Assim que Anahi saiu do quarto, foi em direção ao primo e a Poncho que conversavam e Poncho mostrava algo para o outro em seu notebook. Ela foi até a cozinha e viu que já tinham copos, pegou um, encheu de água e bebeu, enquanto olhava aquele moreno de olhos verdes. Ela tentou desviar o olhar, prestar atenção em outra coisa, se preocupar com a amiga que acabara de vomitar, mas nada tirava de sua visão e de seus pensamento Alfonso Hererra.
Óbvio que ela nunca achou que seria fácil reencontrar ele, mas aquilo estava de mais. Até que ela ouviu um barulho e algo a despertou de seus pensamentos. Foi até a sala e viu que nenhum dos dois estavam ali, ouviu um barulho no andar de cima e foi até lá.
- Que barulho foi esse?- Ela perguntou até se localizar que estava no quarto que acabara de sair.
- Ela desmaiou- Alfonso falou com Maite em seus braços a colocando na cama- deve ter tentado levantar, mas pela cor dela, dá para perceber que está fraca.
- Ela vomitou a alguns minutos atrás, tentei ajudar, mas ela se recusou e pediu que eu saísse- Anahi falou se sentindo culpada, fitando o chão.
- Não se culpe- Alfonso falou, mirando a loira- a única culpada aqui é ela e esse vício- ele respirou fundo- o médico me alertou que isso iria acontecer e me deu alguns remédios. Mas eu preciso compra-los.
-Pode deixar que eu vou- Christian se prontificou- só me dizer aonde estão as receitas.
Poncho então explicou a ele, e assim o nosso loiro foi correndo até a farmácia mais próxima, enquanto deixava os outros dois ali, em um silêncio constrangedor. Poncho levantou da cama da irmã, depois de tê-la deitado e desceu com Anahi atrás.
- Ainda bem que vocês já fizeram compras- ele falou sem olhar para ela- me ajude a encontrar álcool e sal- Anahi apenas começou a abrir os armários, até que os dois itens foram encontrados.
Em certo momento os dois se esbarram e ficaram frente a frente. Eles podiam negar o quanto fosse, mas a conexão entre eles, ninguém mais teria. Foram segundos rápidos, mas foi possível sentir a troca entre eles de longe. Alfonso foi o primeiro a desviar o olhar, sem falar nada, pegou o sal da mão de Anahi e foi correndo em direção ao quarto da irmã.
Assim que chegou lá, pegou o álcool colocando perto de seu nariz e viu a irmã começando a se mexer.
- Abre a boca- ele falou com a voz suave, porém séria. Ele não sabia se era porque ela estava mal ou porque não tinha forças para brigar, mas abriu a boca e deixou Alfonso colocar um pouco e sal embaixo da língua dela- vou te levar para a banheira ok? Apenas vou esquentar a água- ele viu ela balançar a cabeça e virar para o lado.
- Parece até um Déjà vú- Anahi falou do batente da porta- precisa de ajuda?
- Enche a banheira pra mim. Com água morna- Poncho viu ela balançar a cabeça- você pode ir se quiser, eu dou conta- ele foi até o banheiro.
- Nunca te deixaria sozinho nessa situação- ela reparou o levantar de sobrancelhas dele- vocês... nunca deixaria vocês sozinhos- mais uma vez a conexão entre os olhares acontecia- vocês acabaram e chegar... e....- Anahi falava com dificuldade, quando os dois estavam se aproximando ouviram alguém tossir.
- Trouxe os remédios- Christian falou entregando a sacola para Alfonso, olhando dele para a prima, vendo os dois se afastarem.
- Obrigado- Poncho respondeu- Christian você aprendeu a cozinhar?- viu o outro conter uma risada.- pelo amor de Deus uma sopa Christian!
- Ok- ele falou levantando os braços- vou dar o meu melhor.
Alfonso chegou até a irmã e reparou que ela se quer se mexia na cama. Com todo cuidado, ele pegou a irmã no colo e colocou ela na banheira. E mesmo que a água estivesse morna, percebeu que ela abria os olhos ao pouco.
- Vou te dar um banho ok?- ele falou fazendo carinho no rosto da irmã- ou prefere que Anahi te de?- ele percebeu que a irmã franziu a testa em dúvida, como se não lembrasse que estivesse voltado para o México.
- Estou aqui- Anahi abaixou ao lado de Alfonso segurando a mão da amiga- você não deve estar conseguindo falar, mas se quiser que eu te ajude no banho, aperta minha mão. Se quiser que seja o Poncho pisca- nenhum movimento em seu rosto, mas Anahi sentiu um leve aperto na mão- pode ir- Anahi falou- assim que terminar eu te chamo.
Anahi conseguiu tirar a blusa de Maite e deixa-la apenas de sutiã, mas a sua calça foi algo impossível, ela não tinha forças para levantar a amiga sozinha. Então apenas lavou o rosto da morena. E assim que terminou chamou Alfonso para ajuda-la a colocar na cama. Com sua ajuda, eles tiraram a calça dela, deixando apenas de calcinha.
- Tem um roupão atrás da porta- Alfonso falou. Anahi foi buscar e juntos conseguiram colocar o roupão nela. Christian chegou com a sopa. Alfonso colocou Maite entre suas pernas, enquanto Anahi dava sopa quase na boca de Maite.
Ela comeu. Logo depois sua cor foi voltando e ela conseguiu comer sozinha. Não ligou de estar tão próxima ao irmão, não se importou de estar praticamente nua por de baixo do roupão, ela se deixou ser cuidada. Seja porque estava realmente fraca, seja porque era algo que ela sentia falta.
Poncho conseguiu convence-la de tomar um remédio para enjoos antes de voltar a dormir. Os três restantes voltaram a sala, sentaram no sofá.
- Obrigada- Poncho agradeceu- vocês não precisavam ter ficado.
- Como eu disse. Não deixaria vocês sozinhos nessa.
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- Vocês já viram quem voltou para o México?- Uma revista de fofoca foi jogada dentro de uma cela de prisão. Claro que não eram aquelas celas que estamos acostumados com 15, 16 pessoas em que na verdade teriam que ter 5. Era uma cela especial, em que dois irmãos influentes ocupavam. Uma cela que tinha cama, tinha até televisão e por incrível que pareça um frigobar.
- Olha só- um deles falou- se não são as razões por estarmos nessa merda.
- Acho que está na hora da nossa vingança começar.
- Calma meu irmão. Tudo tem sua hora.
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Escolhas
Mystery / ThrillerSinopse: O milionário Alfonso Herrera ,30 anos, um dos sócios de uma das maiores imobiliárias do México, que foi herdado de seu pai. Ele tem uma grande responsabilidade, não deixar que a empresa fique no comando de seus tios Antônio e Xavier, dois c...