History!

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Point Of View — Justin Bieber

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Point Of View — Justin Bieber

Na vida, alguns nasceram para mandar e outros para obedecer. Infelizmente, a realidade de alguns é algo torturante para quem atua, mas para quem está de fora não faz a mínima diferença. Quero dizer, realmente não me importo se há pessoas morrendo à cada cinco segundos, se há causas falindo por falta de verba do governo, ou, se a fome está cada dia mais matando crianças inocentes. Não que eu seja um verme — Longe disso — Eu apenas me preocupo com coisas que possa me prejudicar.

O mundo aqui fora é diferente do mundo que eu possuo na cabeça, ele é empático, as pessoas amam causas e amam ver o brilho no olhar das pessoas enquanto fazem coisas boas. Digamos que, pessoas como eu, viciadas em manipular e subornar, costumamos usar todas as coisas em alta à nosso favor. Por isso eu ajudo causas nobres, sou um dos maiores investidores em alas beneficentes, e grito aos quatro cantos do país que o meu maior sonho é que toda a injustiça, a fome, a miséria, o preconceito, simplesmente acabe. Quando na verdade, meu maior sonho é tirar toda essas máscaras e viver sem elas, porém não é algo que eu possa escolher.

Eu não me importo com as pessoas, a prova disso é o fato de eu usá-las, manipula-las, e usar os seus maiores sonhos para me beneficiar. Traficando-as. Não que eu tenha planejado essa vida, é só algo que me rende o maior lucro, e se o meu pai me ensinou algo válido enquanto vivo foi: Use os seus talentos para o seu próprio benefício. E eu acho que eu tenho feito isso com maestria. Levando em consideração de que a sociedade não faz ideia de quem eu realmente sou, e que eu não escondo apenas ouro dentro da minha mina, e sim pessoas traficadas, que trabalham ferozmente dia após dia para me gerar ainda mais riqueza.

Eu escolhi ser sozinho. Não é por trauma, pânico ou qualquer merda. É uma escolha que as pessoas julgam erradas, e que também me faz pensar muito sobre a dependência. Sim, a maioria das pessoas são dependentes para caralho umas das outras. A solidão que tanto amo, é como a morte para milhares de pessoas.

Quando eu quero algo, eu consigo. Mantenha isso em mente até o último capítulo da minha história. Eu nunca fraquejo, nunca desisto. Se eu quero, eu batalho e consigo. Não sou um bom perdedor, mesmo que tenha sido criado sob discursos de como temos que aprender a perder, e principalmente, o quanto é importante saber perder.

Para não dizer que eu realmente sou um monstro nato e não me importo com sequer uma pessoa, devo dizer que tenho uma filha.
Se chama Ashley, 14 anos, viciada em jogos de Hóquei, fã de rap, possui uma das personalidades mais fortes que conheço. E ah, é assumidamente lésbica, e me confessou isso em um jogo de Hóquei, onde eu estava bêbado e mal por ter perdido uma aposta. E de fato, talvez ela seja a única pessoa na qual eu me importo de verdade. Talvez, por sua mãe ter a abandonado quando ela ainda era uma porra de uma recém-nascida, e ter me deixado para fugir.

Eu nasci com o dom de proporcionar orgasmos múltiplos às mulheres. E não apenas com o pau. Sou bom com a boca, com os dedos, com as mãos, apenas sou bom pra caralho e isso às vezes me causa uma dor de cabeça terrível, porque eu não curto repetir mulheres justamente por ser bom. Nós saímos uma noite, aproveitamos e elas se apegam pra caralho, só faltam me propor casamento. Isso me faz pensar que há pouquíssimos homens capacitados no mundo, eles certamente deixam a desejar, só isso justifica o desespero que algumas mulheres ficam após passarem uma noite inteira virando os olhos e gritando meu nome incansavelmente.

Não iludo mulheres. Sou direto em minhas pretensões, então se elas se apegam, eu não tenho absolutamente nada a ver com isso, é um problema único e exclusivo delas. Mas, provavelmente, você vai dizer que sou um cafajeste, porque a maioria das mulheres são seres que veem romance em tudo e, quando não há romance, recriminam. É a realidade, não me xingue.

Às vezes nem eu mesmo sei quem sou, não sei se sou bom ou ruim, mas digamos que as minhas máscaras me ajudam a ter papéis diferentes a cada etapa da minha vida, é como se eu fosse um ator à todo momento, embora as pessoas que trabalham comigo insistam em dizer que eu sou Manipulador e Sociopata.

Grande merda.

Point Of View — Maia Carttini

Há quem diga que é muito mais fácil pegar uma onça com a vara curta do que me manipular, me comprar, me convencer de que algo errado é o certo. Por isso me orgulho de ter uma personalidade forte e ser totalmente independente desde muito nova, levando um tombo atrás do outro (da vida) e prometendo à mim mesma de que ninguém jamais irá me derrubar novamente, nem mesmo a droga da vida.

Algumas pessoas nascem em berço de ouro, outras, se sacrificam dia após dias para conquistar um espaço em grandes empresas, profissões, faculdades. Devo dizer que sempre fui a garota que preza pela família e pelos bons costumes, então, passar por cima das pessoas para me beneficiar é algo que está fora de cogitação, fora dos meus planos.

Embora nada esteja tão ruim que não possa piorar, o meu maior pesadelo é ter um pai viciado em apostas dentro de casa. O mesmo que vendeu nossa antiga casa e nos deixou na rua, o mesmo que já vendeu cada mínimo objeto para pagar dívidas, e o mesmo que me fodeu quando eu tive que amadurecer cedo demais para começar a trabalhar e ajudar em casa, quando ele pegava dinheiro escondido na minha bolsa enquanto eu dormia.

Denver e Ally que sempre foram o meu refúgio, eu sempre pude contar com eles. Denver é um homem negro, e tem o sonho de ganhar a vida junto à sua esposa, e por isso vive de vários cursos por vários lugares do mundo. Ally é minha irmã gêmea, porém é transsexual, cresceu com as transformações causadas pelos hormônios femininos, mas sua identificação é com o físico masculino, e seu sonho sempre foi juntar dinheiro para realizar o sonho da cirurgia. Enquanto nós três nos juntávamos para nos ajudar. Cedo demais. Jovens demais.

Depois de nos afastarmos um pouco por conta dos compromissos, me formei na faculdade para Perito Criminal, porém, me identifiquei na área de Detetive, em algumas aulas práticas sobre o assunto. Portanto, trabalho de forma autônoma, sem sequer uma agência para me assalariar, correndo atrás de pessoas desesperadas para descobrir de onde vem um fio de cabelo de uma mulher.

Após conseguir quitar todas as dívidas de meu pai, e conseguir comprar uma casa simples em Monterey na Califórnia, permaneço em busca de um emprego mais grandioso e que possa me pagar melhor, afinal, me especializar e colocar comida dentro de casa onde habita um viciado em apostas que sequer pede ajuda, não seria nada fácil, sozinha.

Sozinha.

Porém, esse é apenas um pequeno detalhe.

Já dizia o grande detetive do universo fictício, Sherlock Holmes, que "os pequenos detalhes são sempre os mais importantes".

Porém, os grandes detalhes sempre me chamaram mais a atenção, assim como grandes casos, grandes cargos, grandes negócios. E eu jamais mudarei minha essência e jamais me venderei por grandes merdas, por pior que minha vida esteja.

E confesso que estou ansiosa para conhecer grandes babacas e me aperfeiçoar a lidar com grandes filhos da puta.

Ruin above causesOnde histórias criam vida. Descubra agora