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Nota 1: capítulo curto, um presentinho para vocês hoje.

Nota 2: vcs sabem que a fanfic tá quase chegando ao fim, né? Tenham isso em mente (não, não vai acabar nesse, só quero que vcs tenham em mente k)

Nota 3: uma menina falou que eu não dei nome para o pai da Any e da Sabi na temporada passada, então dei um nome pra ele nesse e é isso ai ahushsus

Boa leitura.
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JOSH

Eu estava encostado em uma das colunas que sustentavam a fachada do hotel. Não com o meu peso todo, já que o medo da coluna ser fraca e acabar cedendo com meu peso, era grande. A cada minuto que eu permanecia aqui, mas achava esse lugar estranho e horripilante e não via a hora de ir para casa logo. Sem contar que Xavier, o recepcionista dos dentes tortinhos e amarelos tinha sumido. Mas, este era um momento importante e eu entendia isso. Com os braços cruzados por conta do frio, eu observava Any, seu pai e Sabina ao longe.

Acabou que o tal advogado Richard Morris, amigo do pai de Any, que finalmente descobri o nome (Charles), veio sem os policiais. Era curioso que o advogado tinha o mesmo sobrenome que meu melhor amigo, Lamar, mas eles não tinham parentesco nenhum. Richard queria conversar com Charles primeiro, entender tudo o que estava acontecendo antes de chamar as autoridades, antes de fazer o cara se entregar para poder representa-lo devidamente. Enquanto esperávamos ele, Any sentiu em seu coração que Sabina deveria fazer parte desse momento, que se fosse ao contrário, ela gostaria que a irmã fizesse isso por ela, então, com uma ligação explicando o básico o mais calma possível, para não assustar Sabina e nem o bebê, Any contou que estava com o pai delas e deu o endereço do hotel. Sabina chegou meia hora depois, um pouco antes do advogado. Logo depois Richard chegou, conversou comigo, conversou com Charles e agora estava em papo sério com Pepe, enquanto os três, Sabina, Any e o pai delas estavam tendo o que eu chamaria de "momento família".

Eu não estava feliz com todos os abraços e todos os choros que eles estavam esboçando. Esse homem não merecia nenhuma lágrima das filhas, não merecia nenhum sorriso de Any e não merecia estar passando a mão na barriga de Sabina, orgulhoso, como se tivesse acompanhado toda evolução de Sabina até esse estágio. Isso me dava ânsia, eu tinha vontade de ligar logo para a polícia e dizer que o cara foragido estava aqui. Entretanto, apesar de pensar tudo isso, não cabia a mim decidir e sim a elas. E, se era isso que Any queria, eu só tinha como obrigação apoia-la, independente de qualquer coisa. Por isso eu me encontrava aqui, afastado, só observando eles, observando ela.

Depois de alguns minutos com eles, Any olhou em minha direção, tocou o braço do pai e falando alguma coisa para ele, ela se afasta, deixando Charles sozinho com Sabina e caminha até mim.

Descruzo os braços e me ajeito, desencostando da coluna. Any chega e para em minha frente. Seus olhos estavam um pouquinho vermelhos e brilhantes. Meu coração aperta com a visão deles. Não gosto de vê-la chorar, se eu pudesse fazer com que nenhuma lágrima caia desses olhos de chocolates, eu faria.

— Oi linda e ai?

Pergunto, descontraído. Sei que aconteceu tudo tão rápido. Sei que ela estava com esse peso no coração desde quando reencontrou o pai. Desde antes disso. Esse assunto era o que ainda estava pendente, acredito eu, na vida dela.

— Oi.

Ela responde e chega mais perto, olhando para os pés e encostando a ponta do seu tênis com o meu.

Minhas mãos pegam as suas e ficamos de frente um para o outro, de mãos dadas, parecia até que íamos brincar de rodinha.

Sorrio com esse pensamento aleatório.

Trust - Beauany | 2° Temporada. Onde histórias criam vida. Descubra agora