei mais do que o normal para postar esse, pois o meu celular estragou e estava no conserto. Tive medo de perder tudo aqui e enfim, Deus é top e mesmo com esse rolê todo o cap saiu 🙏🏻
Obrigada por nunca abandonarem a nossa história, amo vocês.

Boa leitura. Xx

                                   •••••

Califórnia — Monterey — 00:45.

Point Of View — Maia Carttini.

Tudo era escuro, e eu estava presa... Presa dentro de uma caixa de vidro coberta de sangue, com escritas na cor branca que diziam o quão infeliz seria a vida de um filho fruto de um relacionamento tão complicado quanto foi o meu e de Justin. Eu queria negar, revidar com a vida o que ela está fazendo, porém é tudo colheita de decisões erradas e que foram tomadas sem nenhuma cautela.

Eu chorava, chorava de soluçar, pois embora eu não queira ser mãe, era assustador pensar na possibilidade de alguém morrendo dentro de mim. Seria a maior conexão interrompida, seria como perder algumas funções do meu corpo. De certa forma, eu estava aflita e infeliz por ver todo aquele sangue escorrendo dentro da caixa de vidro, enquanto toco cada célula daquele pele macia de um recém-nascido, morto em meus braços.

Mamãe, não me deixa ir embora.

Eu te amo, mesmo você me odiando.

Acordo de uma vez ao dar um enorme pulo sob a cama, sentando-me afaga e soando frio. Suspiro aliviada ao saber que tudo não havia passado de um pesadelo, e talvez o pior que eu já tenha tido. Passo minhas mãos sobre o meu rosto e tento não surtar, enquanto flashbacks rasos se fazem presente na minha mente agora.

Onde está Ashley?

— ASHLEY! — Grito na esperança dela me ouvir e entrar nesse maldito quarto com toda aquela marra que só ela tem. — ASHLEY!

Uma mulher de jaleco branco, ruiva e de lábios vermelhos adentra no quarto e me encara genuinamente. Ela prende os cabelos em um coque pra cima e acaricia os meus pés que balançavam freneticamente devido a enorme ansiedade.

— Ashley está bem, fique calma para que você também possa ficar. — Ela se aproxima sorridente e eu franzo o cenho. — Perdoe-me pela falta de educação, eu me chamo Dove e sou médica geral do hospital Vidal.

— Vidal? — Questiono receosa. — Não é um pronto socorro? — Assusto-me. — O que eu tenho? Como está o meu filho? — Confesso que a última pergunta pega à mim mesma de surpresa.

— Calma, querida. — Ela acaricia a minha barriga. — Você fez uma pequena cirurgia, bem aqui. — Ela coloca as mãos sob minha barriga. É só então consigo sentir dor, parece que o pesadelo e o susto em seguida fez com que eu me anestesiasse.

— O que aconteceu?

— Você perfurou um rim no acidente, tivemos que fazer um transplante de urgência, estava perdendo muito sangue e com riscos de perder o bebê. — Ela explica amena, e mantenho-me boquiaberta. — Você não se lembra de nada porquê estava dopada de remédios, é o protocolo.

— Eu não me lembro de nada... — Forço a minha cabeça. — Então está tudo bem com o bebê? — Me preocupo novamente, arrancando um sorriso largo da médica.

— Tudo ótimo, melhor impossível. — Ela bate pequenas palmas e se levanta. — Está muito saudável, embora eu ache que esteja faltando um pouco de sulfato ferroso. Você está tomando as vitaminas corretamente?

Ruin above causesOnde histórias criam vida. Descubra agora