- Nosso bebê? - ele diz parecendo estar ficando sem ar. - Christopher para! - eu grito. Estou exausta e lembrar daquilo me deixa sempre fora de mim. - Não! Não! Não! - Eu digo como um mantra pra mim mesma. - Você... - eu interrompi-o - Não! Eu nunca tiraria. - Então cadê? - ele disse ainda perdido.
- Você não queria antes e agora não o terá! - eu disse amargurada - Da onde você tirou isso? - ele disse chorando, nunca o vi tão desesperado - eu daria minha vida pra você ser mãe de 10 filhos meus. Eu nunca soube, te juro! Juro! Te juro! Eu nunca soube... nunca, nunca! Nunca soube! - ele repetia pra si mesmo quase fazendo um buraco no chão do meu banheiro.
Fiquei com medo do que poderia acontecer, nunca o vi naquele estado em toda a minha vida, aliás nunca vi ninguém daquele jeito, me virei e liguei a banheira preparei um banho com óleo essencial de lavanda - Vem vamos pro banho. - eu disse enquanto ele ainda balbuciava palavras desconexas, e estava agora paralisado em minha frente.
Entramos na banheira juntos e eu encostei minhas costas em seu peito e minha cabeça na curva do seu pescoço, ficamos ali em silêncio até nossos corpos enrugarem... eu não sabia o que pensar e Christopher parecia estar em estado de choque, talvez não fosse um bom momento pra discutimos sobre aquilo, mas uma coisa me veio à mente será que era tudo mentira? Será que teriam pontas realmente soltas na minha história?
Isso tornaria Alexandra uma verdadeira psicopata, meu pai não ia se casar com uma psicopata né? Tudo estava ficando cada vez mas confuso, então eu decidi que era a hora de sair daquela banheira e parar de pensar pelo menos por agora. Me levantei e Christopher permaneceu imóvel, inerte em seus próprios pensamentos... me enxuguei e fui ao closet pegar um roupão pra mim e outro pra ele.
Quando eu retornei ao banheiro Christopher ainda estava lá com um profundo vazio nos olhos que estavam direcionados para uma parede. - Bebê você precisa sair daí... - eu disse com calma, ele balançou a cabeça concordando ainda sem me olhar. Ele se levantou e saiu, eu dei- lhe uma toalha limpa e depois o roupão. Ele parecia mais calmo e confortável agora. Saímos do banheiro e ele se deitou encolhido em minha cama.
Me deitei na outra ponta pondo um espaço entre nós, ele rolou até mim e me puxou pela cintura aconchegando a cabeça na curva do meu pescoço. - Quem te disse que eu não os queria? - ele disse com a voz baixa e rouca depois de um tempo e um longo suspiro. - apertei o nó dos meus dedos nas mãos e talvez eu estivesse me machucando agora.
Você me disse Christopher... - e pronto as lágrimas voltaram a cair. - Como eu disse? Eu nunca disse isso! - Ele me virou pra que ficássemos frente a frente. - Christopher por favor... - eu supliquei aos prantos. Era como se todas as memórias voltassem ao mesmo tempo, aquilo doía tanto que eu podia sentir a dor fisicamente.
- Me desculpa.. - ele beijava todo meu rosto chorando e afagava minhas costas - Me desculpa.. - ele repetia - Me desculpa - e repetia. Depois de minutos ali desesperados, dormimos embalados pelos sons das lágrimas um do outro. Quando o dia amanheceu eu sentia meu corpo pesar, tentei me levantar mais não consegui, Christopher ainda estava envolvendo meu corpo com os braços
Ambos estavam acordados agora mais não nos mexemos, ele afagava minha cintura e barriga enquanto nossas respirações existiam no mesmo ritmo. Saltamos de susto quando a porta foi aberta bruscamente - Qual o problema de vocês dois? - Christian entrou nervoso - Nossas empresas estão prestes a falir e vocês se dão ao luxo de sumir pra passar o dia transando? - ele termina indignado.
Christopher e trazido pra terra e finalmente volta a orbitar em si - Christian esse não é um bom momento. - ele diz baixo, sério e sombrio.. tão sombrio que o irmão franze a testa demonstrando preocupação. - Vamos trabalhar amanhã. - Ele avisou, quase que em um pequeno aviso pra que Christian saísse.
