Capítulo 27

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Assim que Alfonso terminou de conversar com a irmã, foi para o seu apartamento arrumar as coisas, para encontrar Anahi, já que eles combinaram de passar a noite juntos e viajar no outro dia bem cedo. O problema era que Alfonso não conseguia tirar tudo o que ouviu da irmã da cabeça.

Logo que chegou no apartamento de Anahi, ele foi recebido com muitos beijos e com uma linda mesa de jantar.

- Uau- ele exclamou assim que viu a mesa- dessa vez você caprichou.

- Bom, eu pedi essa comida de um restaurante que eu sei que você gosta- ela sorriu- não tenho essas habilidades culinárias.

- Está tudo bem Ani- ele riu- o que importa é que estamos juntos- ele deu um selinho nela.

- Vamos comer? - ela falou- estou sentindo esse cheiro de comida a um bom tempo e está sendo tortura.

- Você é magra de ruim mesmo! - ele implicou- só pensa em comer.

- Alfonso! - ela deu um tapa nele.

Os dois riram e se sentaram para comer, mas Anahi percebeu que Alfonso estava estranho, e estava tentando disfarçar.

- Aconteceu alguma coisa? - Ela perguntou.

- Só preocupações- ele respondeu- mas não quero ficar pensando em nada... quero só curtir esse momento com você.

- Você pode me contar... desabafar. Assim você se livra do que está te incomodando,  e tenho certeza que você estará aqui, comigo, 100%.

- Mas eu estou 100% aqui- ele falou rindo- sempre que estou com você, eu fico totalmente com você.

- Querido- ela estendeu a mão para ele, e eles se levantaram e foram sentar no sofá- você está tentando disfarçar, mas está na sua cara que algo está te incomodando.

- Você não vai desistir né?- ele viu Anahi balançando a cabeça- É só a Maite. Ela tem feito umas coisas, se afastou de todo mundo- ele viu que Anahi não estava entendendo nada- Fui na casa deles hoje, e ela me falou umas coisas... eu não sei Ani, mas ela está estranha, e ainda tinham dois hematomas no braço dela, e ela teve a cara de pau de dizer que o William cuida dela... Ani, eu nunca fiquei dois das sem falar com ela, e agora estamos a quase duas semanas sem trocar uma palavra. Eu mando mensagem, ligo e ela ignora.

- Caramba. É ela também não fala mais comigo... mandei uma mensagem pra ela, perguntando de umas coisas dela que ficaram aqui, e ela nem respondeu- Anahi falou- Mas ela é adulta Poncho- fez carinho no rosto dele- deve ter motivos para fazer o que está fazendo. Ela é esperta, e mesmo que seja difícil de você aceitar, ela sabe se cuidar.

- Não sei- Poncho coçava a cabeça- não sei até que ponto ela sabe se cuidar. Ela sempre foi muito frágil, e me preocupa o que possa realmente estar acontecendo.

- Tente investigar. Começa a se mexer Alfonso- dessa vez era ele que não entendia- você não quer que seus tios e WIllam paguem por tudo? Então contrate um detetive, um investigador, o FBI, sei la! mas se você quer ver sua irmã livre e a imobiliária livre deles, comece a se mexer.

- Você sempre me surpreendendo- ele puxa Anahi para o seu colo- vou cuidar disso depois do nosso final de semana, ok? E você me ajuda?

- Com certeza- ela sorriu e o beijou.

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Maite passou o resto do dia no quarto, chorando e pensando no que o Alfonso tinha falado. Falar sobre seus pais, foi muito baixo. E agora ela estava mexida com isso, pois acreditou que estava fazendo o certo, protegendo o irmão e os amigos. Mas eles não podiam saber de nada, e ela não tinha com quem conversar, pois sabia que William tinha grampeado seu celular e tinha acesso a tudo o que ela fazia.

- Dona Maite, posso entrar?- ela ouviu a voz de Margarida pela porta.

- Claro- e a porta abriu- e já pedi para não me chamar de dona.

- Certo-ela sorriu- o jantar está pronto e eu estou indo ok?

- Tudo bem- ela sorriu- obrigada.

- Vê se come menina. Você não tem comido direito... eu percebo que você mal toca na comida. Daqui a pouco você fica doente.

- Pode deixar que eu vou comer- ela sorriu- obrigada pela preocupação.

- Sabe, você é uma menina muito boa- ela se aproximou de Maite- eu ouvi a briga com seu irmão. E acho que ele só está chateado... mas o que eu pude perceber, é que ele te ama. E acho que é disso que você tem que se lembrar.

- Espero que ele ainda me ame mesmo- ela falou- e que me entenda.

- Com certeza ele irá- Margarida sorriu e segurou a mão dela- e uma coisa, estou disposta a te ajudar, no que precisar.

- Mais uma vez, muito obrigada. Mas é tudo muito perigoso, e não quero que você corra nenhum risco.

-Não corro risco nenhum. Hoje William deve voltar tarde, porque ele sempre vai jogar com uns amigos. Se você quer procurar alguma coisa, esse é o momento. E eu sei que ele tem um cofre escondido naquele escritório, talvez lá você encontre o que precise.

-Muito bom saber disso- Maite sorriu- agora é melhor você ir. Antes que fique muito tarde.

Margarida foi embora e deixou ótimas pistas para Maite, e era óbvio que ela ia aproveitar. Tirou forças de onde não tinha, levantou da cama e foi mais uma vez para o escritório de William. Ela precisava encontrar esse cofre e depois descobrir a bendita senha. Até que não foi tão difícil como imaginou que seria. Ali estava o cofre no fundo de um armário, o primeiro passo foi dado, agora ela tinha que dar um jeito de descobrir a senha, como não conseguiria fazer naquele momento, ela resolveu dar mais uma vasculhada naquele escritório. Depois de certo tempo, achou os documentos do cassino, não entendia muito, mas sabia que aquilo estava errado. Conseguiu tirar uma cópia e o primeiro passo foi dado.

- Eu vou te derrubar William- ela falou- nem que isso seja a última coisa que eu faça.

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