𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖈𝖎𝖓𝖈𝖔

11.6K 933 217
                                    

Seul, Coreia do Sul - 20:32 p.m.

 Jungkook

Enquanto a reunião sobre o assalto ao banco acontecia em minha mansão, eu estava relaxado em minha poltrona, observando os monitores de segurança e escutando a discussão dos membros da equipe. 

Gosto do fato de que tudo saia perfeito em trabalhos como este, e até agora, todos os detalhes pareciam estar alinhados.


Os últimos ajustes estavam sendo feitos. Namjoon já tinha acesso às câmeras de segurança e o alarme estava configurado. O plano era simples: eles iriam até Ilsan por volta das seis da tarde, quando o movimento seria menor. 

A segurança do banco não era impenetrável, mas não queríamos mais problemas com a polícia do que já tínhamos.


Hoseok e Taehyung entrariam no banco como clientes comuns, até terem o controle da situação. Cinco dos nossos seguranças ficariam de prontidão na portaria, enquanto Hoseok cuidaria dos reféns. Taehyung subiria para acessar o cofre central e por fim sairiam de lá com aproximadamente um milhão e meio de dólares.


Namjoon estava explicando os últimos detalhes do plano quando a porta do escritório foi aberta e Jane entrou, vestindo um simples vestido vermelho e tênis. Ela estava com os cabelos molhados, como se tivesse acabado de tomar banho.


— Ah, não sabia que estava ocupado ― disse Jane, interrompendo a conversa.


Seus olhos encontraram os meus brevemente antes que ela desviasse o olhar, e eu apenas inclinei a cabeça em resposta, sem me preocupar em interromper a reunião. Afinal, Jane não fazia parte do plano do assalto ao banco.


— Pode falar ― assenti, o cheiro de sabonete se fez presente no escritório, um cheiro fodidamente gostoso de sabonete.


O nosso relacionamento tinha melhorado um pouco desde a lua de mel. Jane passava a maior parte do tempo no quarto, saindo apenas para as refeições. Na verdade, eu não me preocupava muito com o que ela fazia. 

A casa era grande e havia bastante para ela explorar e ocupar o tempo. Não havia motivo para eu me envolver em algo tão vazio.


Já se passara uma semana desde a nossa lua de mel e, para ser sincero, as coisas estavam tão calmas em relação a ela que mal fazia diferença se eu dava ordens ou não.


— Só queria saber se posso ir ao shopping ― pediu, desviando o olhar do meu. Pude perceber que suas mãos se tocavam, coçando os dedos nervosamente. Mas havia algo mais, algo triste em seu olhar.


— Para quê? ― Fingi desinteresse, embora estivesse curioso. Seu tom de voz carregava um certo desapontamento, e ela mexia nas próprias mãos com inquietação, como se relutasse em falar.


— É que hoje é o meu aniversário. Eu só achei que poderia sair... ― Ela não afirmava, quase parecia uma súplica. Para mim, aniversários não tinham tanto significado, mas parecia importante para ela.


Ótimo dessa realmente não sabia, mas confesso que mesmo não me importando, como ser humano me deu um pouquinho de dó. Não é como se não soubesse da data de nascimento dela, a esta altura sabia até mesmo o número de sua identidade, mas não me preocupo se quer com o meu aniversário, veja lá outros.

DANGER | Livro I • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora