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Califórnia — Monterey — 15:48

Point Of View — Justin Bieber.

Os tiros haviam cessado antes mesmo de eu chegar na entrada principal, onde estava a grande parte dos tiroteios em massa. Eu me escondo atrás da marquise e vejo Denver arrastando um dos meus seguranças sobre o chão, deixando rastros de sangue pelo chão em direção ao jardim, enquanto o restante permanece em cima do teto da casa e outros nas redondezas da mansão.

Permaneço ali por longos segundos até ter certeza de que não existia mais um perigo, e em seguida coloco a arma na cintura e prossigo até eles, em passos corriqueiros. Denver coloca o corpo no canto e limpa as duas mãos na sua calça social preta, antes me encarar piedoso.

— Perdemos um. — Ele avisa.

— Eu estou pouco me fodendo, eu quero saber o que houve aqui. O que vocês estavam fazendo que não perceberam antes de começar os malditos tiros?

— Era a polícia, senhor. — Ele diz urgente. — Eles vieram sem a viatura, à paisana, eu reconheci o cadelinha do Delegado. Eles não estavam com boas intenções.

E então eu suspiro fundo. Se eles estavam à paisana, boa coisa não era. Um policial só não veste o seu uniforme quando querem agir feito criminosos ou quando querem lidar com eles de forma direta. Eu não faço ideia do que tenha acontecido, mas eu soco a pilastra atrás de mim como se eu pudesse derruba-la com a força do meu ódio.

— Você vai redobrar a segurança dessa casa e se desfazer desse corpo. Ordene que alguns fiquem na saída de emergência pois é por lá que eles podem entrar despercebido. Deixe alguns em cima da mansão pra que tenham uma visão ampla do bairro todo, se houver uma próxima vez vocês precisam estar preparados pra que não hajam nenhuma morte. Se conseguirem ferir alguém da minha família, eu mato vocês.

— Entendido.

— Outra coisa, certifique de que o dinheiro foi depositado na conta dos antigos escravos. Certifique de que eles continuem em silêncio e estejam cumprindo com o acordo.

— Entendido, com licença senhor. — Denver assente e se retira para cumprir com as ordens que lhe dei.

Vejo eles reunindo os seguranças para lhes darem às ordens devidas e percebo que todos estavam atentos. O meu bolso começa a vibrar, tirando a minha atenção. Tratava-se de um número desconhecido mas à essa altura do campeonato não podia ser algo pior.

O maldito Bieber, bom dia. — Ouço a voz horrenda do delegado atrás da linha, fazendo-me dar risada por sua obsessão.

Boa tarde, delegado, já é quase quatro da tarde, hora de gente descente estar de pé resolvendo a vida. — Sou irônico, caminhando pelo jardim esperando o teor do assunto que fez ele ter a tamanha audácia de me ligar.

Eu já estou tentando resolver a minha, aliás, eu acabei de dar início à um outro problema. — Sinto sua voz sarcástica seguido com uma leve risada que me deixa estressado. — Espero não ter atrapalhado um almoço em família.

O almoço da minha família foi sangue de policial à parmegiana, foi um banquete e tanto. — Faço uma piada, tendo o seu breve silêncio como resposta. Ele obviamente não esperava ter uma má notícia para si.

Uma pena você ter matado todos os quatro. — Ele tenta esconder a decepção na sua voz. — Virão muito mais por aí, e você não vai conseguir se livrar de todos.

Diga logo o que você quer, Delegado. O seu salário não anda te agradando tanto? Quanto você quer? — Solto uma risada de canto e ouço um suspiro pesado.

Ruin above causesOnde histórias criam vida. Descubra agora