5 - Batata frita fria

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Dulce Maria 📝

Ele me olha com um pouco de desprezo, logo depois fica curioso, eu acho... então eu vejo que ele respirar e finalmente perguntar

- Sério!? Mesmo!? Sério mesmo!? - Ele revira os olhos, como se eu quisesse só irritá-lo falando aquilo, o que não deixava de ser sei lá 20% verdade. Mas era extremamente irritante que ele me conhece daquele jeito, depois de anos e principalmente depois de nunca ter disposto-se a se quer ser meu amigo.

Eu encaro mais calma quanto eu conseguia naquele momento, e prossigo

- Bom, eu sou uma pessoa que acredita Christopher, e eu não posso fazer nada se você não é... Aliás a fé move montanhas. - ele sorri um sorriso cínico, eu conheço bem esse sorriso.

- Se você quiser criar essa história eu embarco nela com você, a gente vai acampar, fazer ioga na praia, postar fotos de casal meditando, só tenha certeza que vai conseguir levar isso até o fim. Quem desiste das coisas antes do fim aqui não sou eu. - Não preciso dizer que ele me enfureceu né? 

Eu estava indo bem até agora com esse negócio de calma, mas quando ele falou isso eu simplesmente fiquei com tanta raiva, que quando vi já estava com o rosto próximo ao dele olhando profundamente naqueles olhos castanhos...

- É tão interessante a sua versão dos fatos né Uckermann. Aliás eu não a conheço, porque você nunca se deu ao trabalho de dizer. Ninguém nunca se deu ao trabalho de dizer nada pra criança doce aqui. Vocês são todos iguais.. - dizia entre dentre com raiva, mas não consegui terminar, Ucker me interrompeu, me puxando pela nuca com a mão para um beijo afoito. Sua língua explorava minha boca assim como suas mãos desciam minhas costas até a cintura. Eu estava totalmente fora de mim, me esqueci de onde eu estava, com quem eu estava ou em que circunstâncias estávamos, só me entreguei necessitada para aqueles lábios.

Logo quando nos faltou o ar e nos afastamos por alguns milésimos de segundos minha ficha caiu e enquanto Ucker estava prestes a descer seus lábios para meu pescoço, eu nos afastei. Respirei fundo e acenei para Luís pedindo uma água. Ucker continuou a bebericar seu drink em silêncio.. depois de alguns minutos assim, eu bebendo minha água e ele seu drink, o silêncio foi finalmente quebrado por ele.

- O que você fez da vida nesse últimos 12 ou 13 anos? - Me perguntou já um pouco confuso com a bebida.

Eu voltei a beber meu drink também, antes de começar.

- 11, 11 anos... - Ele sorriu parecendo sentir estar em casa com a minha fala e eu continuei - Eu fiz faculdade, sem sair de casa óbvio - disse revirando os olhos e ele riu.

- Ganhei um cargo 1 ano depois de começar, que consistia em comprar roupas e ir à festas, no início eu ia com Alexandra aí eu arrumei um namorado que por incrível que pareça era o cara perfeito pra eles (Alexandra e Victor)... então eu vivi o meu pequeno conto de fadas por alguns meses... - eu suspirei um pouco nervosa e puxei o líquido da minha taça pelo canudo percebendo que não tinha mais nada ali.

Aparentemente Ucker também percebeu porque prontamente fez um sinal pra Luís que veio rápido até onde estávamos. Ucker disse - Luís nos surpreenda. - e o barman saiu de perto e começou o preparo de nossos drinks, eu sorri divertida estava bem alegre a essa altura já. Quando Luís voltou com nossos drinks em mãos era uma taça de metropolitan mas o drink dentro dela era vermelho, tinha cerejas e uma espuma que provavelmente era saborisada por cima.

De volta à você.Onde histórias criam vida. Descubra agora