Capítulo 30

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E uma verdadeira operação começou. Na mansão de Xavier, tudo foi mais discreto, pois sabiam que se fizessem algo muito grande chamaria a atenção dele, então apenas 4 agentes do FBI, com um carro a paisana se aproximaram da mansão, e ao tocar a campainha ninguém desconfiava de nada, e rapidamente mostraram seus distintivos, e conseguiram levar Xavier sem mais escândalos. Porém ele estava muito confiante de que nada fosse acontecer com ele. Sua mulher, se desesperou e a primeira coisa que fez, o que já estava combinado com o marido caso acontecesse algo assim, era ligar para o seu cunhado Antonio, porém não foi possível que ele atendesse, já que algo muito parecido estava acontecendo em sua casa.

Antônio estava jantando com sua mulher, sua filha e seu genro, quando tudo aconteceu, a empregada da casa avisou que o FBI estava ali, e ele sabia que agora as coisas se complicaram, mesmo não entendendo como chegaram até ele, já que seus informantes não os avisaram de nada. Ele não discutiu, apenas foi com eles, quem também foi levado foi Christopher e é claro que Vera e Dulce teriam que ir depor, mas mesmo não sendo pessoas boas, perante a lei não tinham feito nada de errado. A mais jovem com toda a sua rapidez, conseguiu pegar o celular e encaminhar uma mensagem para William, o que ele acabou conseguindo ver, minutos antes de chegarem até ele.

A dificuldade de subir no apartamento de William, aconteceu pelos seguranças que ficavam em baixo do prédio e mesmo eles mostrando seus distintivos, não conseguiram de imediato. Apenas com o reforço da polícia que conseguiram chegar até William.

Ao receber a mensagem de Dulce, a primeira coisa que William fez, foi tentar eliminar o maior número de provas que tinham ali contra ele. Ao achar estranho aquela movimentação toda, Maite saiu de seu quarto e se deparou com William desesperado, andando de um lado para o outro.

- O que está acontecendo? - a morena perguntou, seguindo os passos deles- WILLIAM!- ela gritou já que ele não parava.

- Você vai tomar isso- ele tirou um remédio de seu bolso e se aproximou dela.

- Não vou tomar nada- ela empurrou o braço dele.

Nesse momento William a agarrou e praticamente a obrigou a abrir a boca, mesmo ela forçando, não conseguiu sair e acabou engolindo o comprimido a força.

- O que você me deu? - ela saiu correndo para o banheiro para tentar forçar o vomito, mas foi puxada pelos cabelos, por William.

- Se eu cair você cai também- ele falou- eu não vou me ferrar sozinho- e as batidas na porta começaram.

- O que você me deu? - ela estava se sentindo fraca- porque eu estou me sentindo tão mole, que porra é essa que faz efeito tão rápido? –ela ainda tentava se debater contra ele, mas não estava mais aguentando o peso de seu próprio corpo. E a última coisa que ela lembra de ter ouvido, foi um barulho alto vindo da sala, como se alguém estivesse derrubando a porta.

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Na madrugada enquanto Aanhi e Poncho terminavam um dos melhores sexo na vida de ambos, o celular dele toca, e por mais que ele não quisesse atender, algo, podemos dizer seu sexto sentindo, o fez sair dos beijos de Anahi e atender.

Ligação:

- Alfonso Herrera- ele falou sério ao colocar o celular no ouvido

- Boa noite senhor Alfonso, estamos te ligando para falar que sua irmã deu entrada no hospital.

- O que? Ela está bem?- ele estava desesperado e já estava sentando na cama.

- É melhor o senhor vir para o Hospital Central da Cidade do México, aqui o médico pode conversar melhor com você.

-Tudo bem, mas tem alguém com ela, o marido? Alguém?

- Ela chegou aqui acompanhada de um amigo e dois agentes do FBI.

- FBI?- Alfonso estava mais confuso que nunca- ok, eu estou há duas horas daí, então por favor me dê alguma informação, por menor que seja, ela é minha única família- ele já estava com lágrimas nos olhos e Anahi que já imaginava ser algo sobre sua amiga, estava ao seu lado colocando a primeira roupa que via.

- Senhor, ela chegou aqui dopada, ingeriu uma alta dose de um remédio para dormir, ela está estável, porém muito fraca- aparentemente até a enfermeira estava emocionada- recomendo que o senhor não venha dirigindo, caso esteja acompanhado, peça para a pessoa vir dirigindo, se não chame um UBER.

- Ok. Obrigada. Tentarei estar ai o mais rápido possível.

Assim que ele desligou o celular, olhou para Anahi, que também estava preocupada, mas lhe contou o que tinha acontecido, eles rapidamente juntaram suas coisas e saíram de casa e Alfonso ouviu o conselho da enfermeira e pediu para que Anahi fosse dirigindo. No carro o silencio era óbvio, porém Anahi precisava falar com Alfonso, mas não sabia se era o melhor momento e nem como ele reagiria, mas ela tentou.

- Eu preciso te contar uma coisa- Anahi tentou falar – mas você precisa manter a calma ou se quiser, posso te contar quando chegarmos ao hospital.

- É sobre o FBI certo?- Alfonso falou- você tem alguma coisa a ver?- ela concorda com a cabeça- desconfiei... foi só você aparecer...

- Me deixa explicar ok?- ela o interrompeu- aonde eu morava eu fazia estágio com umas pessoas que tinham contato com o FBI, e desde então eu descobri que eles já tinham uma investigação contra seus tios, e eu falei que queria ajudar. Eles me treinaram por um tempo, e eu me propus a me mudar para cá...

-Então você se aproximou da gente, já com tudo pensado?

- Não. Tanto que quando eu aluguei o apartamento, a Maite usava o sobrenome Perroni, eu nunca ia desconfiar. Mas tudo isso ajudou sim, eu admito...  achei uns diários da sua irmã, e li algumas coisas nele, e assim que mandei para meus conhecidos do FBI junto com algumas coisas que eles conseguiram, poucas, mas boas, para pelo menos deter seus tios.

- Anahi, olha...- Alfonso suspirava enquanto coçava a cabeça- é muita coisa para processar, e confesso que não gostei de saber que fez tudo isso pelas minhas costas... mas agora eu só preciso chegar na capital e ver minha irmã. Com a cabeça mais fria a gente conversa.

- Apenas uma coisa. Talvez o amigo que esteja com a Maite, seja meu primo... liga pra ele.

- Como eu não pensei nisso antes?- Ele estava tão atordoado que realmente não passou pela sua cabeça que Christian pudesse estar com sua irmã.

Ele pegou o celular e depois de alguns toques Christian atendeu.

- Christian! Como ela está? A enfermeira não quis me passar mais informações.

-Poncho- Christian começou falando, mas estava com dificuldade de continuar- não sei como te falar isso...

- Não me diga que ela...- Alfonso não conseguiu terminar a frase.

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