Capítulo 5

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Maite foi abrir a porta e viu Poncho e Christian com duas barcas de japonês e duas garrafas de vinho.

- Isso é pra um batalhão?- ela arregalou o olho ao ver a quantidade de comida.

- Oi pra você também pirralha- Poncho deu um beijo na cabeça dela- Oi Anahi.

- Ei, boa noite- ela sorriu e se encantou com o sorriso de Poncho- precisa de ajuda?.

- Aonde eu coloco?- ele levantou a barca e ela o levou até a mesa.

Logo atrás Maite vinha com Christian, com mais uma barca e uma garrafa de vinho.

- Ei prima- ele lhe deu um abraço agora com as mãos livres.

- Oi Chris- ela sorriu e abraçou o primo de volta.

Eles conversaram um pouco antes de começarem a comer e basicamente o assunto era Anahi, já que Poncho a entupia de perguntas. Ele descobriu que ela só vivia com a mãe e que seu pai havia morrido. E só conseguiu vir fazer faculdade na capital, devido à pensão de morte do pai. Sua mãe era professora e sempre a incentivou a seguir seus sonhos.

Já Anahi não conseguiu descobrir muitas coisas a respeito dos irmãos, principalmente de Poncho. Só descobriu que seus pais morreram em um acidente em seu jatinho particular, que caiu e até hoje ninguém sabe como, e então eles foram morar com o tio Antônio. E quando Poncho fez 18 anos, ele conseguiu que ele e Maite saíssem de lá, por que finalmente pode usar a herança que o pai deixou para eles.

Mesmo tendo todo dinheiro do mundo, ela percebeu que eles não eram grossos, esnobes ou o que fosse, e se surpreendeu ainda mais com Poncho, ele realmente não era babaca e ela mordeu a língua. Ele era um cara incrível.

- Podemos ir comer?- Christian perguntou, tirando Anahi de seus pensamentos.

- Meu Deus, você não amadurece?- Maite falou revirando o olho.

- Estou com fome uai- ele falou dando de ombros, mas ficou sentindo em como ela falou.

- Vamos logo- Poncho falou- antes que vocês se matem.

A mesa tinha duas cadeiras de cada lado, e logo que Maite sentou Anahi sentou ao seu lado, achava que seria menos pior sentar de frente para ele do que de lado... Só que ela descobriu que não, ele olhava pra ela, trocavam olhares, sorrisos e os outros dois também percebiam isso, e Christian até que tentava algum olhar de Maite, mas ela forte e com o orgulho intacto, nem sequer dava atenção para ele.

- Esse com certeza foi o melhor Sushi que eu comi- Maite falou, cansada de desviar o olhar de Chris.

- Sem dúvida- Anahi falou- em Guadalajara não tem nenhum que chegue aos pés desse.

- Você é de lá? – Maite perguntou- nossos pais tinham uma casa lá, nós íamos bastante.

- Na verdade eu nasci mais no interior. Mas quando eu tinha uns 10 anos e meu pai ainda era vivo- ela engoliu em seco- ele foi transferido para lá.

- Aaaaa Sim- Maite falou também com um tom mais triste- nessa época já não íamos mais.

Anahi entendeu o recado. Os pais deles já tinham falecido. Eles continuaram conversando com um clima um pouco mais descontraído.

- Então, estou desculpado?- Poncho perguntou a Anahi.

- Apesar de ter faltado a sobremesa... Está tudo bem- ela riu- na verdade sempre esteve.

- Então quer dizer que me fez gastar uma grana nesse banquete à toa?- Poncho falou se divertindo.

- Na verdade, eu também tenho que me desculpar- Anahi falou- eu julguei vocês dois mal, por causa do sobrenome e principalmente você Poncho, por causa do incidente daquele dia. E eu que estava sendo a babaca.

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