Seul, Coreia do Sul - 17:44 p.m.
Jungkook
— Eu quero que Hoseok e Taehyung vão para o outro lado, Namjoon, atrás de mim! — Dei a ordem, segurando firmemente uma pistola.
Estávamos fazendo escolta pelo galpão abandonado de Min Yoongi. Ele estava absurdamente silencioso, o que não augurava nada de bom.Saem me passou informações frescas, revelando que ele havia abandonado esse galpão falso e, na verdade, o estava utilizando como um esconderijo de drogas. Nosso objetivo era vasculhar cada fenda na parede para encontrar todos esses pacotes; certamente renderia uma boa grana.
Enquanto eu observava atentamente ao redor, Namjoon mantinha vigilância nas minhas costas. O local estava embrenhado no meio da mata, aumentando significativamente o risco da nossa operação.
Quando estávamos prestes a adentrar o galpão, um tiro ecoou. Virei-me rapidamente, disparando contra o vazio na esperança de acertar algum alvo invisível.
— Jungkook! Jungkook, precisamos sair daqui, há muitos seguranças camuflados — a voz de Taehyung soou distante.
Maldição! Eu deveria ter desconfiado desse matagal alto; tenho certeza de que todos eles estão deitados no chão, à espreita.
— Mirem as armas para o chão agora. Eles estão deitados no chão, então mirem para o chão! — Gritei para o resto dos seguranças que nos escoltavam.
Retornamos pelo mesmo caminho que havíamos percorrido, até que outro disparo interrompeu o silêncio, desta vez acertando em cheio minha clavícula, fazendo-me urrar, mas ainda assim segurando a arma.
— Chefe, não precisa de ajuda? — Namjoon perguntou, visivelmente preocupado.
— Não. Sigam rápido que eu me viro — senti a bala se alojar no centro da clavícula, o sangue começou a manchar minha camisa branca e a escorrer sobre o colete à prova de balas. Se ao menos tivesse desviado um pouco para a direita, teria atingido o colete e não causaria tantos problemas.
— O que aconteceu com você? — Indagou Hoseok ao entrar na van preta. Joguei a arma de lado, retirando o colete e observando o buraco que a bala havia causado.Rasguei um pedaço de pano da minha camiseta, pressionando-o firmemente sobre o ferimento para estancar o sangue.
— Alguém me acertou! — Bufei. — Acelera essa porcaria, Namjoon! — Senti o carro estremecer pela estrada de terra.
— Devíamos ter estudado melhor o território antes. Eu te avisei que o Saem não era confiável — Encostei minha cabeça no acolchoado desconfortável.
— Ele me fez confiar e acreditar que aquele maldito galpão estava vazio. Mas ele vai pagar caro por isso, pode esperar — percebi que estávamos nos aproximando da pista e lancei um rápido olhar para o relógio. Em vinte minutos, finalmente chegaríamos.
Seul, Coreia do Sul - 17:50 p.m.
Jane
— Quero que me acompanhe — disse, firmando o olhar no segurança do corredor, que me encarou por um momento antes de voltar sua atenção ao vazio. —Escutou seu pau mandado?
— Só posso sair com a permissão do Jungkook — bufei, sentindo uma súbita vontade de ir ao parque. E era exatamente isso que iria fazer, com ou sem a permissão daquele idiota.
— Ele me disse que podia sair, só precisava chamar um segurança — empurrei o peito dele, mas o gigante mal se moveu. — Vamos, seu brutamontes, vai ignorar uma ordem do seu chefe? Espere ele chegar para você ver se não é verdade.
— Tem certeza? — Perguntou, visivelmente relaxando a postura.
— Tenho certeza, cacete! Anda logo! — Pulei, consciente de que sairia pela primeira vez sem ninguém no meu pé, especialmente o Jungkook.
Após adentrarmos o carro, tomei meu lugar no banco traseiro enquanto o segurança assumia a posição ao volante.O trajeto até o parque transcorreu em silêncio, e eu me vi envolta em uma leve ansiedade diante de toda essa situação. Jungkook não havia me permitido sair, mas eu me sentia sufocada demais para permanecer ali.
Enquanto nos aproximávamos do parque, minha mente divagava, e meus pensamentos se fixavam nos cinquenta dólares que havia surrupiado do escritório de Jungkook.
![](https://img.wattpad.com/cover/271748029-288-k141764.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
DANGER | Livro I • JJK
FanficNuma vida torbulenta Jane se vê em uma encruzilhada, a morte de sua avó vem num momento repentino onde a faz ter que tomar uma decisão. Continuar em seu país natal ou ir ao outro lado do mundo morar com seu pai e tentar uma nova vida. Entre desavenç...