Christian saiu sem mais nem uma palavra, o que me fez perceber que eles se conheciam pelo olhar, será que algum dia eu teria alguém que me conhecesse assim tão bem? - Luz... - ele me olhou - hum... - não consegui devolver seu olhar -Você tem algo daquela época? Fotos, lembranças... - Christopher disse com cuidado, porque ele quer reviver algo tão doloroso agora?
- Eu não tenho... Depois de tudo eu tive que fazer acompanhamento em uma clínica psiquiátrica e quando voltei tudo já tinha sido "limpo"... - eu disse com pesar e sem pensar muito. - As coisas da Alexandra já foram tiradas daqui? - ele perguntou com uma pontada de esperança, era oficial a família Uckermann nasceu pra f/uder com a minha vida.
- Espera! - me levantei lembrando-me da caixa que Anahi tinha me dado dias atrás. - Sua irmã achou isso - levei a caixa até a cama e pus a sua frente - Que isso? - ele me perguntou analisando a caixa - Segundo Anne, coisa da Alexandra que podem ser importantes. - ele balançou a cabeça assentindo e então abrimos.. lá tinha fotos de christopher e os irmãos durante todas as fases da vida papéis que me pareciam contratos, mais um saquinho de cartas me chamou atenção. Abri e derrubei seu conteúdo na cama, Christopher sorriu. - Você nunca leu... - ele disse olhando para os papeis na cama - Você nunca soube... - Os olhos dele era alegria radiante e dor da lembrança.
Comecei a abrir os primeiros bilhetes - Eu sei que não sou o suficiente, mas vamos ser amigos pelo menos? Sinto sua falta. - o primeiro dizia - Estou preocupado com você! Pede a música Ops o did again! Na rádio se tiver presa com a bruxa má? - eu ri quando li o outro bilhete. - Você disse um dia que queria fugir... eu comprei seu mustang da fuga hoje. Vou te buscar, posso te levar pra onde quiser e se não quiser a minha companhia eu posso te deixar com ele.. o seu primeiro mustang. - o bilhete estava assinado e com a data de 1 antes do acidente. Eu comecei a chorar mais quiz continuar a ler. Li mais ou menos 70 cartas sem contar nos bilhetes, em algumas ele dizia que estava tentando chamar minha atenção de todas as maneiras
E que isso não estava adiantando, mas que ele não conseguia viver no mundo sem mim. Terminei a última derramando algumas muitas lágrimas, Christopher ergueu meu rosto pelo queixo e secou minhas lágrimas com um sorriso torto. Depois ele beijou meus olhos me fazendo suspirar. Continuamos olhando a caixa e achamos documentos vinculados as empresas.
Isso nos preocupou precisávamos ver Christian. - Quem te disse que eu não queria vocês? - Christopher perguntou novamente com a voz mansa. Peguei meu celular e mostrei a mensagem que escondi pra que ninguém nunca apagasse.
"- Bebê eu não sei o que está acontecendo com você nesses últimos dias, mas eu preciso muito que saiba que... eu estou grávida. Não sei o que fazer nem como contar... preciso ouvir sua voz, estou com medo. Por favor me responda quando ouvir isso."
Christopher me encarava com uma tristeza quase física. - Eu nunca recebi Luz, juro! Nunca recebi nada sobre você... - ele suspirou. - E isso quase me matava todos os dias a todo momento.
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É muito amor hahahaha amanhã/hoje vou acordar cedo 🥺🙀🤡🤣 . But prometido e cumprido! Cap novo explicando algumas das tretas dos próximos dias hahahaha.Eu vou terminar essa fic logo logo, vou começar outra que vai ser inspirada na minha viagem pro México. Estou indo passar um mês lá em novembro! Então preparem-se pro surto hahaha. Se vocês quiserem acompanhar meus surtos diários sobre isso @bbzthais no Instagram fala na dm que veio daqui que eu coloco nos melhores amigos 🙌🏻🙌🏻
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De volta à você.
Fanfiction||+18 Alexandra tinha muitos medos por Dulce, ela se lembrava dos seu erros de juventude e sofria com a ideia de Dulce partir para o mesmo caminho que quase a destruirá, por isso Dulce foi criada a rédia curta. O tempo passou e hoje com 29 anos Dul...