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JOSH

Respirar o ar de Oxford novamente era, no mínimo, revigorante. Poderiam dizer que eu estava puxando o saco dessa universidade - se ela tivesse um -, mas até o oxigênio daqui era diferente e eu não estava exagerando. Juro!

Ok, talvez só um pouco.

Estive um ano fora. Um ano na Dinamarca, aquele país minúsculo, o qual possui uma tecnologia de ponta incrível. O país que me acolheu amorosamente durante um ano.

Os Estados Unidos deveria aprender com eles.

Quando paro para pensar, nem acredito que isso realmente aconteceu. Não acredito que fui estudar em outro país. Não que eu não sonhasse alto, sempre sonhei e sempre me incentivei a realizar todos os meus objetivos. Porém, ter a oportunidade de estudar fora no terceiro período da faculdade era para poucos. Era para mim.

Eu não sabia que precisava tanto disso até estar, efetivamente, lá. Mas, agora eu estava de volta. A Dinamarca é muito legal e as pessoas são muito diferentes, muito mais educadas e generosas que o povo americano. Porém, apesar de eu falar muitoo mal, eu eu amava os Estados Unidos da América. Eu amava Oxford e pisar na grama verdinha e bem cuidada da minha querida universidade, era mais do que um sonho.

Cheguei de viagem na terça a noite e fui direto para casa. Quer dizer, fui direto para casa de minha mãe. Eu estava morrendo de saudades dela e de Jaden. Estava morrendo de saudades da comida de dona Ùrsula e de deitar no sofá quentinho dela despreocupado.

Quando cheguei, mamãe levou um susto comigo. Eu não estava um monstro todo musculoso e essas coisas. Não, eu não estava assim, mas definitivamente estava mais forte do que na última vez em que ela me viu. Eu sabia disso e eu gostava disso. Nada exagerado, apenas na medida certa para mim.

Ùrsula me fez falar por horas como tinha sido meu intercâmbio, se eu havia me alimentado bem, apesar de ser visível em meu corpo, disse que estava morrendo de saudades de mim e reclamou de Jaden, que tinha passado da fase de adolescente rebelde e agora estava na fase do jovem festeiro que não parava em casa.

Taí uma coisa que eu sentia muita falta, ouvir minha mãe chorando as pitangas em meus ombros.

Mas isso isso tudo foi na quarta, agora, sábado, eu me encontrava indo em direção ao meu quarto, na universidade. O quarto que eu dividi com Lamar desde que chegamos aqui, no ano retrasado.

Lamar era meu melhor amigo. Meu irmão. Confidente. Camarada. Eu sentia muita saudades dele, sentia falta daqui.

Não me levem a mal, eu amava a casa de minha mãe. Eu digo que lá é sua casa, porque eu não moro com ela desde a metade do meu primeiro ano em Oxford. Eu e Lamar alugamos um apartamento e decidimos ser colegas de quarto em todos os sentidos da coisa.

O apê ficava um pouco longe da universidade, só íamos para lá nos fins de semana. Não que nosso quarto aqui fosse ruim, impossível algo em Oxford ser ruim, mas era bom termos nosso lar.

Subo o último degrau, carregando minha pesada mala e me dirijo a nossa porta.

Encontro uns garotos do segundo período no corredor do dormitório e eles me cumprimentam com respeito.

Eu ainda era o cara quando se tratava em inteligência e agora, em outros assuntos mais. Margareth se orgulha de mim.

Encosto a chave na maçaneta e abro.

Antes de subir, passei na recepção do dormitório para pegar minha nova chave. O bom de ser o queridinho em algumas coisas, era garantir que seu quarto continuaria seu quando você voltasse.

Trust - Beauany | 2° Temporada. Onde histórias criam vida. Descubra agora