17- Obsecada por lavanda

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Christopher 📝

Maria estava no banco do nosso carro de vermelho cantando a plenos pulmões.

- Y es por ti / Que mi alma sabe lo que es sentir / Que conocí la magia de la pasión ... - ela fechava os olhos e cantava contente e eu não lembrava o quanto amava ver Maria cantando até ver ela cantando de novo.

- Tatuados en un corazón/ Y siempre sabré que en ti / Existe alguna parte de mi... - ela respirava e sorria enquanto tentava lembrar a letra e acompanhar a música ao mesmo tempo.

- Y que un amor como el nuestro / Nunca habrá dos / Tatuados en un corazón... - e então ela percebeu que eu a observava pelo espelho retrovisor, corou e sorriu, eu sussurrei pra que ela não parasse e ela continuou agora me olhando diretamente e cantando profundamente pra mim.

- Siempre habrá un tú y yo/ Siempre habrá un tú y yo. - eu engoli seco e posei minha mão sobre a sua que estava apoiada em sua coxa. Ela respirou fundo, eu vi seu decote acentuado se mexer com essa ação.

Maria era a única mulher que conseguia despertar tudo ao mesmo tempo em mim, a cinco segundos atrás eu estava com o coração batendo totalmente descompassado só por ouvir sua voz em uma melodia de novo, e agora eu já estou aqui com um começo de ereção querendo parar esse carro e abocanhar seus seios.

O que essa mulher faz comigo é realmente inexplicável pra mim. Parecendo perceber meu descontrole recente, Maria suspirou profundamente e sorriu com o canto dos lábios - Tudo bem aí? - ela perguntou sarcástica aprofundando o sorriso com uma expressão sapeca.

- Tudo sim, minha luz... você sabe pra onde estamos indo? - ela concentrou-se negando com a cabeça - eu só espero que não tenha nada esportivo lá.. - concluiu com um aviso.

- Você precisa superar o bar de esportes, não sei que tanta reclamação aliás, agora eles tem até um drinque com o seu nome. - ela arregalou os olhos e depois colocou as mãos no rosto quando se lembrou. - Meu Deus eu não bebia assim a anos.

Eu ri abertamente da sua cara corada com a lembrança. Parei o carro e ela reconheceu óbvio que reconheceu. - Virou um restaurante mesmo?! - Ela exclamou animada. - Um ótimo restaurante, tem 4 estrelas Michelin. - Desci do carro sorrindo com a expressão de orgulho que ela fez com a informação.

- Eu te falei, eu falei... esse lugar é fantástico só faltavam grandes janelas de... - e ela parou de falar quando observou as janelas e a decoração do lugar. - É... é... c-como se... - ela foi interrompida pela Hostess do lugar. - Bem vindo Senhor e Senhora Uckermann... - Dulce me olhou com o canto dos olhos como se me disse "sério isso?!", eu só balancei sutilmente minha cabeça rindo em rendição.

- É um prazer recebê-los aqui, Christopher. - a Hostess tocou em meu braço e Maria imediatamente seguiu suas mãos com o olhar. Eu tratei e passar meu braço pela cintura de Maria e fugir de confusão. A Hostess passou a nossa frente, nós a seguimos até nossa mesa ela ficava no canto leste do restaurante e tinha uma janela imensa que dava vista para o jardim botânico construído ao redor da construção.

Em baixo daquela janela era cultivadas lavandas, e era como se eu conseguisse ver as engrenagens funcionando na cabeça de Maria eu sabia exatamente pra onde a cabeça dela estava indo afinal a minha ia pro mesmo lugar sempre que eu estava ali.

𝔽𝕝𝕒𝕤𝕙𝕓𝕒𝕔𝕜

Estávamos sentados no chão encostados na parede comendo batata Pringles e bebendo Jagermeister quando Dulce me encarou sorridente olhando em volta - Sabe isso aqui seria um restaurante lindo. - Eu a olhei rindo e depois olhei em volta, estávamos em um prédio abandonado, mas especificamente, um prédio abandonado de nossos pais.

De volta à você.Onde histórias criam vida. Descubra agora