No dia seguinte, Maite acordou sem lembrar de muita coisa que tinha acontecido, e ficou ainda mais confusa quando viu o irmão dormindo ao seu lado.
- O que você está fazendo aqui? - Na mesma hora que falou, ela sentiu a cabeça latejar e fez uma cara feia.
- Bom dia pra você também – Ele se ajeitou na cama- como você está?
- Com dor de cabeça- ela colocou a mão na cabeça- CADÊ MINHA ROUPA?
- Calma- Poncho sabia como aquilo era para a irmã- Anahi teve que tirar para te dar um banho, mas ela só tirou a sua calcinha quando você estava de baixo das cobertas. Eu juro que não vi nada.
- Tá, só pega uma roupa pra mim- ela se enrolou ainda mais na coberta.
Ele levantou, foi até o guarda roupa da irmã e a entregou um short e uma blusa.
- Vou pegar um copo de água e uma remédio pra você- ele falou- e depois eu quero saber o que aconteceu- ele falou em um tom autoritário.
Aquela reação da irmã de encher a cara, era algo novo para Alfonso, nunca foi algo com que ele tivesse que se preocupar, muito pelo contrário. Ela que sempre dava esporro nele por beber de mais. Ele encontrou com Anahi na cozinha, preparando café da manhã.
- Bom dia- ela cumprimentou- A Maite acordou?
- Sim. Está com uma cara péssima- ele respondeu- eu preciso muito conversar com ela e saber o que aconteceu.
- Eu sei- Anahi foi compreensiva- eu vou terminar de comer, e já estou indo para faculdade.
- Certo. E mais uma vez obrigada- ele falou e deu um beijo na cabeça dela.
Assim que voltou para o quarto, Maite já estava vestida com um coque no cabelo e com a cara lavada, mas ainda assim dava pra ver a cara dela de ressaca.
- Você está péssima- ele falou tentando brincar, mas ela revirou o olho- toma isso aqui, vai te fazer bem, e você precisa estar bem para mais tarde.
- Eu não quero estar bem para mais tarde Alfonso- ela falou- eu só vou assinar os papéis, nem estou contanto isso como um casamento.
- Me fala o que houve. Você nunca foi disso.
- Nem eu sei ao certo o que houve- ela suspirou e se ajeitou na cama- eu fui visitar o túmulo dos nossos pais e não queria voltar pra cá, então fiquei dirigindo por um bom tempo e ai parei naquele bar, ia apenas tomar uma taça de vinho pra relaxar... mas ai o William me ligou e começou a falar um monte de merda pra mim. E eu comecei a sentir nojo, raiva- ela estava com lágrimas nossos olhos- e quando dei por mim já estava na quinta dose de tequila.
- O que ele falou com você, pra te deixar assim? – Alfonso se aproximou da irmã.
- Ele só ficou me lembrando de quando a gente era namorado... de como era bom... e de como ele me quer de novo- ela falava sem jeito- as coisas nojentas de sempre.
-Maite, você tem certeza do que você está fazendo? - Ele perguntou- você sempre quis que eu saísse da empresa. Então, agora pode ser o momento.
- Poncho, você ama aquela empresa. E foi a única coisa que sobrou do nosso pai. Nem a casa a gente tem mais. Se até isso a gente perder, o que vamos ter dele?
- Mas a gente precisa de alguma coisa para te manter em segurança.
- Já temos- ela falou- nós já acertamos os termos.
- Não tem nada que eu possa fazer para te impedir de fazer essa loucura? - ele viu a irmã balançar a cabeça.
- Mas você pode não me deixar sozinha hoje- ela pediu- vamos comigo, eu preciso de você lá. E eles também precisam ver que apesar de tudo, ainda estamos juntos.
- Eu vou em casa, colocar uma roupa e tenho que colocar meu carro para lavar- ele falou dando um olhar furioso para Maite.
- Me desculpe- ela falou sem graça- me fala o valor que eu te pago.
- Com certeza- ele riu- e você tem que pegar seu carro. Ou se quiser eu deixo o meu no lava a jato e pego o seu.
- Pode ser- ela sorriu- você me busca então?
- Claro- ele sorriu- em uma hora eu estou aqui- ele saiu e deu um beijo na cabeça da irmã.
Quando Poncho saiu, Anahi não estava mais lá. Ele queria se despedir dela, mas não foi possível, então apenas mandou uma mensagem:
Poncho: Já fui embora, e mais uma vez obrigado por tudo.
Quando Anahi viu a tela do celular acender com o nome de Poncho, abriu o sorriso na hora e leu a mensagem mesmo estando no meio da aula.
Anahi: Espero que esteja tudo bem. E sempre que precisar pode contar comigo.
Ele não respondeu, porque estava dirigindo e assim que chegou em casa tinha ainda que se arrumar deixar o carro no lava jato e ir pegar o de Maite. Então ele nem teve tempo de olhar o celular. Assim que encontrou com a irmã, que já estava com uma cara bem melhor, ela quis saber de como foi a noite dos dois, já que nem tiveram tempo de conversar.
- Foi incrível Mai- Poncho tinha os olhos brilhando- a gente foi naquele restaurante que tem aquela senhora como dona, que fomos no seu aniversário de 15 anos.
- O da Dona Elisa?- ela falou- e pelo jeito você não lembrava o nome dela.
- Passei a noite toda tentando lembrar- ele riu.
-E como foi o resto da noite? - Ela estava curiosa, mas também queria esquecer um pouco o momento que estava para vir.
- Foi incrível. Ela é incrível. Tem um papo bom, tem ótimo senso de humor, é batalhadora e na cama...
- OOOK- Maite interrompeu- informação de mais- eles riram- mas que bom que você está se deixando envolver. Ela é incrível mesmo. E quando vai ser o próximo encontro.
- Ainda não marcamos... mas bem nos vimos ontem e foi estranho no início, mas depois fico tudo bem.
- Você não pode contar o dia de ontem como alguma coisa- ela falou- mas não sei, leva ela pra viajar, para ir a praia, passar o final de semana em algum lugar.
- Não é uma má ideia- ele concordou, mas logo ele reparou que chegaram- chegamos. Está preparada?
- Nenhum um pouco- ela respondeu- mas vamos, não tem mais nada que eu possa fazer.
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Apenas para avisar que daqui para frente é só ladeira a baixo heein! Nossos amores ainda vão sofrer muito!
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Escolhas
Mystery / ThrillerSinopse: O milionário Alfonso Herrera ,30 anos, um dos sócios de uma das maiores imobiliárias do México, que foi herdado de seu pai. Ele tem uma grande responsabilidade, não deixar que a empresa fique no comando de seus tios Antônio e Xavier, dois c...