De volta à você.

8 - Esposa feliz, vida feliz.

Christopher 📝

Acordei sentindo uma respiração suave em meu peito, abri meus olhos devagar e quando abaixei o olhar pude ver Dulce aconchegada em meus braços, com a perna sobre minha coxa e os cabelos espalhados em mim.

Respirava tranquilamente e dormia com tanta serenidade que eu entrei em um transe observando aquele momento acontecer, CARALHO eu não ia conseguir mais parar de querer tê-la em meus braços. Não sei quanto tempo se passou, mas Dulce se mexeu, esfregou sua cabeça em meu peito e finalmente abriu lentamente os olhos, ainda não percebendo eu acho onde estava.

Ela olhou ao redor e logo seus olhos pararam nos meus, um, dois, três segundos e então seus olhos arregalaram, dei um sorriso torto, querendo fazer com que ela não desse tanta importância, afinal eu não queria que ela surtasse.

- Minha cabeça tá doendo, tá muito claro aqui né? - ela finalmente falou alguma coisa, rolando para longe do meu corpo e escondendo o rosto no travesseiro ao lado.

Peguei o controle das cortinas blackout ao lado da cama e fechei tudo. Logo depois acordei minha Alexa.

- Bom dia Alexa, ative dia de ressaca. - o quarto acendeu luzes quentes e baixas e no fundo quase que se misturando ao ambiente um som de mar começou a soar.

Dulce levantou o rosto do travesseiro, olhando ao redor e rindo como se eu tivesse contado uma grande piada, quando ela se acalmou um pouco, seu olhar parou em meu rosto, eu tentei decifrar o que tinha ali mas não consegui, logo ela desceu os olhos por meu corpo que estava nu ao seu lado. Ela parou o olhos e passou a língua pelos lábios rapidamente, até tive a impressão que tentando disfarçar... levei meu olhar pra mesma direção e ela rolou de novo com o rosto no travesseiro.

Eu estava duro, claro que estava... bom se antes ela não tinha surtado agora ela iria sem dúvidas. Quebrei o silêncio na intenção de minimizar aquela situação.

- Me desculpa, não tinha lembrado que tinha que lidar com isso pela manhã - sorri divertido. Ela se virou de lado na cama, me olhando sorrindo também. Sério, ela não vai surtar?

- Me desculpa, e-eu fiquei assustada... você me lembrou que somos adultos agora. - ela sorri mais uma vez fechando os olhos e ficando corada.

Ri com vontade da sua colocação, porque embora ela realmente tivesse constado algo real, ela seguia corando e falando como se fosse minha menina..

- Para de rir, palhaço! - ela passou a mão no rosto, quase como se soubesse que estava corando cada vez mais. Em um impulso se virou e se sentou na cama, deixando o edredom escorregar para suas pernas, ainda esfregando o rosto.

Bom, ela também estava nua e eu parei de rir na hora que me virei e constatei isso, engolindo em seco tendo AQUELA VISÃO a minha frente, eu já era um homem, mas minha cabeça agia como se eu fosse um adolescente do lado dela, que porra tá acontecendo comigo? Ela percebeu que algo tinha acontecido pelo silêncio que se encontrou de repente no quarto, abaixou as mãos do rosto e se virou pra mim, eu a estava olhando hipnotizado. Ela olhou pra baixo e percebeu que estava nua, não preciso te dizer que ela corou absolutamente agora né?

Balancei meu rosto e sorri de lado, olhei em seus olhos e aquilo não ajudou em absolutamente nada - Você é que nem vinho né? - voltei a olhar para seu colo sem conseguir me controlar.

- Aí meu Deus, para de me olhar assim - ela tampou os seios com as mãos. - Porque eu acordei pelada do lado da sua ereção? - se perguntava mais pra si mesma do que qualquer outra coisa. Eu continuava a olhando, sabia que talvez não devesse mas era bem mais forte que eu. Ela se virou de novo me olhando...

- Da pra parar seu pervertido? - ela disse sorrindo um pouco mas com vergonha e talvez raiva de estar se sentindo envergonhada. Meu Deus porque ela é tão magicamente doce? Eu sorri coçando a nunca e olhando pro teto.

- Desculpa, foi mais forte que eu. E tecnicamente você é minha noiva então não é como se eu fosse um pervertido né? - a olhei nos olhos com a melhor cara de gato de botas que consegui fazer. Ela revirou os olhos e suspirou cansada.

- Ok! Eu tô de ressaca, confusa... - suspirou, como se estivesse tentando ganhar coragem - e um pouco envergonhada... - Abri minha boca pra falar mais ela prosseguiu- Eu não me lembro do que aconteceu, - ela olha rapidamente pra minha ereção e põe uma das mãos no rosto de novo esquecendo por um minuto que estava nua - Mas com toda certeza isso - ela gesticula com o dedo apontando pra mim e pra ela, seu seio balança e ela se tampa com o edredom - Não vai acontecer de novo.

Tá eu acho que a gente precisa comer - eu digo levantando como se nada estivesse errado. - vou tomar um banho e me livrar do que está te fazendo corar a cada 2 segundos. - olhei sugestivo pra ela por cima dos ombros e ela arremessou um travesseiro em minha direção. - Ei! Isso é agressão! - eu disse dramatizando e ela sorriu ainda vermelha. E eu percebi que ficaria a vida aqui a vendo sorrir assim.

- Você deveria ser um cavalheiro e me deixar tomar banho primeiro. - ela diz se jogando na cama com os braços pra cima. Eu me viro um pouco e a encaro - Sempre tem a opção de você vir comigo... - digo me divertindo, ela arregala os olhos pro teto e eu rio ainda mais.

- Babaca! - ela me encara, eu caminho até a porta vendo ela me olhar com uma cara de "mas que porra você vai fazer?" - Vou tomar banho no quarto de hóspedes, pode ficar com meu banheiro - sorri de lado, ela me olhou agradecida por um segundo e logo me olhou intrigada de novo. Percorria os olhos pelo meu corpo e depois olhava pra porta.

Demorei dois 2 segundos pra entender e depois sorri comigo mesmo... - Não se preocupe, tá todo mundo de folga hoje. Ninguém além de você me verá nu. - ela rola os olhos e eu sorrio. Ela se levanta enrolada no lençol - Ok, isso já ficou estranho o suficiente. Vá pro seu banho. - e foi caminhando até o banheiro.

Eu abria a porta e antes de sair olho por cima dos ombros - Tudo que você quiser luz, afinal você sabe o que dizem... - eu disse já saindo. Dando-me por vencido, ela grita do banheiro - Não, o que eles dizem? - Eu grito do corredor - Esposa feliz, vida feliz. - eu consigo ouvi-la falando - Inferno! - antes de entrar gargalhando no banheiro de hóspedes.
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